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Simulado SEDU-ES | Professor – Língua Portuguesa | CONCURSO

Simulado SEDU-ES | Professor – Língua Portuguesa

SIMULADO SEDU-ES | PROFESSOR – LÍNGUA PORTUGUESA

INSTRUÇÕES DESTE SIMULADO

OBJETIVOS DO SIMULADO
Aprimorar os conhecimentos adquiridos durante os seus estudos, de forma a avaliar a sua aprendizagem, utilizando para isso as metodologias e critérios idênticos aos maiores e melhores concursos públicos do País, através de simulado para concurso, prova de concurso e/ou questões de concurso.

PÚBLICO ALVO DO SIMULADO
Candidatos e Alunos que almejam sua aprovação no concurso SEDU-ES para o cargo de Professor – Língua Portuguesa .

SOBRE AS QUESTÕES DO SIMULADO
Este simulado contém questões de concurso da banca FCC para o concurso SEDU-ES. Estas questões são especificamente para o cargo de Professor – Língua Portuguesa , contendo Matérias Diversas que foram extraídas de concursos públicos anteriores, portanto este simulado contém os gabaritos oficiais do concurso.

ESTATÍSTICA DO SIMULADO
O simulado SEDU-ES | Professor – Língua Portuguesa contém um total de 20 questões de concursos com um tempo estimado de 60 minutos para sua realização. O assunto abordado é diversificado para que você possa realmente simular como esta seus conhecimento no concurso SEDU-ES.

RANKING DO SIMULADO
Realize este simulado até o seu final e ao conclui-lo você verá as questões que errou e acertou, seus possíveis comentários e ainda poderá ver seu DESEMPENHO perante ao dos seus CONCORRENTES. Venha participar deste Ranking e saia na frente de todos. Veja sua nota e sua colocação no RANKING e saiba se esta preparado para conseguir sua aprovação.

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#111447
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(1,0) 1 - 

A Educação Especial, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n°9.394/1996),

  • a) é determinada como ensino obrigatório a toda pessoa com deficiência dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, dever do Estado e obrigação de acompanhamento médico realizado pela família.
  • b) estabelece a garantia de acesso e benefícios igualitários a todos alunos com deficiência ou transtornos globais do desenvolvimento, matriculados nas redes públicas e privadas do ensino de responsabilidade municipal.
  • c) é definida como modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
  • d) organiza seu ensino em classes do ensino regular e supletivo, escolas de atendimento especializados por deficiência, após avaliação médica e testes psicológicos de inteligência emocional.
  • e) assegura a todos alunos portadores de necessidades especiais acompanhamento médico e/ou psicológico em Unidade Básica de Saúde mais próxima da escola em que o aluno estiver matriculado.
#111448
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(1,0) 2 - 

Ainda hoje podemos constatar a existência da ideia de que o trabalho precoce é a melhor, e talvez a única alternativa à marginalidade, para as crianças pobres. A ideia do trabalho como um instrumento disciplinador da criança pobre defende a tese de que o trabalho é a forma capaz de afastar a criança e o adolescente do caminho do crime.

Tais ideias contrariam o Estatuto da Criança de do Adolescente (Lei n°8.069/1990) que

I. estabelece aos menores de dezoito anos formação profissional voltada ao mercado de trabalho.

II. garante à criança e ao adolescente a oportunidade de trabalho como forma preventiva a atos infracionais.

III. determina a proibição de qualquer trabalho a todas as crianças e aos adolescentes menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos de idade.

Está correto o que se afirma em

  • a) I, II e III.
  • b) I e II, apenas.
  • c) II, apenas.
  • d) II e III, apenas.
  • e) III, apenas.
#111449
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(1,0) 3 - 

O aluno do ensino noturno, por estar de alguma forma inserido no mundo do trabalho, ter seu tempo quase todo dedicado à luta pela sobrevivência, por ser responsável por si e, muitas vezes, por uma família, traz para a sala de aula uma concepção de vida, valores incorporados e necessidades concretas ligadas ao seu cotidiano e às suas expectativas de vida (...). Ao chegar, à noite, à escola se defronta, muitas vezes, com uma rotina que não valoriza, e, portanto, não aproveita os elementos que aprendem no decorrer do seu cotidiano de trabalho.

Considerando este contexto, constata-se a

  • a) preocupação do aluno do ensino noturno em relação à obtenção de um certificado para apresentar em seu emprego.
  • b) distância entre a perspectiva e a necessidade de estudo para o aluno do ensino noturno e o ensino que a escola proporciona.
  • c) necessidade de conhecimentos mais práticos e menos teóricos na organização curricular do ensino voltado ao aluno trabalhador.
  • d) organização do ensino noturno por faixas de idade e a redução de carga horária para a permanência do aluno na escola.
  • e) importância da aquisição de conhecimentos específicos voltados a seu mundo do trabalho.
#111450
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(1,0) 4 - 

Considere as afirmativas abaixo.

I. No primeiro quarteto, há uma afirmação de ordem geral: “toda a alma” (o que pode ser entendido como qualquer alma, todas as almas de todos).

II. Há no poema várias metáforas como, por exemplo, “alma presa num cárcere”.

III. O uso das iniciais maiúsculas em substantivos comuns (Dor, Céu, Mistério) acentua o aspecto simbólico dos vocábulos.

IV. Há no poema a presença de elementos antitéticos como, por exemplo, “grilhões / liberdades”.

V. O segundo terceto denota a presença do indivíduo na exclamação enfática, num vocativo de preocupação e angústia.

Do ponto de vista da análise sintático-semântica do poema, está correto o que se afirma APENAS e

  • a) I, III e IV.
  • b) II, IV e V.
  • c) I, II, III e IV.
  • d) I e V.
  • e) II, III, IV e V.
#111451
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(1,0) 5 - 

No que se refere às informações presentes no texto, ao posicionamento apresentado pelo autor e aos seus conhecimentos sobre a literatura pós-moderna capixaba, infere-se qu

  • a) a literatura produzida no Movimento Artístico Capixaba (MARCA) foi fiel ao intimismo e à concepção tradicional de forma poética típica da segunda fase do movimento modernista brasileiro.
  • b) as pressões históricas deram à literatura capixaba da época (1968-9) a direção da objetividade, entendida como um testemunho crítico da realidade social, moral e política; como literatura participante.
  • c) o eixo do debate artístico capixaba, no início de 1960, deslocou-se das questões estéticas para as questões morais, impulsionadas pelos projetos reformistas do governo Goulart.
  • d) a obra de Tatagiba abriga um conteúdo político-ideológico com preocupação claramente antissocial pouco representativa no contexto da literatura capixaba e nacional da época.
  • e) o poeta Olival Mattos Pessanha cria uma poesia recitada, falada, usando a alegoria como principal ingrediente, deslocando-se do plano do Movimento Artístico Capixaba (MARCA).
#111452
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(1,0) 6 - 

Lembro-me de que em 1891 formou-se um grupo de rapazes em torno da Folha Popular. Foi aí que os novos, tomando por insígnia um fauno, tentaram as suas primeiras exibições. A esse grupo prendiam-se por motivo de conveniência e por aproximação de idade Bernardino Lopes (B. Lopes), Perneta (Emiliano, que era o secretário da redação), Oscar Rosas e Cruz e Sousa. Tais rapazes, principalmente o primeiro, não eram desconhecidos.

(Adaptado de: ARARIPE JÚNIOR, T. A. Literatura Brasileira − Movimento de 1893 − O crepúsculo dos povos. In: MURICY, A. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1952)

O relato refere-se ao início do movimento

  • a) parnasiano.
  • b) simbolista.
  • c) pré-modernista.
  • d) realista.
  • e) neoparnasiano.
#111453
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(1,0) 7 - 

Considere o soneto para analisar as afirmativas abaixo.

I. O soneto possui características marcantes no uso dos termos da língua indígena: de um lado, a inserção do léxico tupi metaforiza uma linha constitutiva da cultura brasileira resgatando a presença do índio; de outro, o eixo alto versus baixo, que desmascara a figura do caramuru, mestiço.

II. O soneto obedece ao molde europeu no tocante à forma, mas amplia sua configuração ao inserir o universo linguístico pertencente ao nativo. Com esse recurso, o efeito do poema tira as amarras da seriedade para estabelecer o vinco principal da satírica gregoriana no que lhe compete a agressão às instituições e seus representantes pelo viés lúdico, trocando a convenção pela contestação.

III. As expressões “Descendente do sangue tatu (v.3)” e “Cujo torpe idioma é cobepá? (v.4)” assumem a duplicidade de função em seu significado por estarem indissoluvelmente ligadas aos elementos caracterizadores de ambas as culturas: o fidalgo possui “sangue de tatu” e seu idioma é “torpe”, “cobepá”.

IV. O último verso revela que a verdadeira origem dos principais da Bahia está na nobreza de sangue azul dos europeus. Como se pode notar, o nome Paiaiá, representante nato do sangue indígena, não é colocado entre os que nomeiam simbolicamente os descendentes.

Está correto o que se afirma APENAS em

  • a) I e II.
  • b) III e IV.
  • c) II, III e IV.
  • d) I, II e III.
  • e) I e IV.
#111454
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(1,0) 8 - 

A denominação de Modernismo abrange, em nossa literatura, três fatos intimamente ligados: um movimento, uma estética e um período. O movimento surgiu em São Paulo com a famosa Semana de Arte Moderna, em 1922, e se ramificou depois pelo País, tendo como finalidade principal superar a literatura vigente, formada pelos restos do Naturalismo, Parnasianismo e do Simbolismo. Correspondeu a ele uma teoria estética, nem sempre claramente delineada, e muito menos unificada, mas que visava, sobretudo, a orientar e definir uma renovação, formulando em novos termos o conceito de literatura e escritor. Estes fatos tiveram seu momento mais dinâmico e agressivo até mais ou menos 1930, abrindo-se a partir daí uma nova etapa de maturação, cujo término se tem localizado cada vez mais no ano de 1945. Convém, portanto, considerar como encerrada nesse ano a fase dinâmica do Modernismo.

(CANDIDO, Antonio; CASTELLO, José Aderaldo. Presença da literatura brasileira: Modernismo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997, p. 9)

Das afirmações abaixo, indique a que tem por tópico principal a apresentação da fase inicial do Modernismo relacionada ao seu período histórico.

  • a) O Modernismo se vincula estreitamente a certas transformações da sociedade. 1922 é um ano simbólico do Brasil moderno, coincidindo com o Centenário da Independência. Em 1922 irrompe a transformação literária; ocorre o primeiro dos levantes político-militares que acabariam por triunfar com a Revolução de Outubro de 1930.
  • b) Os modernistas de 1922 nunca se consideraram como componentes de uma escola, nem afirmaram ter postulados rigorosos em comum. O que os unificava era um grande desejo de expressão livre e a tendência para transmitir, sem os embelezamentos tradicionais do academismo, a emoção pessoal.
  • c) Ao voltarem as liberdades democráticas abafadas pelo regime ditatorial de 1937, inclusive as da imprensa, o País verificou, meio atônito, que tinha ingressado em uma fase nova, de industrialização e progresso econômico-social acelerado, apesar dos graves e perigosos problemas do subdesenvolvimento.
  • d) No Brasil, o Modernismo significou principalmente libertação dos modelos acadêmicos, que se haviam consolidado entre 1890 e 1920. Em relação a eles, os modernistas afirmaram a sua libertação em vários rumos e setores: vocabulário, sintaxe, escolha dos temas, a própria maneira de ver o mundo.
  • e) Em 1930, sofríamos, como todo o mundo civilizado, os efeitos da grande crise econômica mundial, aberta em 1929, que motivou um decênio de depressão; ocorre uma intensa radicalização política, tanto para a esquerda quando para a direita.
#111455
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(1,0) 9 - 

Canção do Suicida

NÃO ME MATAREI, meus amigos.

Não o farei, possivelmente.

Mas que tenho vontade, tenho.

Tenho, e, muito curiosamente,

Com um tiro. Um tiro no ouvido,

Vingança contra a condição

Humana, ai de nós! sobre-humana

De ser dotado de razão.

(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro:

Editora Nova Aguilar: 1993, p. 336)

A análise adequada para o poema de Bandeira é:

  • a) Mescla-se o prosaico ao sublime, o banal ao poético. Trata-se de uma atitude de apego ao lirismo e ao amor romântico. É, pois, na criação de uma poesia do cotidiano que o poeta ironiza a idealização romântica, traçando a modernidade.
  • b) As rupturas sintáticas passariam a ser os meios correntes na poesia moderna para exprimir, no poema, o novo ambiente, em que vive o homem da grande cidade, que anda de carro, vê cinema, fala ao telefone, e está cada vez mais sujeito ao bombardeio da propaganda.
  • c) O poema já mostra, além da melancolia pela infância do eu-lírico, ideais modernistas, pela quebra de paradigmas como a forma fixa e a métrica (versos livres) e o jogo semântico das palavras em contexto.
  • d) O poema, através de simples vocabulário, atinge temas profundos e saudosistas, de forma criativa utiliza-se de fatos do cotidiano das pessoas. Nesse caso, o acidente biográfico é reconhecível na referência à falta de saúde, decorrente da tuberculose que manteve o poeta recluso num sanatório durante anos.
  • e) O poema apresenta uma das grandes conquistas dos modernos: o humorismo, sob forma de ironia ou de paradoxo, utilizando-o como instrumento de análise moral, aprofundamento das emoções e senso de complexidade do homem e do mundo.
#111456
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(1,0) 10 - 

A fase Pré-Modernista passa a ser tomada como marginal ou subsidiária à estética passadista ou ao próprio Modernismo. Consequentemente, as obras que lhe remetiam pertencimento cronológico, dentre elas Canaã, eram tomadas pelo sincretismo das escolas Realismo, Naturalismo, Simbolismo, mas também pela aproximação temática ao Modernismo.

(Adaptado de: ARAÚJO, Bárbara Del Rio. O registro de estilo em Canaã: uma reflexão sobre a historiografia e o rótulo Pré- modernista. In: Entretextos, Londrina, v.14, n.1, p. 240-257, jan./jun.2014)

O contraditório de classificação de Canaã, de Graça Aranha, é reiterado em:

  • a) Grande parte das análises feitas da obra prefere caracterizá-la pela relevância temática, pelo debruçar sobre os problemas sociais e morais do país, o qual é apresentado sob uma perspectiva de antecipação ao movimento Modernista na medida em que se observa o interesse pela realidade.
  • b) Aproveitando criaturas e fatos reais, pondo em cena colonos e caboclos, não fez, contudo um livro realista e ainda menos regionalista. Não interessava ao autor o pitoresco nem se sentia inclinado a submeter-se passivamente a observação, um e outro entram na obra, mas no seu lugar como elementos de construção e nunca como fim.
  • c) Na historiografia Literária brasileira o nome de Graça Aranha costuma abrir com todo o direito o capítulo do movimento de 1922, pela adesão entusiasta, determinante que essa grande personalidade, antes mesmo de grandes escritores, iria dar aos jovens de São Paulo na revolta contra as instituições.
  • d) Canaã reflete sobre situações novas como a imigração alemã no Espírito Santo, desembocando em discussões raciais, sociais e morais, prelúdio inequívoco ao Modernismo.
  • e) Embora estejam presentes na obra ideias pessimistas quanto ao Brasil e tons idílicos da colônia alemã, não há nenhuma tendência a provar a superioridade do colono branco sobre o mestiço.
#111457
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(1,0) 11 - 

No Brasil houve ecos do Barroco europeu durante os séculos XVII e XVIII: Gregório de Matos, Botelho de Oliveira, Frei Itaparica e as primeiras academias repetiram motivos e formas do barroquismo ibérico e italiano.

Na segunda metade do século XVIII, porém, o ciclo do ouro já daria um substrato material à arquitetura, à escultura, à literatura e à vida musical, de sorte que parece lícito falar de um "Barroco brasileiro" e, até mesmo, "mineiro", cujos exemplos mais significativos foram alguns trabalhos do Aleijadinho, de Manuel da Costa Ataíde e composições sacras de Lobo de Mesquita, Marcos Coelho e outros ainda mal identificados. Sem entrar no mérito destas obras, pois só a análise interna poderia informar sobre o seu grau de originalidade, importa lembrar que a poesia coetânea delas já não é, senão residualmente, barroca, mas rococó, arcádica e neoclássica, havendo, portanto uma discronia entre as formas expressivas, fenômeno que pode ser variavelmente explicado.

(BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 2000, pp.34-35)

Do texto, infere-se sobre o “Barroco mineiro” que a partir da

  • a) segunda metade do século XVII, é marcado um estilo colonial-barroco nas artes plásticas e na música, que só se tornou uma realidade quando a exploração cultural das minas permitiu o florescimento de núcleos como Vila Rica.
  • b) segunda metade do século XVIII, transfigura-se a literatura brasileira, substituindo a simplicidade documentária de muitos cronistas por uma linguagem hipertrofiada, que embelezou e deu valor simbólico à flora e à fauna.
  • c) metade do século XVII, ocorre uma significativa ampliação de âmbito da literatura, com a descoberta das minas de ouro e de diamantes em regiões do Sul, e a necessidade de definir as fronteiras meridionais.
  • d) segunda metade do século XVIII, vê surgir na Capitania das Minas Gerais manifestações importantes na arquitetura, na escultura, na música e na literatura, marcando um momento de densidade cultural.
  • e) segunda metade do século XVII, o movimento das Academias estabeleceu os primeiros laços visíveis entre intelectuais dos diversos pontos da Colônia, ajudando a formar-se o sentimento de uma atividade literária comum.
#111458
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(1,0) 12 - 

Gonzaga é conaturalmente árcade e nada fica a dever aos confrades de escola na Itália e em Portugal. As liras são exemplo do ideal de aurea mediocritas que apara as demasias da natureza e do sentimento. A "paisagem", que nasceu para arte como evasão das cortes barrocas, recorta-se para o neoclássico nas dimensões menores da cenografia idílica. A natureza vira refúgio (locus amoenus) para o homem do burgo oprimido por distinções e hierarquias. (...). Em Gonzaga, a paisagem é ora nativa, com minúcias de cor local mineira, ora lugar ameno de virgiliana memória.

(Adaptado de: BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 2000, pp.72-73)

Quais dos versos de Gonzaga, no contexto de suas Liras, fazem alusão à “paisagem nativa de cor local mineira” citada por Bosi?

(Fonte dos versos: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000036.pdf)

  • a) Tenho próprio casal e nele assisto; Dá-me vinho, legume, fruta, azeite; Das brancas ovelhinhas tiro o leite E mais as finas lãs, de que me visto. (Parte I − Lira I)
  • b) Pintam, Marília, os poetas A um menino vendado, Com uma aljava de setas, Arco empunhado na mão; Ligeiras asas nos ombros, O tenro corpo despido, E de Amor ou de Cupido São os nomes que lhe dão. (Parte I − Lira II)
  • c) Se os peixes, Marília, geram Nos bravos mares e rios, Tudo efeitos de Amor são. Amam os brutos ímpios, A serpente venenosa, A onça, o tigre, o leão. (Parte I − Lira VIII)
  • d) Minha bela Marília, tudo passa; A sorte deste mundo é mal segura; Se vem depois dos males a ventura, Vem depois dos prazeres a desgraça. (Parte I − Lira XIV)
  • e) Tu não verás, Marília, cem cativos Tirarem o cascalho e a rica terra, Ou dos cercos dos rios caudalosos, Ou da minada serra. (Parte III − Lira III)
#111459
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(1,0) 13 - 

Com relação ao parnasianismo brasileiro, avalie as afirmações abaixo.

I. É na convergência de ideais antirromânticos, como a objetividade no trato dos temas e o culto da forma, que se situa a poética do Parnasianismo.

II. A primeira corrente do Parnasianismo se amparava, sobretudo, na pesquisa lírica de intenção psicológica; procurava a beleza na expressão de estados inefáveis, por meio de tonalidades raras ou delicadas.

III. O parnasiano típico acaba por se deleitar na nomeação de alfaias, vasos e leques chineses, flautas gregas, taças de coral, ídolos de gesso em túmulos de mármore... e exaurindo-se na sensação de um detalhe ou na memória de um fragmento narrativo.

IV. Ao contrário do Naturalismo, que trouxe um vigoroso impulso de análise social, o Parnasianismo pouco trouxe de essencial sobre o tema.

Está correto sobre a poética parnasiana o que se afirma APENAS em

  • a) I e II.
  • b) I e IV.
  • c) II e III.
  • d) I, III e IV.
  • e) II, III e IV.
#111460
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(1,0) 14 - 

Das análises críticas de Benedito Nunes, qual corresponde ao manifesto lido?

  • a) O Manifesto Pau-Brasil inaugurou o primitivismo nativo, que muito mais tarde, num retrospecto geral do movimento modernista, Oswald de Andrade reputaria o único achado da geração 22.
  • b) Rompendo com a orientação marxista em 1945, proclamava Oswald, dois anos depois, o seu retorno à Antropofagia.
  • c) Em 1927, o grupo Anta, nova denominação do Verdamarelo reformulado, assentou as bases ideológicas de seu nacionalismo numa “política brasileira com raízes profundas na terra americana e na alma da pátria”.
  • d) Pelo primitivismo psicológico, o Manifesto Pau-Brasil valorizou estados brutos da alma coletiva, que são fatos culturais e deu relevo à simplificação e à depuração formais que captariam a originalidade nativa.
  • e) Os aforismos do Manifesto Antropófago misturam, numa só torrente de imagens e conceitos, a provocação polêmica à proposição teórica, a piada às ideias, a irreverência à intuição histórica, o gracejo à intuição filosófica.
#111461
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(1,0) 15 - 

O escritor atinge a maturidade do realismo de sondagem moral que as obras seguintes iriam confirmar. Quando o romancista assumiu, naquele livro capital, o foco narrativo, na verdade passou ao defunto-autor delegação para exibir, com o despejo dos que já nada mais temem, as peças de cinismo e indiferença com que via montada a história dos homens. A revolução dessa obra, que parece cavar um fosso entre dois mundos, foi uma revolução ideológica e formal: aprofundando o desprezo às idealizações românticas e ferindo no cerne o mito do narrador onisciente, que tudo vê e tudo julga, deixou emergir a consciência nua do indivíduo, fraco e incoerente.

(Adaptado de: BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 2000, p. 174-177)

O referente de “naquele livro capital” é o seguinte romance de Machado de Assis:

  • a) Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881).
  • b) Quincas Borba (1892).
  • c) Dom Casmurro (1900).
  • d) Esaú e Jacó (1904).
  • e) Relíquias da Casa Velha (1906).