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E é justamente pelo lirismo reflexivo que Rubem Braga, capixaba de Cachoeiro do Itapemirim, ocupa um lugar de destaque na história da literatura brasileira contemporânea: corajosamente ele só tem publicado crônicas, mesmo que em uma delas confesse ter escrito um soneto “para enfrentar o tédio dos espelhos”. Sua opção é ainda mais corajosa porque, vivendo num país de frases bombásticas, ele cumpre a principal característica do escritor: o despojamento verbal, que implica uma construção ágil, direta, sem adjetivações.
(SÁ, Jorge de. A crônica. São Paulo: Ática, 1987, p. 13. Fragmento)
O “despojamento verbal, que implica uma construção ágil, direta, sem adjetivações” também se observa no seguinte comentário sobre Braga:
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