Exame-Prova do ENEM 2011 3 - Questões e Simulados | ENEM
OBJETIVOS
Aprimorar os conhecimentos adquiridos durante os seus estudos, de forma a avaliar a sua aprendizagem, utilizando para isso as metodologias e critérios idênticos aos maiores e melhores concursos públicos do país.
PÚBLICO ALVO
Estudantes de nível médio que pretende entrar em uma excelente universidade e para isto estarão prestando a prova do ENEM 2011.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DAS QUESTÕES
- Ciências da Natureza e suas Tecnologias
- Ciências Humanas e suas Tecnologias
- Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
- Matemática e suas Tecnologias
Fonte: Terra e COC
- #14293
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- ENEM
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(1,0) 91 -
Considerando que o primeiro texto foi composto na década de 1960, tendo sido musicado, primeiro, por Luís Gonzaga e regravado recentemente pelo grupo musical O Rappa, e tendo em mente, ainda, que o último texto foi escrito pelo poeta modernista Mário de Andrade durante a década de 1920, marque a questão incorreta.
- a) Na primeira fase modernista, houve grande preocupação em inserir a fala popular no texto erudito, como podemos conferir por meio do segundo poema, que incorpora a fala coloquial própria do povo.
- b) Por meio do vocábulo "debique" (zombaria sutil) e da palavra "desabusado" (atrevido), podemos perceber que, no segundo texto, a oração é feita de modo zombeteiro por Antônio Jerônimo.
- c) Mesmo sendo textos veiculados em diferentes linguagens artísticas - o primeiro pela música e o segundo pela poesia escrita -, ambos recuperam um traço marcante da cultura popular brasileira: a religiosidade.
- d) Por terem sido escritos em épocas diferentes, com distintos contextos históricos, sociais, políticos e culturais, não podemos afirmar que os textos têm como tema a seca, um problema específico da década de 1920.
- e) Construído o texto poético como se fosse um "caso" popular, contando a história do sitiante Antônio Jerônimo, o poema mostra a preocupação modernista de resgatar a cultura popular.
- #14294
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(1,0) 92 -
Quando Luís Gonzaga gravou a música Súplica cearense, na década de 1960, a letra, apesar de ser praticamente a mesma da música recente, não possuía os 10 versos finais presentes na regravação feita pelo grupo O Rappa. Pensando nisso, podemos afirmar que:
- a) mesmo tendo inserido versos novos no final da música, podemos dizer que a versão feita por O Rappa mantém o sentido da canção de Luís Gonzaga, gravada na década de 1960.
- b) os versos novos, ao falarem sobre problemas políticos e sobre a má distribuição de renda, que acarreta a pobreza e a fome, ampliam a discussão da música original, falando de aspectos que, além da seca, marcam a sociedade do Brasil.
- c) nos últimos versos, O Rappa continua a discussão sobre o problema da falta de chuva no Nordeste, sendo a súplica do cearense, portanto, apenas um apelo para salvá-lo da seca.
- d) ao inserir versos novos, O Rappa está fazendo uma crítica à capacidade de Luís Gonzaga, já que, ao fazer isso, mostra que a música antiga não era boa, sendo preciso, portanto, aperfeiçoá-la.
- e) como a maioria dos integrantes do grupo O Rappa é carioca, a música, apesar de mantido o título original, não se refere ao problema nordestino, mas às enchentes que assolam o Rio de Janeiro na época das chuvas.
- #14295
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(1,0) 93 -
Leia o texto:
O internetês na escola
O internetês - expressão grafolinguística criada na Internet pelos adolescentes na última década - foi durante algum tempo um bicho de sete cabeças para gramáticos e estudiosos da língua. Eles temiam que as abreviações fonéticas (em que "casa" vira ksa; e "aqui" vira aki) comprometessem o uso da norma culta do português para além das fronteiras cibernéticas. Mas ao que tudo indica, o temido internetês não passa de um simpático bichinho de uma cabecinha só. Ainda que a maioria dos professores e educadores se preocupe com ele (alertando os alunos em sala), a ocorrência do internetês nas provas escolares, em vestibulares e em concursos públicos é insignificante. O "problema" é, no fim das contas, menor do que se imaginou.
Marque a declaração que apresenta opinião semelhante à expressa no texto lido sobre a variante linguística denominada "internetês".
- a) Pessoas com boa formação educacional sempre conseguirão separar a linguagem coloquial da formal. Elas sabem quando dispensar os acentos e quando pingar todos os "is". Os manuais de cartas formais estão aí para provar que sempre houve uma linguagem para cada tipo de ambiente. Cartas de amor são diferentes de um pedido de compras de material de construção, por exemplo. Vejo a web como mais um instrumento de comunicação: ela é o que fazemos dela. Arlete Salvador, autora de A arte de escrever bem (editora Contexto)
- b) Alguns funcionários mais jovens se acostumaram a não colocar acentos, pois dão mais trabalho na hora de digitar, já que é preciso apertar duas ou mais teclas. O uso de abreviações e de linguagem informal na comunicação interna das instituições é mais tolerado, embora dificilmente chegue ao conhecimento dos clientes, o que poderia "queimar" a imagem da empresa. Lígia Crispino, professora de português e sócia-diretora da escola Companhia de Idiomas.
- c) No que se refere às novas gerações, ainda em formação, é grande a confusão que se estabelece entre a norma culta da língua portuguesa e a linguagem coloquial da web. Isso se explica ao levarmos em conta a exposição demasiada dessa garotada à Internet e os baixos índices de leitura auferidos no país. João Luís de Almeida Machado, doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e editor do portal Planeta Educação.
- d) Alguns jovens falam com três ou mais amigos simultaneamente em um programa de mensagens instantâneas enquanto escrevem um e-mail, baixam um vídeo, ouvem música e ainda escrevem no Word (programa para edição de textos). São impacientes. Não são pessoas acostumadas a ler extensos romances ou livros do começo ao fim. Estão acostumados com a linguagem da Internet, concisa e objetiva. Por isso, esses adolescentes, por lerem menos e ficarem muito tempo em frente ao computador, apresentam grandes limitações no trato com a língua portuguesa. Professor Adalton Ozaki, coordenador dos cursos de graduação da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap)
- e) A língua é uma herança da qual temos que cuidar bem. Ver isso (o internetês) como uma evolução da língua é uma maneira de entender a questão, sem dúvida. Mas não podemos é deixar de entender textos mais antigos de nossa língua - ataca. Para Navarro, é natural e aceitável que os neologismos aconteçam. - Mas eles não podem fazer com que a gente deixe de se entender daqui a vinte anos - ressalta. Eduardo de Almeida Navarro, professor livre-docente de língua tupi e literatura colonial da USP.
- #14296
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(1,0) 94 -
Leia o texto a seguir.
Muitos acreditam que as pessoas usam cada vez mais o "internetês" sob o pretexto da concisão e da economia de caracteres. Mas há palavras que não obedecem a esse critério econômico e, apesar de serem usadas frequentemente pelos internautas, não se tornaram menores que suas correspondentes na norma culta do idioma. Levando em consideração o texto anterior, marque a alternativa em que estão presentes essas palavras.
- a) "vc", "net", "naum"
- b) "net", "tah", "naum"
- c) "tah","eai", "naum"
- d) "tah", "axo", "naum"
- e) "net", "flw", "tdo"
- #14297
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(1,0) 95 -
É sempre bom lembrar que, no discurso improvisado, estamos todos arriscados a cometer imprecisões. Uma dessas imprecisões frequentemente presentes na fala das pessoas é denominada pleonasmo vicioso. Trata-se da repetição inútil e desnecessária de algum termo ou ideia na frase. Nesse caso, não é figura de linguagem, e sim um vício (defeito) de linguagem. Encontre a alternativa que apresenta esse vício de linguagem.
- a) "Nem que eu tivesse dois pulmões eu alcançava essa bola." (Bradock, amigo do ex-jogador Romário, reclamando de um passe longo)
- b) "No México que é bom. Lá a gente recebe semanalmente de quinze em quinze dias." (Ferreira, ex-ponta-esquerda do Santos)
- c) "Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe." (Jardel, ex-atacante do Vasco, do Grêmio e da Seleção)
- d) "O juiz deverá adiar a partida para depois..." (Locutor esportivo Galvão Bueno, antes do amistoso entre Brasil e Inglaterra, durante a falha na iluminação de Wembley)
- e) "Temos que subir sete degrais. O primeiro já subimos." (Ex-jogador Cafu, para quem a escalada para ser campeão não poupa nem a gramática)
- #14298
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(1,0) 96 -
Leia o seguinte aviso colocado em uma empresa.
O aviso pode ser interpretado pelos funcionários como:
- a) uma consulta sobre a mudança de horários.
- b) uma ordem a ser cumprida.
- c) uma ideia a ser discutida.
- d) um questionamento sobre a disponibilidade dos funcionários.
- e) um pedido de colaboração.
- #14299
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(1,0) 97 -
Leia a notícia:
Já se criticou com muita razão a proliferação de chavões e frases feitas na chamada crônica esportiva. (...) Mas há que reconhecer o outro lado da questão: o futebol deve muito de sua poesia à linguagem que se foi criando ao seu redor (...). Pela magia das palavras, num campo gramado em que só há atletas correndo atrás de uma bola, surgem de repente folhas secas, chapéus, meias-luas, carrinhos, lençóis, pontes, chuveiros, balões, peixinhos.
SUZUKY, Matinas. Folha de S. Paulo.
O autor do texto demonstra:
- a) ser preconceituoso em relação à linguagem usada pelos atletas.
- b) ser indiferente aos chavões e frases feitas inventados pela crônica esportiva.
- c) desaprovar o uso de expressões poéticas na crônica esportiva.
- d) ter admiração pela linguagem criativa e poética do futebol.
- e) não gostar de futebol.
- #14300
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(1,0) 98 -
Leia o texto:
Cunhantã
Vinha do Pará
Chamava Siquê.
Quatro anos. Escurinha. O riso gutural da raça.
Piá branca nenhuma corria mais do que ela.
Tinha uma cicatriz no meio da testa:
- Que foi isso Siquê?
Com voz de detrás da garganta, a boquinha tuíra:
- Minha mãe (a madrasta) estava costurando
Disse vai ver se tem fogo
Eu soprei eu soprei eu soprei não vi fogo
Aí ela se levantou e esfregou com minha cabeça na brasa
Riu, riu, riu...
Uêrêquitáua.
O ventilador era a coisa que roda.
Quando se machucava, dizia: Ai Zizus!
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
O diminutivo escurinha, empregado na primeira estrofe para caracterizar Siquê, expressa:
- a) agressividade.
- b) ironia.
- c) carinho.
- d) indiferença.
- e) preconceito.
- #14301
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(1,0) 99 -
Leia texto
Os amigos F. V. S., 17 anos, M. J. S., 18 anos, e J. S., 20 anos, moradores de Bom Jesus, cidade paraibana na divisa com o Ceará, trabalham o dia inteiro nas roças de milho e feijão. "Não ganhamos salário, é 'de meia'. Metade da produção fica para o dono da terra e metade para a gente."
Folha de S. Paulo.
Os jovens conversam com o repórter sobre sua relação de trabalho. Utilizam a expressão de meia e, logo em seguida, explicam o que isso significa. Ao dar a explicação, eles:
- a) alteram o sentido da expressão.
- b) consideram que o repórter talvez não conheça aquele modo de falar.
- c) dificultam a comunicação com o repórter.
- d) desrespeitam a formação profissional do repórter.
- e) demonstram não ter conhecimento da expressão.
- #14302
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(1,0) 100 -
Em nosso país, o voto é obrigatório para todos os cidadãos que têm entre 18 e 70 anos.
Assinale a alternativa que apresenta uma ideia contrária ao voto obrigatório.
- a) Impelir o cidadão a votar é procurar tutelar a democracia, é tentar brecar seu desenvolvimento. (...) Por isso, me animo a dizer que é tão importante votar para escolher alguém que possa levar a sério a política quanto dar liberdade ao cidadão de não votar, de não ir às urnas.
- b) ... a partir de amanhã, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) volta a veicular a campanha "Se Liga, 16! - Exercite a Cidadania", em rede nacional de televisão, para estimular o alistamento eleitoral juvenil.
- c) Estar em situação irregular junto à Justiça Eleitoral acarreta uma série de restrições, como não poder tirar passaporte, prestar concursos públicos e frequentar universidades estatais.
- d) O voto é facultativo para os jovens entre 16 e 18 anos, os maiores de 70 anos e os analfabetos. Poderá votar quem fizer 16 anos até outubro.
- e) Antes que um dever, o voto é um direito do cidadão brasileiro. Comparecer às urnas é exercitar a cidadania em um ambiente democrático.