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A Revolução Farroupilha (1835-1845) se configurou, historicamente, como evento emblemático da memória pública no Rio Grande do Sul. Seus lances de batalha são, ainda hoje, narrados em tom épico, e seus protagonistas transformados em heróis da “pequena” e da “grande” pátria, ora pela suposta resistência à opressão do centro político e econômico do Brasil, ora pela também hipotética aspiração à liberalização e “republicanização” do país, o que incorre na afirmação de seu caráter nacionalista. Em ambos os sentidos, como mito, a revolta tem sido matriz para discursos políticos, debates historiográficos e criações artísticas.
(adaptado) Rev. Bras. Hist. vol.31 no.62 São Paulo Dec. 2011
Sobre a guerra dos Farroupilhas, podemos afirmar que:
O Brasil viveu a chamada República Velha, conhecida pela grande influência exercida pelos coronéis, ricos fazendeiros que atuavam como oligarcas locais nas regiões mais pobres do interior do país. Naquela época, o voto não era secreto e os eleitores que viviam sob a “jurisdição” dos coronéis eram constantemente manipulados e ameaçados a votarem apenas nos candidatos escolhidos pelos fazendeiros.
A influência dos coronéis no cenário político resultou numa prática eleitoral, denominada voto
Aconteceu em março de 1823, no então vilarejo do Campo Maior, no Piauí, e faz parte de uma série de conflitos que eclodiram após a declaração da Independência em 1822. O governo português visava à manutenção de seus territórios no norte do país – especialmente nas áreas que hoje correspondem aos estados do Piauí, Maranhão e Ceará. Em janeiro de 1823, Manuel de Sousa Martins, o futuro Visconde de Parnaíba, aderiu à independência e assumiu a presidência da Junta do Governo do Piauí. Isso fez com que o major João José da Cunha Fidié, que recebera da coroa portuguesa a ordem de preservar os territórios ao norte do país, deslocasse suas tropas para a região. Em 13 de março, um grupo de aproximadamente 500 sertanejos mal armados enfrentou as tropas do major Fidié. A batalha durou cerca de cinco horas. Estima-se que 200 sertanejos morreram no embate; as tropas de Fidié, embora vitoriosas, saíram do conflito enfraquecidas e foram derrotadas em Caxias, no Maranhão, em julho do mesmo ano.
Claudete Maria Miranda Dias, Entre Foices e Facões (2011).(Adaptado)
O texto faz referência à Batalha
Revolta do período regencial tendo como palco a cidade de Salvador, na Bahia, destacou-se por ter motivação religiosa. Compreendida como um conflito que deflagrou oposição contra duas práticas comuns herdadas do sistema colonial português: a escravidão e a intolerância religiosa. Comandada por negros de orientação religiosa islâmica, essa revolta ainda foi resultado do desmando político e da miséria econômica do período regencial. Apesar de não alcançar o triunfo esperado, a Revolta abalou as elites baianas mediante a possibilidade de uma revolta geral dos escravos. Esse texto caracteriza a revolta
A Lei de Terras, sancionada por D. Pedro II, em setembro de 1850, foi uma lei que determinou parâmetros e normas sobre a posse, manutenção, uso e comercialização de terras no Brasil, durante o Segundo Reinado.
I. Estabeleceu a compra como única forma de obtenção de terras públicas. Desta forma, inviabilizou os sistemas de posse ou doação para transformar uma terra em propriedade privada.
II. Possibilitou a manutenção da concentração de terras no Brasil. A Lei regulamentou a propriedade privada, principalmente na área agrícola . Aumentou o poder oligárquico e suas ligações políticas com o governo imperial.
III. Dificultou o acesso de pessoas de baixa renda às terras. Muitas perderam suas terras e sua fonte de subsistência. Restou a estas apenas o trabalho como empregadas nas grandes propriedades rurais, aumentando assim a disponibilidade de mão de obra.
Dessas afirmações apenas:
A partir do final dos anos 1970 a historiografia brasileira passou por intensa renovação, sob a influência de vários estudos, como os realizados pela chamada história social inglesa. Essa produção brasileira caracterizou-se
Leia o trecho da letra da música a seguir.(...) Quem me dera ao menos uma vezFazer com que o mundo saiba que seu nomeEstá em tudo e mesmo assimNinguém lhe diz ao menos, obrigado.Quem me dera ao menos uma vezComo a mais bela triboDos mais belos índiosNão ser atacado por ser inocente. (...)(Renato Russo. Índios. 1986. Disponível em: www.letras. terra.com.br/legiao-urbana/92/. Acesso em: 10.08.2011)Ao utilizar a letra da música Índios, de Renato Russo, para motivar o estudo dos povos indígenas na época das Grandes Navegações, o professor deve
Com as Grandes Navegações os europeus conquistaram inúmeros territórios ao redor do mundo, ampliaram suas atividades econômicas e estabeleceram contato com diferentes culturas. Nesse processo de expansão, o contato dos europeus com os povos distantes caracterizou-se pelo
Durante as primeiras décadas da colonização portuguesa na América, as iniciativas de explorar economicamente o território se concentraram na formação de grandes propriedades rurais. Para o sucesso desse empreendimento foi importante
Leia o texto abaixo.Não era cerimônia muito demorada. A cada escravo, quando chegava a sua vez, dizia o padre: seu nome é Pedro, o seu é João, o seu é Francisco, e assim por diante, dando a cada qual um pedaço de papel com o nome por escrito, e pondo-lhes na língua uma pitada de sal, antes de aspergir com um hissope água benta em toda a multidão. Então, um intérprete negro a eles se dirigia, com essas palavras: “Olhai, sois já filhos de Deus; Estais a caminho de terras espanholas (ou portuguesas), onde ireis aprender as coisas da fé. Esquecei tudo o que se relacione com o lugar de onde vieste, deixai de comer cães, ratos ou cavalos. Agora podeis ir, e sede felizes.(Charles Boxer. Salvador de Sá e a luta pelo Brasil e Angola. Citado em: Jaime Rodrigues. De costa a costa. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. p.61-2.)A cena descrita apresenta informações sobre
Leia o texto abaixo.Partindo do litoral, os colonos foram aos poucos incorporando o território da América portuguesa ao âmbito do Império: mundo sempre em movimento (...); onde os limites geográficos foram, até meados de século XVIII, fluidos e indefinidos; onde os homens inventaram arranjos familiares e relações interpessoais ao sabor de circunstâncias e contingências; onde aldeias e vilarejos se erguiam de um dia para o outro, nada garantindo que durassem mais do que alguns anos (...).(Laura Mello e Souza. Formas provisórias de existência. In: Laura Mello e Souza (org.). História da vida privada no Brasil. vol. 1. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 42)A formação do território brasileiro entre os séculos XVI e XVIII foi resultado de um longo processo histórico, marcado
Durante o período colonial, as câmaras municipais se constituíram em lugares privilegiados da administração e do exercício de poder, consolidando-se como espaços
Leia o texto abaixo.O nobre metal (...) provocou um afluxo formidável de gente, não só da metrópole como das capitanias vizinhas. (...) Em 1709, era 30 mil o número das pessoas ocupadas em atividades mineradoras, agrícolas e comerciais, sem falar nos escravos vindos da África e das zonas açucareiras em retração.Com os olhos voltados para o ouro, (...) pode-se imaginar a fome que assolou essa população.(Laura de Mello e Souza. Desclassificados do ouro: a pobreza mineira no século XVIII. Rio de Janeiro: Graal, 2004. p. 41-42)Segundo o texto, está correto afirmar que a sociedade mineradora
Leia o texto abaixo:Logo depois do “Grito do Ipiranga”, fazia-se imprescindível investir o novo governante do país com as suas reais atribuições. (...) Se D. Pedro era alçado à condição de cabeça e coração do império, era necessário que todo o corpo político (...) soubesse dessa mudança e se reconhecesse como parte desse mesmo corpo (...). Logo, urgia estabelecer um elo de continuidade entre o soberano e o súdito, a cabeça e os membros, o coração e o corpo, entre o Brasil e a sua gente.(Iara Lis Carvalho Souza. Pátria coroada. São Paulo: Editora da UNESP, 1999. p. 256)O texto trata das preocupações que então nortearam o processo de consolidação do Brasil como país independente. O país que surgiu desse processo caracterizava-se pela
Leia o texto abaixo.Enfermo a 14 de novembro, na segunda-feira o velho Lima voltou ao trabalho, ignorando que no entretempo caíra o regime. Sentou-se, e viu que tinham tirado da parede a velha litografia representando D. Pedro de Alcântara. Como na ocasião passasse um contínuo, perguntou-lhe:- Por que tiraram da parede o retrato de sua majestade?O contínuo respondeu, num tom lentamente desdenhoso:- Ora, cidadão, que fazia ali a figura do Pedro Banana?- Pedro Banana! - repetiu raivoso o velho Lima.E sentando-se, pensou com tristeza:- Não dou três anos para que isto seja uma república!(Arthur de Azevedo. Vidas Alheias (1901). In: Lilia Moritz Schwarcz. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 470)Este texto literário indica
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