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Prova SAP-SP - Português 1 - Questões e Simulados (Edital 2014) | CONCURSO

Prova SAP-SP - Português 1 - Questões e Simulados (Edital 2014)

"Questões ou Simulados conforme Edital do Concurso Secretária de Administração Penitenciária de São Paulo-SAP 2014

OBJETIVOS

Aprimorar os conhecimentos adquiridos durante os seus estudos, de forma a avaliar a sua aprendizagem, utilizando para isso as metodologias e critérios idênticos aos maiores e melhores concursos públicos do país, através de simulados, provas e questões de concursos.

PÚBLICO ALVO

Candidatos e/ou concursandos, que almejam aprovação em concursos públicos de nível Médio do concurso Secretária de Administração Penitenciária de São Paulo-SAP.

SOBRE AS QUESTÕES

Este simulado contém questões da banca Vunesp, para nível Médio do cargo de Agente de Segurança . Auxiliando em sua aprovação no concurso público escolhido. Utilizamos provas de concursos anteriores, conforme editais mais recentes Secretária de Administração Penitenciária de São Paulo-SAP.

*CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA PROVA-SIMULADO- QUESTÕES de Português 1 do concurso Secretária de Administração Penitenciária de São Paulo-SAP.

  1. Questões de português Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários). Sinônimos e antônimos. Sentido próprio e figurado das palavras. Pontuação. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem. Concordância verbal e nominal. Regência verbal e nominal. Colocação pronominal. Crase.

  • Nem todos os assuntos serão abordados neste simulado de prova e questões de Português 1."

#36514
Banca
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Matéria
Português
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SAP-SP
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(1,0) 1 - 

Atenção: Para responder a questão considere o texto abaixo. 

 

                No campo da técnica e da ciência, nossa época produz mi-
lagres todos os dias. Mas o progresso moderno tem amiúde um 
custo destrutivo, por exemplo, em danos irreparáveis à nature-
za, e nem sempre contribui para reduzir a pobreza. 
                A pós-modernidade destruiu o mito de que as humanida-
des humanizam. Não é indubitável aquilo em que acreditam tan-
os filósofos otimistas, ou seja, que uma educação liberal, ao al-
cance de todos, garantiria um futuro de liberdade e igualdade de 
oportunidades nas democracias modernas. George Steiner, por 
exemplo, afirma que “bibliotecas, museus, universidades, cen-
ros de investigação por meio dos quais se transmitem as huma-
nidades e as ciências podem prosperar nas proximidades dos 
campos de concentração”. “O que o elevado humanismo fez de 
bom para as massas oprimidas da comunidade? Que utilidade 
teve a cultura quando chegou a barbárie?” 
                Numerosos trabalhos procuraram definir as características 
da cultura no contexto da globalização e da extraordinária revo-
lução tecnológica. Um deles é o de Gilles Lipovetski e Jean 
Serroy, A cultura-mundo. Nele, defende-se a ideia de uma cul-
tura global - a cultura-mundo - que vem criando, pela primeira 
vez na história, denominadores culturais dos quais participam 
indivíduos dos cinco continentes, aproximando-os e igualando-os 
apesar das diferentes tradições e línguas que lhes são próprias.
                Essa “cultura de massas” nasce com o predomínio da ima-
gem e do som sobre a palavra, ou seja, com a tela. A indústria 
cinematográfica, sobretudo a partir de Hollywood, “globaliza” os 
filmes, levando-os a todos os países, a todas as camadas 
sociais. Esse processo se acelerou com a criação das redes 
sociais e a universalização da internet.
                Tal cultura planetária teria, ainda, desenvolvido um in-
dividualismo extremo em todo o globo. Contudo, a publicidade e 
as modas que lançam e impõem os produtos culturais em nos-
sos tempos são um obstáculo a indivíduos independentes. 
                O que não está claro é se essa cultura-mundo é cultura em 
sentido estrito, ou se nos referimos a coisas completamente 
diferentes quando falamos, por um lado, de uma ópera de 
Wagner e, por outro, dos filmes de Hitchcock e de John Ford.
                A meu ver, a diferença essencial entre a cultura do passa-
do e o entretenimento de hoje é que os produtos daquela pre-
tendiam transcender o tempo presente, continuar vivos nas ge-
rações futuras, ao passo que os produtos deste são fabricados 
para serem consumidos no momento e desaparecer. Cultura é 
diversão, e o que não é divertido não é cultura.
 


(Adaptado de: VARGAS LLOSA, M. A civilização do espetáculo
Rio de Janeiro, Objetiva, 2013, formato ebook) 

 

 

Substituindo-se o elemento grifado pelo que se encontra entre parênteses, o sinal indicativo de crase deverá ser acrescentado em:

  • a) ... que uma educação liberal, ao alcance de todos... (dispor de todos) (2º parágrafo)
  • b) ... por meio dos quais se transmitem as humanidades... - (ciências humanas) (2º parágrafo)
  • c) ... a todas as camadas sociais. - (qualquer classe social) (4º parágrafo)
  • d) ... se nos referimos a coisas completamente diferentes... - (uma coisa completamente diferente) (6º parágrafo)
  • e)  ... são um obstáculo a indivíduos independentes. (criação de indivíduos independentes) (5º parágrafo)
#36515
Banca
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Matéria
Português
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(1,0) 2 - 

Inauguração da Avenida

      [...] 

      Já lá se vão cinco dias. E ainda não houve aclamações, ainda não houve delírio. O choque foi rude demais. Acalma ainda não renasceu.
      Mas o que há de mais interessante na vida dessa mó de povo que se está comprimindo e revoluteando na Avenida, entre a Prainha e o Boqueirão, é o tom das conversas, que o ouvido de um observador apanha aqui e ali, neste ou naquele grupo.
      Não falo das conversas da gente culta, dos “doutores” que se julgam doutos.
Falo das conversas do povo - do povo rude, que contempla e critica a arquitetura dos prédios: “Não gosto deste... Gosto mais daquele... Este é mais rico... Aquele tem mais arte... Este é pesado... Aquele é mais elegante...”.
      Ainda nesta sexta-feira, à noite, entremeti-me num grupo e fiquei saboreando uma dessas discussões. Os conversadores, à luz rebrilhante do gás e da eletricidade, iam apontando os prédios: e - cousa consoladora - eu, que acompanhava com os ouvidos e com os olhos a discussão, nem uma só vez deixei de concordar com a opinião do grupo. Com um instintivo bom gosto subitamente nascido, como por um desses milagres a que os teólogos dão o nome de “mistérios da Graça revelada” - aquela simples e rude gente, que nunca vira palácios, que nunca recebera a noção mais rudimentar da arte da arquitetura, estava ali discernindo entre o bom e o mau, e discernindo com clarividência e precisão, separando o trigo do joio, e distinguindo do vidro ordinário o diamante puro.
      É que o nosso povo - nascido e criado neste fecundo clima de calor e umidade, que tanto beneficia as plantas como os homens - tem uma inteligência nativa, exuberante e pronta, que é feita de sobressaltos e relâmpagos, e que apanha e fixa na confusão as ideias, como a placa sensibilizada de uma máquina fotográfica apanha e fixa, ao clarão instantâneo de uma faísca de luz oxídrica, todos os objetos mergulhados na penumbra de uma sala...
      E, pela Avenida em fora, acotovelando outros grupos, fui pensando na revolução moral e intelectual que se vai operar na população, em virtude da reforma material da cidade.
      A melhor educação é a que entra pelos olhos. Bastou que, deste solo coberto de baiucas e taperas, surgissem alguns palácios, para que imediatamente nas almas mais incultas brotasse de súbito a fina flor do bom gosto: olhos, que só haviam contemplado até então betesgas, compreenderam logo o que é a arquitetura. Que não será quando da velha cidade colonial, estupidamente conservada até agora como um pesadelo do passado, apenas restar a lembrança?
      [...] 
      E quando cheguei ao Boqueirão do Passeio, voltei-me, e contemplei mais uma vez a Avenida, em toda sua gloriosa e luminosa extensão. [...]

Gazeta de Notícias - 19 nov.1905. Bilac, Olavo. Vossa Insolência: crônicas. São Paulo: Companhia de Letras, 1996, p. 264-267.

Vocabulário: 
baiuca: local de última categoria, malfrequentado. 
betesga: rua estreita, sem saída, 
: do latim “mole” , multidão; grande quantidade, 
revolutear: agitar-se em várias direções, 
tapera: lugar malconservado e de mau aspecto

 

 

Tendo em vista o fragmento “Os conversadores, à luz rebrilhante do gás e da eletricidade, iam apontando os prédios...”, analise as afirmativas a seguir.

I. Usa-se o acento indicativo da crase em À LUZ porque se está diante de uma expressão adverbial que exige preposição + artigo feminino.

II. A forma verbal IAM APONTANDO pode ser substituída, sem prejuízo do entendimento, por APONTAM.

III. A palavra GÁS é acentuada por ser oxítona terminada em A, seguida de S. 

Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s):

  • a) I
  • b) II
  • c) III
  • d) I e II
  • e) II e III
#36516
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(1,0) 3 - 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta que o saneamento básico precário consiste____ grave ameaça ______saúde humana. Apesar de disseminada no mundo, a falta de saneamento básico ainda é muito associada_____uma população de baixa renda, mais vulnerável devido_____ condições de subnutrição e, muitas vezes, de higiene inadequada.


Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto, segundo a norma-padrão da língua portuguesa.

  • a)  em ... a ... à ... a
  • b)  em ... à ... a ... a
  • c) de ... à ... a ... as
  • d) em ... à ... à ... às
  • e) de ... a ... a ... às
#36517
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(1,0) 4 - 

O tempo dirá se o Marco Civil da internet é bom ou ruim

      Foi aprovado o Marco Civil da internet: aquilo a que chamam de “Constituição da internet” e que será capaz de afetar diretamente a vida de milhões de usuários que já não usam mais a internet apenas para se divertir, mas para trabalhar.

      O Marco Civil garantirá a neutralidade da rede, segundo a qual todo o conteúdo que trafega pela internet será tratado de forma igual. As empresas de telecomunicações que fornecem acesso poderão continuar vendendo velocidades diferentes. Mas terão de oferecer a conexão contratada independentemente do conteúdo acessado pelo internauta e não poderão vender pacotes restritos.
      O Marco Civil garante a inviolabilidade e o sigilo das comunicações. O conteúdo poderá ser acessado apenas mediante ordem judicial. Na prática, as conversas via Skype e as mensagens salvas na conta de e-mail não poderão ser violadas, a menos que o Judiciário determine.
      Excluiu-se do texto aprovado um artigo que obrigava empresas estrangeiras a instalar no Brasil seus datacenters (centros de dados para armazenamento de informações). Por outro lado, o projeto aprovado reforçou dispositivo que determina o cumprimento das leis brasileiras por parte de companhias internacionais, mesmo que não estejam instaladas no Brasil.
      Ressalte-se ainda que a exclusão de conteúdo só poderá ser ordenada pela Justiça. Assim, não ficará mais a cargo dos provedores a decisão de manter ou remover informações e notícias polêmicas. Portanto, o usuário que se sentir ofendido por algum conteúdo no ambiente virtual terá de procurar a Justiça, e não as empresas que disponibilizam os dados.
      Este é o Marco Civil que temos. Se é o que pretendíamos ter, o tempo vai mostrar. Mas, sem dúvida, será menos pior do que não termos marco civil nenhum.


(O Liberal, Editorial de 24.04.2014. Adaptado)

 

 

Assinale a alternativa em que a frase do texto permanece correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, após o acréscimo das vírgulas.

  • a) As empresas de telecomunicações que fornecem acesso, poderão continuar vendendo, velocidades diferentes.
  • b) Mas terão de oferecer, a conexão contratada independentemente, do conteúdo acessado pelo internauta e não poderão vender pacotes restritos.
  • c) O Marco Civil garante, a inviolabilidade e o sigilo, das comunicações.
  • d) O conteúdo poderá ser acessado apenas, mediante, ordem judicial.
  • e) Ressalte-se, ainda, que a exclusão de conteúdo só poderá ser ordenada pela Justiça.
#36518
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(1,0) 5 - 

Antônio Vieira é, desde o século XVII, um modelo de nosso idioma, a ponto de Fernando Pessoa, na Mensagem, chamá-lo de “Imperador da língua portuguesa”. Em uma de suas principais obras, o Sermão da Sexagésima, ensina como deve ser o estilo de um texto: 

 

      “Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras. Como hão de ser as palavras? Como as estrelas. As estrelas são muito distintas e muito claras. Assim há de ser o estilo da pregação, muito distinto e muito claro. E nem por isso temais que pareça o estilo baixo; as estrelas são muito distintas, e muito claras e altíssimas. O estilo pode ser muito claro e muito alto; tão claro que o entendam os que não sabem, e tão alto que tenham muito que entender nele os que sabem. O rústico acha documentos nas estrelas para sua lavoura, e o mareante para sua navegação, e o matemático para as suas observações e para os seus juízos. De maneira que o rústico e o mareante, que não sabem ler nem escrever, entendem as estrelas, e o matemático que tem lido quantos escreveram não alcança a entender quanto nelas há.” 
      Vieira mostra com as estrelas o que sejam a distinção e a clareza. Não são discordantes, como muitos de nós pensamos: uma e outra concorrem para o mesmo fim. Nada mais adequado que, ao tratar de tais virtudes do discurso, fizesse uso de comparação. Este procedimento Quintiliano, no século II d.C., já considerava dos mais aptos para conferir clareza, uma vez que estabelece similaridades entre algo já sabido pelo leitor e aquilo que se lhe quer elucidar. Aqui, compara o bom discurso ao céu, que é de todos conhecido. 
(Tales Ben Daud, inédito) 

 

Quanto à pontuação, atente para as afirmações abaixo: 

I. No segmento Não são discordantes, como muitos de nós pensamos: uma e outra concorrem..., os dois-pontos introduzem uma oposição ao que vinha sendo dito na frase. 
II. Mantendo-se a correção e, em linhas gerais, o sentido original, a vírgula imediatamente após "disposição", em Aprenda- mos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras, não pode ser suprimida. 
III. No segmento ... e o mareante para sua navegação... uma vírgula poderia ser acrescentada imediatamente após “mareante”, uma vez que ali se subentende a expressão “acha documentos”. 

Está correto o que consta APENAS em

  • a) II.
  • b)  II e III.
  • c) I e III.
  • d) I e II.
  • e) III.
#36519
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(1,0) 6 - 

Dinheiro lidera os motivos de brigas entre casais no País

Quando o orçamento está curto, conversar com frequência sobre o assunto é uma boa saída para você sentir que está no controle da situação



      Mesmo quando as finanças vão bem, dinheiro é o principal motivo de briga entre casais. Se as contas andam 
apertadas, então, o terreno é propício para que ambos descontem suas ansiedades um no outro. Mas, com um pouquinho de esforço, dá pra lidar com essa parte chata da vida a dois e barrar as brigas antes mesmo que elas comecem. Em primeiro lugar, é importante que o casal fale a mesma língua quando se trata de dinheiro (na próxima página, montamos um teste para vocês avaliarem se estão mesmo alinhados). Pesquisa mundial feita recentemente mostrou que 72% dos casais se preocupam com os gastos do parceiro. Se um se sacrifca para economizar, e o outro torra a grana, problemas à vista.
      Quando o orçamento está curto, conversar com frequência sobre o assunto é uma boa saída para você sentir 
que está no controle da situação. Só fique esperto para bater este papo no momento certo. “Nunca tente conversar se você estiver muito estressado com suas contas”, sugere o consultor fnanceiro Jill Gianola. Em vez disso, procure uma hora em que os dois estejam calmos e sem distração.
      É importante que o casal esteja alinhado nas decisões de com o quê gastar, como economizar e quanto investir. Se apenas um exerce controle sobre as finanças, o outro pode acabar se sentindo excluído e impotente. É bacana que vocês decidam juntos quem paga o quê – e como. A renda de vocês é unifcada ou cada um tem sua conta separada no banco? Vocês consultam um ao outro antes de fazer uma aquisição que comprometa o orçamento da casa? Quem é o responsável pelas contas? Se vocês estão se entendendo do jeito que está, ótimo. Mas, de qualquer forma, a regra de ouro pra não rolar estresse é não esconder do parceiro nenhum tipo de gasto.
      Brigas sobre dinheiro são um dos principais motivos que levam um casal ao divórcio. Se você e seu companheiro não conseguem falar sobre o assunto sem que isso vire um pé de guerra, e isso está colocando seu relacionamento em risco, pense em procurar ajuda. Um consultor financeiro pode dar dicas de como administrar as finanças, enquanto uma terapia de casal pode ajudar os dois a resolverem certas diferenças. O segredo é conversar, ter comprometimento e não culpar o outro por fatores que estão fora de seu controle. Pensamento positivo: se vocês souberem lidar com problemas financeiros, isso significa que terão jogo de cintura para enfrentar outras situações difíceis – e sairão dessa fortalecidos.

Texto adaptado – Fonte: http://www.meionorte.com/noticias/jor-nais-e-revistas/dinheiro-lidera-os-motivos-de-brigas-entre-casais-no-pais-86284.html

 

Em “isso significa que terão jogo de cintura para enfrentar outras situações difíceis...”, morfologicamente, as palavras em destaque são, respectivamente,

  • a) pronome, substantivo
  • b) conjunção, adjetivo.
  • c) numeral, substantivo.
  • d) adjetivo, pronome.
  • e)  pronome, adjetivo.
#36520
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(1,0) 7 - 

ESPADAS 

                          NENHUMA OUTRA ARMA TINHA O MESMO GLAMOUR 


        Séculos depois de terem se tornado obsoletas, espadas ainda decoram brasões, bandeiras e insígnias militares por todo o mundo. "A história da espada é a história da Humanidade", afirmou o aventureiro, esgrimista e escritor britânico Richard Burton no século 19. 
        Uma espada é inteira letal. Com a ponta, o inimigo podia ser trespassado, como uma lança. Com os lados, retalhado, como um machado - com a vantagem de a lâmina ser muito maior, e haver duas delas, nos modelos com dois gumes. Até a empunhadura servia para atacar, batendo-a contra a cabeça do inimigo - uma tática particularmente eficiente contra um oponente usando um elmo, que acabava desnorteado e vulnerável para ser finalizado. A espada também pode bloquear eficientemente ataques inimigos, dando origem à arte da esgrima, a complexa dança mortal entre movimentos defensivos e ofensivos. Ainda que raramente fosse a arma principal de uma unidade lutando em formação, não havia nada mais eficiente para combate próximo e pessoal - por isso, mesmo guerreiros equipados com lanças ou outras armas longas, como os hoplitas espartanos, carregavam-na consigo como arma reserva, para um ataque final ou como último recurso, quando a situação se degenerava num salve-se quem puder. 
        (...) 

                          (Revista Superinteressante, Editora Abril, Edição 329-A, Edição especial Armas, fevereiro-2014, p. 14) 

 

A palavra em cuja formação encontramos prefixos e sufixos como em empunhadura, é

  • a) desnorteado.
  • b)  raramente.
  • c) eficiente.
  • d) vulnerável.
  • e) humanidade.
#36521
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(1,0) 8 - 

A ciência do humor

       Na média, nós rimos entre 15 e 20 vezes por dia. Mas a variação entre indivíduos é grande. E não só entre indivíduos. Mulheres riem mais do que homens, mas são piores contadoras de piadas. E, à medida que envelhecem, elas tendem a rir menos, o que não acontece com eles. Também preferimos (todos) rir à tarde e no início da noite.

       Um bom estoque de informações como essas, além daquela que foi considerada a piada mais engraçada do mundo, está em Ha!: The Science of When We Laugh and Why (Ha!: a ciência de quando rimos e por quê), do neurocientista Scott Weems.
       O livro é interessante sob vários aspectos. Além das já referidas trivialidades, cujo valor é intrínseco, Weems faz um bom apanhado de como andam os estudos do humor, campo que apenas engatinhava 30 anos atrás e hoje conta com sociedades e artigos dedicados ao tema.
       O que me chamou a atenção, entretanto, é que o autor propõe um modelo um pouco diferente para compreender o humor, que seria um subproduto da forma como nosso cérebro processa as dezenas de informações conflitantes que recebe a cada instante. Embora nós gostemos de imaginar que usamos a lógica para avaliar as evidências e tirar uma conclusão, trabalhos neurocientíficos sugerem que a mente é o resultado de uma cacofonia de módulos e sistemas atuando em rede. Vence aquele módulo que grita mais alto. Frequentemente, o cérebro aproveita essa confusão para, a partir da complexidade, produzir ideias novas e criativas.
       Quando essas ideias atendem a certos requisitos como provocar surpresa e apresentar algo que pareça, ainda que vagamente, uma solução para o conflito, achamos graça e sentimos prazer, que vem na forma de uma descarga de dopamina, o mesmo neurotransmissor envolvido no vício em drogas e no aprendizado.
       Basicamente, o humor é o resultado inopinado de nosso modo de lidar com ambiguidades e complexidades.

                       (Hélio Schwartsman, Folha de S.Paulo, 13.04.2014. Adaptado)

 

Um antônimo para o termo inopinado, em destaque no último parágrafo, é

  • a) súbito.
  • b) fortuito.
  • c) aleatório.
  • d) previsível.
  • e)  acidental.
#36522
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(1,0) 9 - 

ealização profissional - fazer o que gosta ou gostar do que faz? 

 

        Escrevo esse post não com base em estudos e pesquisas empíricas, mas por minha percepção e por conversas que tive com diversos empreendedores. Costumamos avaliar o sucesso de alguém utilizando duas métricas que, como na maioria das métricas atualmente, tornaram-se mais importantes que os objetivos buscados. Costumamos correlacionar a renda e a posição ocupada da pessoa com sua realização profissional e pessoal, mas será mesmo verdade? 

        Tenho visto muitas pessoas com boas rendas e bons cargos que não se sentem realizadas. Também tenho visto gente em busca de dinheiro e poder que não consegue se realizar não importa quão ricos e poderosos estejam. Talvez a realização profissional esteja mais ligada ao que queremos do que o que a sociedade acha que é sinônimo de sucesso. Talvez fazermos o que gostamos seja mais realizador do que fazermos o que nossos pais, nossos amigos e nossos colegas julgam que devêssemos fazer. Mas será possível conciliar a necessidade com o desejo? 
        Temos necessidade de auferir uma renda, maior ou menor, dentro do que cada um julga ser preciso para manter um padrão de vida compatível com seus desejos e com suas necessidades, mas será possível conciliar isso com alguma atividade que realmente gostamos? O século XXI está ai derrubando paradigmas e nos mostrando caminhos nunca antes trilhados que podem garantir o sustento das pessoas capacitadas. Toda vez que ligo o Canal Off sinto uma mistura de inveja e alegria com a vida que aquele pessoal vive: viajando pelo mundo, surfando, mergulhando, escalando, etc e ainda ganhando para isso. Não tenho ideia de quanto ganham, mas imagino os custos dos projetos e imagino o quanto são focados e determinados para conseguirem fazer o que fazem - sei que treinaram e treinam duro para chegar àquele nível de excelência em suas áreas. Meu pai jamais me apoiaria num projeto de surfe, mas os pais desses meninos o fazem. Isso em si é uma grande mudança e acreditamos que aquelas pessoas sejam realizadas, ou não? 

                                                                       (blog.soulsocial.com.br - Por Thiago Ribeiro. Acesso em 12.05.14) 

 

Em: derrubando paradigmas e nos mostrando caminhos nunca antes trilhados, a palavra paradigmas, só se realiza em uma única forma gramatical de gênero. Nas opções, a seguir, o mesmo ocorre com a palavra destacada em

  • a) mas por minha percepção e por conversas que tive com diversos empreendedores.
  • b) não importa quão ricos e poderosos estejam.
  • c) derrubando paradigmas e nos mostrando caminhos nunca antes trilhados.
  • d) nossos amigos e nossos colegas julgam que devêssemos fazer.
  • e) mas os pais desses meninos o fazem.
#36523
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(1,0) 10 - 

A complicada arte de ver 

 

      Ela entrou, deitou-se no divã e disse: “Acho que estou ficando louca”. Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. “Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões - é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto.” 
      Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as “Odes Elementales”, de Pablo Neruda. Procurei a “Ode à Cebola” e lhe disse: “Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: ‘Rosa de água com escamas de cristal’. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver”. 
      William Blake sabia disso e afirmou: “A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”. Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo. 

                               (Rubem Alves. Disponível em: http://www.releituras.com/i_airon_rubemalves.asp. Acesso em: 05/2014.) 

 

Assinale, dentre os trechos a seguir, o termo destacado pertencente à classe de palavras DIFERENTE dos demais.

  • a) “Ato banal sem surpresas.” (1º§)
  • b) “Acho que estou ficando louca.” (1º§)
  • c) “Aqueles anéis perfeitamente ajustados, [...] ” (1º§)
  • d) “ [...] a rosácea de um vitral de catedral gótica.” (1º§)
  • e) “ [...] ela me revelasse os sinais da sua loucura.” (1º§)