Um paciente diabético, de setenta e seis anos de idade,
tabagista desde os quinze anos de idade, recebeu, recentemente,
diagnóstico de adenocarcinoma de cólon, não tendo ainda se
submetido a tratamento específico. O paciente, que consome vinte
cigarros por dia, compareceu ao pronto-socorro queixando-se de
tosse produtiva com expectoração amarelada associada a dor
torácica, bacteremia e febre havia três dias. No exame físico,
constataram-se estado geral debilitado, dispneia, temperatura axilar
de 38 oC, saturação periférica de oxigênio de 88%, FC igual a
130 bpm, frequência respiratória (FR) de 32 irpm e PA igual a
100 mmHg × 60 mmHg. Verificaram-se, ainda, pulsos arteriais
palpáveis, boa perfusão capilar, ritmo cardíaco regular, bulhas
normofonéticas e dispneia com presença de estertores crepitantes
audíveis no terço inferior de hemitórax esquerdo. Não foram
constatadas visceromegalias à palpação do abdome. A radiografia
de tórax revelou opacidade no lobo inferior do pulmão esquerdo. O
hemograma, por sua vez, mostrou 12.000 leucócitos, sem desvio à
esquerda. O exame de sangue revelou ureia de 65 mg/dL, creatinina
de 1,8 mg/dL, potássio de 5,6 mEq/L e sódio igual a 126 mEq/L. Os
demais exames realizados não revelaram alterações significativas.
Com relação a esse quadro clínico, julgue os itens subsecutivos.
O paciente em questão poderá fazer o tratamento em ambulatório, desde que receba, ainda no pronto-socorro, a primeira dose de antibiótico por via parenteral