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Questões ENEM de Parnasianismo | 192813

#192813
Banca
. Bancas Diversas
Matéria
Parnasianismo
Concurso
ENEM
Tipo
Múltipla escolha
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fácil

(1,0) 1 - 

TEXTO I É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco. é um pouco sozinho E um caco de vidro, é a vida, é o sol É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol É peroba-do-campo, é o nó da madeira Caingá, candeia, é o matita-pereira
TOM JOBIM, Águas de março. O Tom de Jobim e o tal de João Bosco (disco de bolso) Salvador Zen Produtora 1972 (fragmento)
TEXTO II A inspiração súbita e certeira do compositor serve ainda de exemplo do lema antigo: nada vem do nada. Para ninguém, nem mesmo para Tom Jobim. Duas fontes são razoavelmente conhecidas. A primeira é o poema O caçador de esmeraldas, do mestre parnasiano Olavo Bilac: "Foi em março, ao findar da chuva, quase à entrada/ do outono, quando a terra em sede requeimada/ bebera longamente as águas da estação [...]". E a outra é um ponto de macumba, gravado com sucesso por J. B. Carvalho, do Conjunto Tupi: “É pau, é pedra, é seixo miúdo, roda a baiana por cima de tudo". Combinar Olavo Bilac e macumba já seria bom; mas o que se vê em Águas de março vai muito além: tudo se transforma numa outra coisa e numa outra música, que recompõem o mundo para nós.
NESTROVSKI, A. O samba mais bonito do mundo. In Três canções de Tom Jobim. São Paulo. Cosac Naify. 2004
Ao situar a composição no panorama cultural brasileiro, o Texto II destaca o(a)