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Em seu Manifesto Ciborgue, a filósofa norte-americana Donna J. Haraway reflete a respeito do par conceitual natural/artificial em uma lógica ciborgue:“Imagine que você seja um pé de arroz. Você quer crescer e produzir rebentos antes que os insetos predadores cresçam e produzam rebentos para comer seus tenros brotos. Assim, você divide sua energia entre crescer tão rapidamente quanto possa e produzir toxinas em suas folhas para repelir os insetos. Agora, vamos dizer que você seja um pesquisador tentando convencer os agricultores californianos a deixar de utilizar pesticidas. Você está criando variedades de arroz que produzem mais toxinas alcaloides em suas folhas. Se os pesticidas são aplicados externamente, eles contam como sendo químicos – e grandes quantidades deles acabam nos corpos de imigrantes mexicanos ilegais que são contratados para a colheita. Se eles estão dentro da planta, eles contam como sendo naturais, mas podem acabar nos corpos dos consumidores que comem o arroz.”Adaptado de HARRAWAY, D. “Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista”, in Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós humano. Belo Horizonte: Autêntica, 2009, p. 28.Com base no trecho, assinale a afirmativa que descreve corretamente a redefinição da relação natural/artificial proposta pela autora.
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