Os decepcionantes resultados das reuniões
preparatórias para a Conferência do Clima, em Copenhague,
deixaram no ar uma enorme preocupação quanto à capacidade
dos líderes mundiais de responderem aos desafios inéditos que
o aquecimento global e as mudanças climáticas são para o
futuro da humanidade.
Tal preocupação nos leva à angústia diante da torrente
de informações sobre o que já está acontecendo com o planeta:
o desaparecimento de florestas, a constatação de que a
expressão gelo eterno não tem mais razão de ser, o aumento da
temperatura global e os inexplicáveis fenômenos climáticos,
que podem por em risco regiões e cidades costeiras e países que
são ilhas — estes, os mais ameaçados, e que acabam de fazer
pungente apelo por um acordo consistente em Copenhague.
O que se deve lembrar, sempre e cada vez mais, é que
não há antagonismo entre proteger o meio ambiente e promover
o crescimento econômico. Abrem-se oportunidades de
investimento e empregos no desenvolvimento de energias
renováveis, na pesquisa tecnológica, na fabricação de novos
equipamentos, na melhoria de processos produtivos, nos
transportes não (ou menos) poluentes, na agricultura sustentável
e em obras de infraestrutura.