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O que mais preocupa na questão dos transgênicos não é apenas o seu impacto negativo sobre a saúde humana ou o meio ambiente. Essas são questões obviamente fundamentais e levantadas com profunda preocupação por técnicos e ambientalistas. Compartilho amplamente desses temores. Mas é necessário dar visibilidade a outra questão, de igual relevância, que tem sido negligenciada (ou mesmo omitida) nessa discussão. Trata-se do impacto futuro na economia do país a partir da adoção dos transgênicos. Sabe-se que as sementes geneticamente modificadas não se reproduzem indefinidamente. E que sua tecnologia é hoje posse exclusiva de uma multinacional. O Brasil é o maior produtor mundial de soja. Aderindo à soja transgênica, torna-se refém da multinacional que detém a exclusividade dessas sementes. Se amanhã — e isso, do ponto de vista comercial, é mais que possível, é plenamente provável — essa multinacional elevar o preço das sementes a um nível insuportável, o país perderá competitividade e, por extensão, sua posição no cenário mundial.Reginaldo Oscar de Castro. O Brasil e os transgênicos. In: Correio Braziliense, 3/10/2003, p. 17A partir do texto acima e tendo em vista a dimensão do tema nele focalizado, julgue o item que se segue.Infere-se do texto, entre outras considerações, que a legalização do plantio da soja transgênica no território brasileiro poderá implicar o pagamento de royalties pelo uso de tecnologias patenteadas por empresas multinacionais.
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