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Os teóricos que estudam o desenvolvimento humano, a cognição, a afetividade, têm contribuído, amiúde, com fundamentos para novas maneiras de se trabalhar nas escolas. Um desses teóricos foi Jean Piaget, o qual, em obra de 1976, afirmou que “[...] o conhecimento não procede nem da experiência única dos objetos nem de uma programação inata pré-formada no sujeito, mas de
Ao se estudar os Teóricos da Educação, sempre se faz presente a figura de Jean Piaget. Sobre esse autor, La Taille (1992) coloca que, no livro Biologie et Connaissance (1967), Piaget escreveu que “a inteligência humana somente se desenvolve no indivíduo em função de interações sociais que são, em geral, demasiadamente negligenciadas”. Segundo La Taille, essa afirmação pode causar estranheza em alguns leitores, porque Piaget costuma ser criticado exatamente por ‘desprezar’ o papel dos fatores sociais no desenvolvimento humano. Todavia, nada seria mais injusto do que acreditar que tal desprezo realmente existiu. O máximo que se pode dizer é que, de fato, Piaget não se deteve longamente sobre a questão, contentando-se em
As teorias relacionadas aos processos de ensino e de aprendizagem estão longe de apresentar consenso, pois há grandes diferenças de visão entre os estudiosos. Para Weisz (2009), por exemplo, não existe um processo único de ‘ensino-aprendizagem’, mas dois processos distintos. Partindo dessa perspectiva, a autora faz referência ao modelo de ensino denominado “aprendizagem pela resolução de problemas”. Quando fala desse modelo, ela não está se referindo à matemática, mas à utilização, do problema como núcleo das situações de aprendizagem. Conforme sua exposição, esse modelo reconhece o papel da ação do aprendiz e a especificidade da aprendizagem de cada conteúdo, e propõe que a didática construa situações-problema tais que o aluno precise
Oliveira (In: La Taille; Oliveira; Dantas, 1992) coloca que, “a importância da intervenção deliberada de um indivíduo sobre outros como forma de promover desenvolvimento articula-se com um postulado básico de Vigotski: a aprendizagem é fundamental para o desenvolvimento desde o nascimento da criança”. A autora complementa afirmando que, em concordância com esse postulado, a intervenção pedagógica
Perrenoud, na obra Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas (1999), aborda a avaliação e acompanhamento do rendimento escolar. Como o próprio título indica, o autor afirma que, ao se focalizar a avaliação no âmbito da escola, percebe-se um movimento entre duas lógicas: uma avaliação a serviço da seleção e uma avaliação a serviço das aprendizagens (avaliação formativa). Segundo Perrenoud, “É formativa toda avaliação que ajuda o aluno a aprender e a se desenvolver; ou melhor, que
Estudando para o concurso de supervisor de ensino de Sertãozinho, Elisângela buscou em Hoffmann (2001) subsídios para compreender o tema “Avaliação e acompanhamento do rendimento escolar”. Nessa obra, na qual a autora apresenta os princípios essenciais da avaliação mediadora, aprendeu que “Podemos pensar na avaliação mediadora como um processo de permanente troca de mensagens e de significados, um processo interativo, dialógico, espaço de encontro e de confronto de ideias entre educador e educando, em busca de
Conforme Saviani, In: Ferreira(org., 2000), as pressões sociais em torno da questão educacional foram intensificadas pelo desenvolvimento da sociedade num sentido capitalista que acelerou o processo de industrialização e urbanização. Essas pressões conduziram às reformas dos anos 20, principalmente pelos governos estaduais, pois somente após a Revolução de 30, é que “toda essa mobilização ganha expressão nacional, passando a ser coordenada pelo poder central”, e seguindo-se, nesse âmbito, algumas reformas e, depois, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1961, as Leis Federais n° 5.540/68 e n° 5.692/71. Nesse contexto, é que houve, no nível de cada escola, “a separação entre a ‘parte administrativa’ e a ‘parte técnica’ propiciando o surgimento da figura do supervisor como distinta do diretor e também do inspetor”.Saviani considera que a introdução desse agente específico no interior da escola
Saviani, In: Ferreira (org., 2000), esclarece que, diferentemente de outros estados brasileiros, no Estado de São Paulo, a denominação de supervisor é reservada ao agente educativo que desempenha as funções antes atribuídas ao inspetor, no nível de sistema, acrescidas de funções pedagógicas, sendo esse “supervisor” que atua nas unidades escolares denominado
Rangel e Ferreira, In: Rangel e Freire (2010), refletindo para responder se a educação, numa perspectiva crítica, emancipadora, necessita ou prescinde de supervisão, argumenta em favor de compreender a Supervisão “em suas possibilidades de intervenção no processo pedagógico, por meio da organização e da coordenação de encontros de formação docente continuada que ofereçam e estimulem
Escolas são organizações sociais de caráter institucional e organizadas em sistemas municipais, estaduais e nacional. Elas têm natureza complexa, o que demanda “trabalho sobre o trabalho” desenvolvido na atividade-fim, garantindo-a e assegurando, assim, o cumprimento da função social da educação escolar. Giancaterino (2010), concordando com outros autores, afirma que “é preciso reinventar a democracia, pluralizar o conhecimento e a cultura na busca de uma sociedade mais justa e igualitária, o que, de certa forma, requer professores abertos a mudanças e ao auxílio de um corpo pedagógico capaz de interagir no coletivo”. O autor destaca que, nesse contexto, aos supervisores, cabe-lhes “reordenar a reflexão educativa, organizar a vontade coletiva e procurar fazer com que
A supervisão da educação escolar, seja em nível de sistema, seja no nível intraescolar, de coordenação pedagógica, apresenta dimensões interligadas: a normativa, de assessorar e avaliar a implantação das diretrizes que orientam a organização e o funcionamento das organizações de cada sistema; a pedagógica, de estímulo e apoio a todos os profissionais do ensino, no sentido da formação integral dos educandos, conforme o projeto político-pedagógico, e, ainda, uma dimensão educativa, de formação continuada dos profissionais do ensino. A respeito desta última, Macedo (2005) enfatiza a necessidade de se criarem “contextos de aprendizagem” para os professores, nos quais eles possam refletir sobre
As equipes de direção e coordenação das escolas municipais vêm discutindo com os professores a importância da participação da comunidade na escola. Apoiados em Paro (1998), entenderam que é necessário considerar tanto a visão da escola a respeito da comunidade, quanto sua postura diante da própria participação popular. Com relação aos condicionantes imediatos externos à escola, esse autor afirma que a participação da comunidade é geralmente determinada por elementos
Débora leciona em uma escola municipal em que os professores vêm tentando integrar em um projeto, um propó- sito educativo comum às práticas sociais que permeiam a convivência escolar e comunitária. Com base em Azanha (2006), os profissionais dessa escola entenderam que em um projeto pedagógico tudo é relevante na teia das relações escolares, porque todas elas são potencialmente educativas ou deseducativas. Compreenderam, corretamente, quando o autor pondera que “ensinar bem, por exemplo, não é apenas ensinar eficientemente uma disciplina, mas é também o êxito em integrar esse ensino aos ideais educativos da escola” e que isso envolve reflexões sobre as práticas, com disposição para alterá-las, constituindo-se, assim, o projeto político-pedagógico que, segundo Azanha, é um
Segundo Hoffmann (2000), é preciso considerar que uma escola de qualidade é a que dá conta, de fato, do desenvolvimento de todas as crianças brasileiras, concebidas em sua realidade concreta. Realidade que é marcada por muita violência, miséria, epidemias, instabilidade econô- mica e política. O caminho didático pedagógico para o desenvolvimento, segundo a autora, é
Alice, uma professora de educação básica adjunta, auxilia Cleide, professora titular da classe de 2o ano do ensino fundamental, no acompanhamento dos alunos durante a produção de textos em duplas, atenta aos tipos de erros que os estudantes cometem, aplicando a concepção mediadora de avaliação de Hoffmann (2000), segundo a qual o momento de correção passa a existir como um momento de
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