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Cargo: Soldado da Polícia Militar x
#25000
Concurso
Polícia Militar-MS
Cargo
Soldado da Polícia Militar
Banca
. Bancas Diversas
Matéria
Português
Tipo
Múltipla escolha
Comentários
Seja o primeiro a comentar
difícil

(1,0)

Assistir à televisão era algo especial, a começar pelo 

manuseio do aparelho. Frequentemente apenas uma pessoa ?

no geral, um adulto ? era competente para ligá-lo e regular a 

imagem. As crianças constituíam, desde o início, um segmento 

importante do público, mas ainda lhes era imposta certa distância do aparelho.

 

Introduzida nos lares, a televisão concedia prestígio social à família.

Mais que isso: a casa se tornava um centro de atração e convivência

para a vizinhança. Por isso, o público alvo incluía os televizinhos.

 

Havia ainda um misto de respeito e estranhamento diante da caixa

mágica e de seus mistérios. A posse do objeto que traz as imagens

para dentro de casa significava uma postura “moderna”, uma atitude

desinibida diante da nova tecnologia.

 

Antes do videoteipe (VT), a teledramaturgia transportava uma carga

de emoção que era única,semelhante à tensão típica de um espetáculo

teatral. O público recebia inconscientemente essa carga e participava

de algum modo dela. Se para Aracy Cardoso o uso do VT permite sobretudo

ao ator se ver e corrigir a interpretação, Roberto de Cleto enfatiza que a

introdução do vídeo teipe prejudicou a interpretação: perdia-se uma certa

eletricidade que emanava da interpretação ao vivo. A energia que vibrava

da vontade “de se fazer bem e certo, ao vivo” não estava mais presente.

 

As cartas dos leitores de revistas especializadas da época revelam que o

público se propunha a participar ativamente no desenvolvimento do

novo meio. Ele exercia a crítica com a intenção de modificar o que lhe

era apresentado: a programação, a escolha dos atores, a composição dos cenários.

 

 

(Adaptado de Marta Maria Klagsbrunn. “A telenovela ao vivo”.Sujeito, o lado oculto do receptor. S.Paulo: Brasiliense, 1995, p. 94-95)

Considerados os necessários ajustes, a substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo correto em:

#24999
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Cargo
Soldado da Polícia Militar
Banca
. Bancas Diversas
Matéria
Português
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difícil

(1,0)

Assistir à televisão era algo especial, a começar pelo 

manuseio do aparelho. Frequentemente apenas uma pessoa ?

no geral, um adulto ? era competente para ligá-lo e regular a 

imagem. As crianças constituíam, desde o início, um segmento 

importante do público, mas ainda lhes era imposta certa distância do aparelho.

 

Introduzida nos lares, a televisão concedia prestígio social à família.

Mais que isso: a casa se tornava um centro de atração e convivência

para a vizinhança. Por isso, o público alvo incluía os televizinhos.

 

Havia ainda um misto de respeito e estranhamento diante da caixa

mágica e de seus mistérios. A posse do objeto que traz as imagens

para dentro de casa significava uma postura “moderna”, uma atitude

desinibida diante da nova tecnologia.

 

Antes do videoteipe (VT), a teledramaturgia transportava uma carga

de emoção que era única,semelhante à tensão típica de um espetáculo

teatral. O público recebia inconscientemente essa carga e participava

de algum modo dela. Se para Aracy Cardoso o uso do VT permite sobretudo

ao ator se ver e corrigir a interpretação, Roberto de Cleto enfatiza que a

introdução do vídeo teipe prejudicou a interpretação: perdia-se uma certa

eletricidade que emanava da interpretação ao vivo. A energia que vibrava

da vontade “de se fazer bem e certo, ao vivo” não estava mais presente.

 

As cartas dos leitores de revistas especializadas da época revelam que o

público se propunha a participar ativamente no desenvolvimento do

novo meio. Ele exercia a crítica com a intenção de modificar o que lhe

era apresentado: a programação, a escolha dos atores, a composição dos cenários.

 

 

(Adaptado de Marta Maria Klagsbrunn. “A telenovela ao vivo”.Sujeito, o lado oculto do receptor. S.Paulo: Brasiliense, 1995, p. 94-95)

Introduzida nos lares, a televisão concedia prestígio social à família

Mantém-se corretamente a crase empregada na frase acima caso o elemento sublinhado seja substituído por:

#24998
Concurso
Polícia Militar-MS
Cargo
Soldado da Polícia Militar
Banca
. Bancas Diversas
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Português
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médio

(1,0)

Assistir à televisão era algo especial, a começar pelo 

manuseio do aparelho. Frequentemente apenas uma pessoa ?

no geral, um adulto ? era competente para ligá-lo e regular a 

imagem. As crianças constituíam, desde o início, um segmento 

importante do público, mas ainda lhes era imposta certa distância do aparelho.

 

Introduzida nos lares, a televisão concedia prestígio social à família.

Mais que isso: a casa se tornava um centro de atração e convivência

para a vizinhança. Por isso, o público alvo incluía os televizinhos.

 

Havia ainda um misto de respeito e estranhamento diante da caixa

mágica e de seus mistérios. A posse do objeto que traz as imagens

para dentro de casa significava uma postura “moderna”, uma atitude

desinibida diante da nova tecnologia.

 

Antes do videoteipe (VT), a teledramaturgia transportava uma carga

de emoção que era única,semelhante à tensão típica de um espetáculo

teatral. O público recebia inconscientemente essa carga e participava

de algum modo dela. Se para Aracy Cardoso o uso do VT permite sobretudo

ao ator se ver e corrigir a interpretação, Roberto de Cleto enfatiza que a

introdução do vídeo teipe prejudicou a interpretação: perdia-se uma certa

eletricidade que emanava da interpretação ao vivo. A energia que vibrava

da vontade “de se fazer bem e certo, ao vivo” não estava mais presente.

 

As cartas dos leitores de revistas especializadas da época revelam que o

público se propunha a participar ativamente no desenvolvimento do

novo meio. Ele exercia a crítica com a intenção de modificar o que lhe

era apresentado: a programação, a escolha dos atores, a composição dos cenários.

 

 

(Adaptado de Marta Maria Klagsbrunn. “A telenovela ao vivo”.Sujeito, o lado oculto do receptor. S.Paulo: Brasiliense, 1995, p. 94-95)

No quarto parágrafo, são confrontadas duas posições opostas sobre o surgimento do videoteipe, que podem ser assim sintetizadas:

#24997
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Soldado da Polícia Militar
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Português
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Assistir à televisão era algo especial, a começar pelo 

manuseio do aparelho. Frequentemente apenas uma pessoa ?

no geral, um adulto ? era competente para ligá-lo e regular a 

imagem. As crianças constituíam, desde o início, um segmento 

importante do público, mas ainda lhes era imposta certa distância do aparelho.

 

Introduzida nos lares, a televisão concedia prestígio social à família.

Mais que isso: a casa se tornava um centro de atração e convivência

para a vizinhança. Por isso, o público alvo incluía os televizinhos.

 

Havia ainda um misto de respeito e estranhamento diante da caixa

mágica e de seus mistérios. A posse do objeto que traz as imagens

para dentro de casa significava uma postura “moderna”, uma atitude

desinibida diante da nova tecnologia.

 

Antes do videoteipe (VT), a teledramaturgia transportava uma carga

de emoção que era única,semelhante à tensão típica de um espetáculo

teatral. O público recebia inconscientemente essa carga e participava

de algum modo dela. Se para Aracy Cardoso o uso do VT permite sobretudo

ao ator se ver e corrigir a interpretação, Roberto de Cleto enfatiza que a

introdução do vídeo teipe prejudicou a interpretação: perdia-se uma certa

eletricidade que emanava da interpretação ao vivo. A energia que vibrava

da vontade “de se fazer bem e certo, ao vivo” não estava mais presente.

 

As cartas dos leitores de revistas especializadas da época revelam que o

público se propunha a participar ativamente no desenvolvimento do

novo meio. Ele exercia a crítica com a intenção de modificar o que lhe

era apresentado: a programação, a escolha dos atores, a composição dos cenários.

 

 

(Adaptado de Marta Maria Klagsbrunn. “A telenovela ao vivo”.Sujeito, o lado oculto do receptor. S.Paulo: Brasiliense, 1995, p. 94-95)

O texto enfatiza

#24996
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(1,0)

Um ano de ausência

A porta aberta, você dava logo de cara com um azulejo 

na parede: “Aqui mora um solteiro feliz”. Uma pitada de humor 

com um toque popular. Essa graça espontânea que a tudo dá 

gosto. Do contrário, a vida é só enfado e mormaço. Era de fato 

um solitário. Precisava de ser só. Nisso, sua personalidade era 

feita de uma peça só. Incapaz de simulação, ou até, em certos 

casos, de uma ponta de hipocrisia que se debita à polidez social.

 

Nunca vi solitário de porta tão aberta. Nesse sentido, 

falando de Minas, do tempo em que lá viveu, observava o recato,

a quase avareza com que os mineiros tratam o forasteiro. 

Talvez por isso nunca se esqueceu de um almoço em Caeté, 

que lhe deu uma página antológica do ponto de vista das duas 

artes ? a culinária e a literária. Sendo de um temperamento

encolhido, sobretudo na mocidade, gostava desse clima de

intimidade que cria laços de confiança e amizade para sempre.

 

À primeira vista, ou de longe, parecia, sim, o que os 

franceses chamam de um urso. Sempre metido consigo mesmo, 

fabricava o seu próprio mel. Espécie de ruminante, que se

alimentava da matula que traz de nascença. Fugia da cilada

sentimental, ou da emoção, pelo atalho do senso de humor. Sabia 

manejar a lâmina da ironia, nunca a usava a seco. Sempre

compensada por uma tirada de forte teor humano. Horror ao

pedantismo, à afetação. Não impostava a voz, nem a pena.

 

Talvez tivesse qualquer coisa de bicho, esse homem 

sensível à beleza fugaz deste mundo. Na sua relação com

a natureza, não havia intermediação de ordem intelectual. O coração

da vida pulsava no seu coração. Era um ser livre e lírico. 

Seu claro olhar de sabedoria espiava o Brasil com algum tédio. 

País sem jeito, que trata mal as crianças e os pobres. O sentimento

de justiça sem apelo ideológico. Muito antes do modismo conservacionista,

pleiteou a causa do macaco carvoeiro e de todo e qualquer ser

ameaçado. Tinha uma disponibilidade fundamental para ver e escrever. Um

senhor poeta, o cronista Rubem Braga.

 

 

(Adaptado de: Otto Lara Resende. Bom dia para nascer: crônicas publicadas na Folha de S.Paulo. São Paulo: Cia. das Letras, 2011, p. 259 e 260)

Talvez tivesse qualquer coisa de bicho, esse homem sen- sível à beleza fugaz deste mundo. .A crase empregada acima pode ser corretamente mantida caso, sem qualquer outra alteração da frase, o segmento sublinhado seja substituído por:

#24995
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Um ano de ausência

A porta aberta, você dava logo de cara com um azulejo 

na parede: “Aqui mora um solteiro feliz”. Uma pitada de humor 

com um toque popular. Essa graça espontânea que a tudo dá 

gosto. Do contrário, a vida é só enfado e mormaço. Era de fato 

um solitário. Precisava de ser só. Nisso, sua personalidade era 

feita de uma peça só. Incapaz de simulação, ou até, em certos 

casos, de uma ponta de hipocrisia que se debita à polidez social.

 

Nunca vi solitário de porta tão aberta. Nesse sentido, 

falando de Minas, do tempo em que lá viveu, observava o recato,

a quase avareza com que os mineiros tratam o forasteiro. 

Talvez por isso nunca se esqueceu de um almoço em Caeté, 

que lhe deu uma página antológica do ponto de vista das duas 

artes ? a culinária e a literária. Sendo de um temperamento

encolhido, sobretudo na mocidade, gostava desse clima de

intimidade que cria laços de confiança e amizade para sempre.

 

À primeira vista, ou de longe, parecia, sim, o que os 

franceses chamam de um urso. Sempre metido consigo mesmo, 

fabricava o seu próprio mel. Espécie de ruminante, que se

alimentava da matula que traz de nascença. Fugia da cilada

sentimental, ou da emoção, pelo atalho do senso de humor. Sabia 

manejar a lâmina da ironia, nunca a usava a seco. Sempre

compensada por uma tirada de forte teor humano. Horror ao

pedantismo, à afetação. Não impostava a voz, nem a pena.

 

Talvez tivesse qualquer coisa de bicho, esse homem 

sensível à beleza fugaz deste mundo. Na sua relação com

a natureza, não havia intermediação de ordem intelectual. O coração

da vida pulsava no seu coração. Era um ser livre e lírico. 

Seu claro olhar de sabedoria espiava o Brasil com algum tédio. 

País sem jeito, que trata mal as crianças e os pobres. O sentimento

de justiça sem apelo ideológico. Muito antes do modismo conservacionista,

pleiteou a causa do macaco carvoeiro e de todo e qualquer ser

ameaçado. Tinha uma disponibilidade fundamental para ver e escrever. Um

senhor poeta, o cronista Rubem Braga.

 

 

(Adaptado de: Otto Lara Resende. Bom dia para nascer: crônicas publicadas na Folha de S.Paulo. São Paulo: Cia. das Letras, 2011, p. 259 e 260)

... clima de intimidade que cria laços de confiança e amizade para sempre.O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima está empregado em:

#24994
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Um ano de ausência

A porta aberta, você dava logo de cara com um azulejo 

na parede: “Aqui mora um solteiro feliz”. Uma pitada de humor 

com um toque popular. Essa graça espontânea que a tudo dá 

gosto. Do contrário, a vida é só enfado e mormaço. Era de fato 

um solitário. Precisava de ser só. Nisso, sua personalidade era 

feita de uma peça só. Incapaz de simulação, ou até, em certos 

casos, de uma ponta de hipocrisia que se debita à polidez social.

 

Nunca vi solitário de porta tão aberta. Nesse sentido, 

falando de Minas, do tempo em que lá viveu, observava o recato,

a quase avareza com que os mineiros tratam o forasteiro. 

Talvez por isso nunca se esqueceu de um almoço em Caeté, 

que lhe deu uma página antológica do ponto de vista das duas 

artes ? a culinária e a literária. Sendo de um temperamento

encolhido, sobretudo na mocidade, gostava desse clima de

intimidade que cria laços de confiança e amizade para sempre.

 

À primeira vista, ou de longe, parecia, sim, o que os 

franceses chamam de um urso. Sempre metido consigo mesmo, 

fabricava o seu próprio mel. Espécie de ruminante, que se

alimentava da matula que traz de nascença. Fugia da cilada

sentimental, ou da emoção, pelo atalho do senso de humor. Sabia 

manejar a lâmina da ironia, nunca a usava a seco. Sempre

compensada por uma tirada de forte teor humano. Horror ao

pedantismo, à afetação. Não impostava a voz, nem a pena.

 

Talvez tivesse qualquer coisa de bicho, esse homem 

sensível à beleza fugaz deste mundo. Na sua relação com

a natureza, não havia intermediação de ordem intelectual. O coração

da vida pulsava no seu coração. Era um ser livre e lírico. 

Seu claro olhar de sabedoria espiava o Brasil com algum tédio. 

País sem jeito, que trata mal as crianças e os pobres. O sentimento

de justiça sem apelo ideológico. Muito antes do modismo conservacionista,

pleiteou a causa do macaco carvoeiro e de todo e qualquer ser

ameaçado. Tinha uma disponibilidade fundamental para ver e escrever. Um

senhor poeta, o cronista Rubem Braga.

 

 

(Adaptado de: Otto Lara Resende. Bom dia para nascer: crônicas publicadas na Folha de S.Paulo. São Paulo: Cia. das Letras, 2011, p. 259 e 260) 

A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi realizada corretamente em:

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Um ano de ausência

A porta aberta, você dava logo de cara com um azulejo 

na parede: “Aqui mora um solteiro feliz”. Uma pitada de humor 

com um toque popular. Essa graça espontânea que a tudo dá 

gosto. Do contrário, a vida é só enfado e mormaço. Era de fato 

um solitário. Precisava de ser só. Nisso, sua personalidade era 

feita de uma peça só. Incapaz de simulação, ou até, em certos 

casos, de uma ponta de hipocrisia que se debita à polidez social.

 

Nunca vi solitário de porta tão aberta. Nesse sentido, 

falando de Minas, do tempo em que lá viveu, observava o recato,

a quase avareza com que os mineiros tratam o forasteiro. 

Talvez por isso nunca se esqueceu de um almoço em Caeté, 

que lhe deu uma página antológica do ponto de vista das duas 

artes ? a culinária e a literária. Sendo de um temperamento

encolhido, sobretudo na mocidade, gostava desse clima de

intimidade que cria laços de confiança e amizade para sempre.

 

À primeira vista, ou de longe, parecia, sim, o que os 

franceses chamam de um urso. Sempre metido consigo mesmo, 

fabricava o seu próprio mel. Espécie de ruminante, que se

alimentava da matula que traz de nascença. Fugia da cilada

sentimental, ou da emoção, pelo atalho do senso de humor. Sabia 

manejar a lâmina da ironia, nunca a usava a seco. Sempre

compensada por uma tirada de forte teor humano. Horror ao

pedantismo, à afetação. Não impostava a voz, nem a pena.

 

Talvez tivesse qualquer coisa de bicho, esse homem 

sensível à beleza fugaz deste mundo. Na sua relação com

a natureza, não havia intermediação de ordem intelectual. O coração

da vida pulsava no seu coração. Era um ser livre e lírico. 

Seu claro olhar de sabedoria espiava o Brasil com algum tédio. 

País sem jeito, que trata mal as crianças e os pobres. O sentimento

de justiça sem apelo ideológico. Muito antes do modismo conservacionista,

pleiteou a causa do macaco carvoeiro e de todo e qualquer ser

ameaçado. Tinha uma disponibilidade fundamental para ver e escrever. Um

senhor poeta, o cronista Rubem Braga.

 

 

(Adaptado de: Otto Lara Resende. Bom dia para nascer: crônicas publicadas na Folha de S.Paulo. São Paulo: Cia. das Letras, 2011, p. 259 e 260) 

Muito antes do modismo conservacionista, pleiteou a causa do macaco carvoeiro e de todo e qualquer ser ameaçado. .A transposição para a voz passiva da frase acima resultará na forma verbal:

#24992
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Um ano de ausência

A porta aberta, você dava logo de cara com um azulejo 

na parede: “Aqui mora um solteiro feliz”. Uma pitada de humor 

com um toque popular. Essa graça espontânea que a tudo dá 

gosto. Do contrário, a vida é só enfado e mormaço. Era de fato 

um solitário. Precisava de ser só. Nisso, sua personalidade era 

feita de uma peça só. Incapaz de simulação, ou até, em certos 

casos, de uma ponta de hipocrisia que se debita à polidez social.

 

Nunca vi solitário de porta tão aberta. Nesse sentido, 

falando de Minas, do tempo em que lá viveu, observava o recato,

a quase avareza com que os mineiros tratam o forasteiro. 

Talvez por isso nunca se esqueceu de um almoço em Caeté, 

que lhe deu uma página antológica do ponto de vista das duas 

artes ? a culinária e a literária. Sendo de um temperamento

encolhido, sobretudo na mocidade, gostava desse clima de

intimidade que cria laços de confiança e amizade para sempre.

 

À primeira vista, ou de longe, parecia, sim, o que os 

franceses chamam de um urso. Sempre metido consigo mesmo, 

fabricava o seu próprio mel. Espécie de ruminante, que se

alimentava da matula que traz de nascença. Fugia da cilada

sentimental, ou da emoção, pelo atalho do senso de humor. Sabia 

manejar a lâmina da ironia, nunca a usava a seco. Sempre

compensada por uma tirada de forte teor humano. Horror ao

pedantismo, à afetação. Não impostava a voz, nem a pena.

 

Talvez tivesse qualquer coisa de bicho, esse homem 

sensível à beleza fugaz deste mundo. Na sua relação com

a natureza, não havia intermediação de ordem intelectual. O coração

da vida pulsava no seu coração. Era um ser livre e lírico. 

Seu claro olhar de sabedoria espiava o Brasil com algum tédio. 

País sem jeito, que trata mal as crianças e os pobres. O sentimento

de justiça sem apelo ideológico. Muito antes do modismo conservacionista,

pleiteou a causa do macaco carvoeiro e de todo e qualquer ser

ameaçado. Tinha uma disponibilidade fundamental para ver e escrever. Um

senhor poeta, o cronista Rubem Braga.

 

 

(Adaptado de: Otto Lara Resende. Bom dia para nascer: crônicas publicadas na Folha de S.Paulo. São Paulo: Cia. das Letras, 2011, p. 259 e 260) 

Considerado o contexto, o segmento cujo sentido está adequadamente expresso em outras palavras é:

#24991
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Um ano de ausência

A porta aberta, você dava logo de cara com um azulejo 

na parede: “Aqui mora um solteiro feliz”. Uma pitada de humor 

com um toque popular. Essa graça espontânea que a tudo dá 

gosto. Do contrário, a vida é só enfado e mormaço. Era de fato 

um solitário. Precisava de ser só. Nisso, sua personalidade era 

feita de uma peça só. Incapaz de simulação, ou até, em certos 

casos, de uma ponta de hipocrisia que se debita à polidez social.

 

Nunca vi solitário de porta tão aberta. Nesse sentido, 

falando de Minas, do tempo em que lá viveu, observava o recato,

a quase avareza com que os mineiros tratam o forasteiro. 

Talvez por isso nunca se esqueceu de um almoço em Caeté, 

que lhe deu uma página antológica do ponto de vista das duas 

artes ? a culinária e a literária. Sendo de um temperamento

encolhido, sobretudo na mocidade, gostava desse clima de

intimidade que cria laços de confiança e amizade para sempre.

 

À primeira vista, ou de longe, parecia, sim, o que os 

franceses chamam de um urso. Sempre metido consigo mesmo, 

fabricava o seu próprio mel. Espécie de ruminante, que se

alimentava da matula que traz de nascença. Fugia da cilada

sentimental, ou da emoção, pelo atalho do senso de humor. Sabia 

manejar a lâmina da ironia, nunca a usava a seco. Sempre

compensada por uma tirada de forte teor humano. Horror ao

pedantismo, à afetação. Não impostava a voz, nem a pena.

 

Talvez tivesse qualquer coisa de bicho, esse homem 

sensível à beleza fugaz deste mundo. Na sua relação com

a natureza, não havia intermediação de ordem intelectual. O coração

da vida pulsava no seu coração. Era um ser livre e lírico. 

Seu claro olhar de sabedoria espiava o Brasil com algum tédio. 

País sem jeito, que trata mal as crianças e os pobres. O sentimento

de justiça sem apelo ideológico. Muito antes do modismo conservacionista,

pleiteou a causa do macaco carvoeiro e de todo e qualquer ser

ameaçado. Tinha uma disponibilidade fundamental para ver e escrever. Um

senhor poeta, o cronista Rubem Braga.

 

 

(Adaptado de: Otto Lara Resende. Bom dia para nascer: crônicas publicadas na Folha de S.Paulo. São Paulo: Cia. das Letras, 2011, p. 259 e 260) 

Rubem Braga é caracterizado pelo autor como um:

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Um ano de ausência

A porta aberta, você dava logo de cara com um azulejo 

na parede: “Aqui mora um solteiro feliz”. Uma pitada de humor 

com um toque popular. Essa graça espontânea que a tudo dá 

gosto. Do contrário, a vida é só enfado e mormaço. Era de fato 

um solitário. Precisava de ser só. Nisso, sua personalidade era 

feita de uma peça só. Incapaz de simulação, ou até, em certos 

casos, de uma ponta de hipocrisia que se debita à polidez social.

 

Nunca vi solitário de porta tão aberta. Nesse sentido, 

falando de Minas, do tempo em que lá viveu, observava o recato,

a quase avareza com que os mineiros tratam o forasteiro. 

Talvez por isso nunca se esqueceu de um almoço em Caeté, 

que lhe deu uma página antológica do ponto de vista das duas 

artes ? a culinária e a literária. Sendo de um temperamento

encolhido, sobretudo na mocidade, gostava desse clima de

intimidade que cria laços de confiança e amizade para sempre.

 

À primeira vista, ou de longe, parecia, sim, o que os 

franceses chamam de um urso. Sempre metido consigo mesmo, 

fabricava o seu próprio mel. Espécie de ruminante, que se

alimentava da matula que traz de nascença. Fugia da cilada

sentimental, ou da emoção, pelo atalho do senso de humor. Sabia 

manejar a lâmina da ironia, nunca a usava a seco. Sempre

compensada por uma tirada de forte teor humano. Horror ao

pedantismo, à afetação. Não impostava a voz, nem a pena.

 

Talvez tivesse qualquer coisa de bicho, esse homem 

sensível à beleza fugaz deste mundo. Na sua relação com

a natureza, não havia intermediação de ordem intelectual. O coração

da vida pulsava no seu coração. Era um ser livre e lírico. 

Seu claro olhar de sabedoria espiava o Brasil com algum tédio. 

País sem jeito, que trata mal as crianças e os pobres. O sentimento

de justiça sem apelo ideológico. Muito antes do modismo conservacionista,

pleiteou a causa do macaco carvoeiro e de todo e qualquer ser

ameaçado. Tinha uma disponibilidade fundamental para ver e escrever. Um

senhor poeta, o cronista Rubem Braga.

 

 

(Adaptado de: Otto Lara Resende. Bom dia para nascer: crônicas publicadas na Folha de S.Paulo. São Paulo: Cia. das Letras, 2011, p. 259 e 260) 

Do contrário, a vida é só enfado e mormaço. (1o parágrafo) A palavra empregada no texto que tem o mesmo sentido da grifada na frase acima é:

#24989
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Um ano de ausência

A porta aberta, você dava logo de cara com um azulejo 
na parede: “Aqui mora um solteiro feliz”. Uma pitada de humor 
com um toque popular. Essa graça espontânea que a tudo dá 
gosto. Do contrário, a vida é só enfado e mormaço. Era de fato 
um solitário. Precisava de ser só. Nisso, sua personalidade era 
feita de uma peça só. Incapaz de simulação, ou até, em certos 
casos, de uma ponta de hipocrisia que se debita à polidez social.
Nunca vi solitário de porta tão aberta. Nesse sentido, 
falando de Minas, do tempo em que lá viveu, observava o recato,
a quase avareza com que os mineiros tratam o forasteiro. 
Talvez por isso nunca se esqueceu de um almoço em Caeté, 
que lhe deu uma página antológica do ponto de vista das duas 
artes ? a culinária e a literária. Sendo de um temperamento
encolhido, sobretudo na mocidade, gostava desse clima de
intimidade que cria laços de confiança e amizade para sempre.
À primeira vista, ou de longe, parecia, sim, o que os 
franceses chamam de um urso. Sempre metido consigo mesmo, 
fabricava o seu próprio mel. Espécie de ruminante, que se
alimentava da matula que traz de nascença. Fugia da cilada
sentimental, ou da emoção, pelo atalho do senso de humor. Sabia 
manejar a lâmina da ironia, nunca a usava a seco. Sempre
compensada por uma tirada de forte teor humano. Horror ao
pedantismo, à afetação. Não impostava a voz, nem a pena.
Talvez tivesse qualquer coisa de bicho, esse homem 
sensível à beleza fugaz deste mundo. Na sua relação com
a natureza, não havia intermediação de ordem intelectual. O coração
da vida pulsava no seu coração. Era um ser livre e lírico. 
Seu claro olhar de sabedoria espiava o Brasil com algum tédio. 
País sem jeito, que trata mal as crianças e os pobres. O sentimento
de justiça sem apelo ideológico. Muito antes do modismo conservacionista,
pleiteou a causa do macaco carvoeiro e de todo e qualquer ser
ameaçado. Tinha uma disponibilidade fundamental para ver e escrever. Um
senhor poeta, o cronista Rubem Braga.
(Adaptado de: Otto Lara Resende. Bom dia para nascer: crônicas publicadas na Folha de S.Paulo. São Paulo: Cia. das Letras, 2011, p. 259 e 260) 

Se considerarmos a substituição dos elementos grifados pelos elementos entre parênteses ao final da frase, o ver- bo que deverá permanecer no singular está em

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Uma turma de formandos, ao organizar o baile de formatura, analisa duas propostas para a escolha da banda responsável pela animação do evento: 

a) a Banda A tocaria por um valor fixo de R$1.300,00; 
b) a Banda B tocaria por um valor fixo de R$ 600,00 mais 20% do valor arrecadado na venda dos ingressos, mais 20% do valor arrecadado com a venda de refrigerantes. 

Considerando a venda de 400 ingressos individuais e uma arrecadação de R$ 1.500,00 com a venda de refrigerantes. Para que o valor da contratação da Banda B fique igual ao valor de contratação da Banda A, o valor do cada ingresso deve ser de

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João comprou todos os presentes de Natal dos seus filhos numa única loja e pagou R$ 600,00 à vista, depois de um desconto de 25% do valor total da compra. O valor, em reais, que João pagaria, pela mesma compra, sem o desconto, seria:

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Numa pesquisa sobre acesso à internet, três em cada quatro homens e duas em cada três mulheres responderam que acessam a rede diariamente. A razão entre o número de mulheres e de homens participantes dessa pesquisa é, nessa ordem, igual a 1?2

Que fração do total de entrevistados corresponde àqueles que responderam que acessam a rede todos os dias