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(...) a bula Inter Caetera, assinada pelo Papa Alexandre VI, em 4 de maio de 1493, dividiu as novas terras do globo entre Portugal e Espanha. Na prática, as terras situadas até cem léguas a oeste, a parte das ilhas de Cabo Verde, seriam de Portugal, e, as que ficassem além dessa ilha, da Espanha. Por receio de perder possíveis conquistas, uma revisão foi proposta por Portugal, que conseguiu mudar os termos da bula. (..) Dessa forma, a linha imaginária encontrava-se a meio caminho entre o arquipélago e as ilhas das Caraíbas, descobertas por Colombo. Legislava o Tratado, ainda, que os territórios a leste desse meridiano pertenceriam a Portugal e os a oeste à Espanha. O Tratado seria ratificado pela Espanha em 2 de junho e por Portugal em 5 de setembro de 1494, como se o mundo – real ou tantas vezes imaginado - pudesse ser dividido em dois, em duas metades, e sem maiores contestações.
(SCHWARCZ, Lilia Moritz. Brasil: Uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 24.)
Na citação acima, Schwarcz fala da descoberta do Novo Mundo e da atitude política que se construiu na Europa para essas novas terras. O trecho está se referindo ao: