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No ensaio O Narrador, Walter Benjamin afirma que: O saber [da narrativa], que vinha de longe − do longe espacial das terras estranhas, ou do longe temporal contido na tradição − , dispunha de uma autoridade que era válida mesmo que não fosse controlável pela experiência. Mas a informação aspira uma verificação imediata. Antes de mais nada, ela precisa ser compreensível ‘em si e para si’. (...) Cada manhã recebemos notícias de todo o mundo. E, no entanto, somos pobres em histórias surpreendentes. A razão é que os fatos já nos chegam acompanhados de explicações. Em outras palavras: quase nada do que acontece está a serviço da narrativa, e quase tudo está a serviço da informação.(Obras Escolhidas. São Paulo: Brasiliense, v. I, p. 202-203)Embora ambas, a narrativa antiga das experiências humanas e a informação, igualmente contenham histórias; a primeira se vale de situações miraculosas, a segunda é necessariamente
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