Simulado UFU | VESTIBULAR
Simulado UFU
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Este Simulado UFU foi elaborado da seguinte forma:
- Categoria: Vestibular
- Instituição:
UFU - Cargo: Vestibulando
- Matéria: Diversas
- Assuntos do Simulado: Diversas
- Banca Organizadora: UFU
- Quantidade de Questões: 10
- Tempo do Simulado: 30 minutos
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REGRA DO SIMULADO
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Questões UFU
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Boa sorte e Bons Estudos,
ConcursosAZ - Aprovando de A a Z
- #228232
- Banca
- UFU
- Matéria
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- Concurso
- UFU
- Tipo
- Múltipla escolha
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(1,0) 1 -
O vírus zika segue sua escalada. Ele é suspeito de causar boa parte dos 3.611 casos de microcefalia em bebês no Brasil desde outubro de 2015, segundo o levantamento mais recente do Ministério da Saúde. No dia 17 de janeiro, a Organização Pan-Americana da Saúde na região, declarou que 18 países, praticamente toda a América Latina, já detectaram casos de infecção pelo vírus. O invasor chegou até a América do Norte. Durante a última semana, apareceram notificações de casos nos Estados Unidos. Foram duas gestantes em Illinois, outra com suspeita de zika na Califórnia e três pessoas diagnosticadas na Flórida. Esses casos se somam aos primeiros registrados no início do mês: uma mulher no Texas e um bebê que nasceu com microcefalia no Havaí. [...] Um novo estudo, elaborado por um grupo internacional de pesquisadores, sugere que é questão de tempo até que o vírus comece a se disseminar dentro dos Estados Unidos e, possivelmente, da Europa. [...] BUSCATO, Marcela. Época, 25 de janeiro de 2016, p. 42 (fragmento).
Ao descrever a crescente trajetória do vírus zika, por meio de dados oficiais, a produtora do texto tem por objetivo:
- a) Informar a população sobre a gravidade do vírus.
- b) Ressaltar o fato de que o vírus prefere os trópicos para se disseminar.
- c) Enfatizar o fato de que o vírus é uma ameaça global.
- d) Alertar sobre a expansão do vírus pela Europa.
- #228233
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(1,0) 2 -
Na Olimpíada da crise, os convidados especiais não vão contar assim com tanta mordomia. Graças à baixa procura e ao desinteresse dos patrocinadores, o comitê organizador dos Jogos está com dificuldade de erguer camarotes para algumas modalidades. O de vôlei de praia, esporte no qual o Brasil é destaque, não vai dispor da estrutura. O camarote para o tênis, no Parque Olímpico, também foi cancelado. A construção ocorre apenas se os pedidos são suficientes para compensar os custos. Veja, ed. 2460, ano 49, nº. 2, 13 de janeiro de 2016, p. 29.
No último período do texto, as formas verbais em destaque foram empregadas para
- a) expressar temporalmente o futuro.
- b) representar eventos sem historicidade.
- c) expressar fatos que independem do tempo cronológico.
- d) expressar atitude do enunciador.
- #228234
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(1,0) 3 -
[...] Há uma velha máxima no universo da internet que diz: “Não alimente os trolls (aqueles que praticam a trolagem – brincadeiras ofensivas que, muitas vezes, ferem as leis).” Segundo essa teoria, quanto mais a população se incomoda e quanto mais a mídia divulga as ações desses grupos, mais eles se tornam populares e engajados. Os defensores da máxima dizem que ela deveria valer também para a Justiça. Há quem defenda que a ideia de que, à medida que as autoridades perseguem esses grupos (gangues virtuais), mais malucos se dispõem a desafiá-las, devido à sensação de impunidade inerente ao anonimato na rede. Mas, sejam eles alimentados ou não, muitos desses baderneiros virtuais estão cometendo crimes no mundo real. [...] FERRARI, Bruno. In: Época, 25 de janeiro de 2016, p. 69 (fragmento adaptado).
Com o objetivo de introduzir o tema do texto, o autor cita uma máxima da internet e, na sequência, explicita-a. O processo constitutivo dessa explicação baseia-se em uma relação
- a) demonstrada e aceita como verdade para o que será defendido.
- b) derivada de outras já comprovadas anteriormente.
- c) presumida como real no domínio de sua aplicação.
- d) consensual e necessária para a aceitação do que será postulado.
- #228235
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(1,0) 4 -
Uma das melhores interpretações já feitas do verbo “coitadinhar”, neologismo que aprendi durante um papo-furado com uma grande amiga que é cega, foi feita no feita no filme “Shrek”. Ela acontece no momento em que o Gato de Botas, para fugir de uma situação em que estava encurralado, esbugalhou os olhos, comprimiu o pescoço, ensaiou um choro e conseguiu, por fim, amolecer o coração dos malvados que o cercavam ilesos. [...] MARQUES, Jairo. Folha de S. Paulo, 16 de dezembro de 2015, B2 Cotidiano (fragmento).
Entende-se por neologismo a criação ou atribuição de um novo sentido a uma palavra ou expressão já existente, por meio de processos também existentes na língua. Com base nessa definição e na contextualização em que o termo “coitadinhar” foi utilizado no filme “Shrek”, deduz-se que ele significa, EXCETO:
- a) Criar subterfúgios para ser considerado inocente.
- b) Criar condições para ser avaliado como ser inferior.
- c) Culpar os outros pelas próprias carências.
- d) Ressaltar as carências para obter favores.
- #228236
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(1,0) 5 -
O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo. O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho. Agora o Homem é todo músculo. Crescendo. Só afrouxa a rédea depois do gozo. Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais. BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
- a) constata a violência do mundo adulto e desiste do embate contra o Homem.
- b) revive na vida adulta o trauma da infância e sucumbe aos desejos do Homem.
- c) reage à perseguição do Homem e pragueja contra a mulher mascarada.
- d) descobre a cilada armada pela mulher mascarada e tenta em vão aliar-se ao Homem.
- #228237
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(1,0) 6 -
Depreende-se, da leitura de O santo e a porca, que Ariano Suassuna, ao dialogar com a tradição, retomando a comédia Aululária, de Plauto, e O avarento, de Moliére, recriando-as a partir de aspectos regionais e universais, associa
- a) o popular ao erudito.
- b) a arte renascentista ao pós-moderno.
- c) o grotesco ao sublime.
- d) o cômico ao trágico.
- #228238
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(1,0) 7 -
Texto I
Logo descobriu que não podia absolutamente mais se mexer. Não se admirou com esse fato, pareceu-lhe antes um pouco natural que até agora tivesse conseguido se movimentar com aquelas perninhas finas. No restante sentia-se relativamente confortável. Na realidade tinha dores no corpo, mas para ele era como se elas fossem ficar cada vez mais fracas e finalmente desaparecer por completo. A maçã apodrecida nas suas costas e a região inflamada em volta, inteiramente cobertas por uma poeira mole, quase não o incomodavam. Recordava-se da família com emoção e amor. Sua opinião de que precisava desaparecer era, se possível, ainda mais decidida que a da irmã. Permaneceu nesse estado de meditação vazia e pacífica até que o relógio da torre bateu a terceira hora da manhã. Ele vivenciou o início do clarear geral do dia lá do lado de fora da janela. Depois, sem intervenção da sua vontade, a cabeça afundou completamente e das suas ventas fluiu fraco o último fôlego.
KAFKA, Franz. A metamorfose. Trad. Modesto Carone. São Paulo: Cia das Letras, 1997. p. 78.
Texto II
Saciada, espantada, continuou a passear com os olhos mais abertos, em atenção às voltas violentas que a água pesada dava no estômago, acordando pequenos reflexos pelo resto do corpo como luzes. A estrada subia muito. A estrada era mais bonita que o Rio de Janeiro, e subia muito. Mocinha sentou-se numa pedra que havia junto de uma árvore, para poder apreciar. O céu estava altíssimo, sem nenhuma nuvem. E tinha muito passarinho que voava do abismo para a estrada. A estrada branca de sol estendia sobre um abismo verde. Então, como estava cansada, a velha encostou a cabeça no tronco da árvore e morreu.
LISPECTOR, Clarice. O grande passeio. In: Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 37-38
Embora de épocas e nacionalidades distintas, os protagonistas de A metamorfose e do conto O grande passeio têm em comum a
- a) a incapacidade de decisão ante as instabilidades sociais.
- b) o isolamento social devido ao descaso dos familiares.
- c) o devaneio filosófico a respeito dos fenômenos da natureza.
- d) a passividade diante das vicissitudes do curso da vida.
- #228239
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(1,0) 8 -
Na obra Felicidade clandestina, de Clarice Lispector, há contos em que crianças são protagonistas, ora diante de situações densas, ora leves, com suas alegrias e tristezas na relação com o outro. Nessa tessitura, o fio condutor do conto
- a) Miopia progressiva indica a manipulação das coisas e das pessoas por parte do protagonista para garantir a sua entrada no mundo adulto.
- b) Restos de Carnaval destaca o desejo da personagem menina de divertir-se como centro das atenções na festa de momo.
- c) Tentação evidencia a importância do olhar entre os protagonistas para representar a comunicação entre eles.
- d) Come, meu filho prioriza o discurso autoritário da mãe para contrapor-se ao fluxo de consciência do filho.
- #228240
- Banca
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(1,0) 9 -
Com o intuito de compreender as razões do comportamento humano, a narradora do conto Felicidade clandestina, de livro homônimo de Clarice Lispector, atém-se a um fato de sua infância, em que uma menina, filha do dono de uma livraria, percebendo o gosto da narradora pelos livros e pela leitura, promete lhe emprestar o livro As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Entretanto, numa atitude de crueldade, sempre adia o empréstimo. Para a narradora personagem, o comportamento da menina advém
- a) da vingança fracassada, que se originou da desagregação familiar da menina e do rompimento com o namorado.
- b) da inveja, que a corroía em função da contraposição de sua feiura à beleza das outras meninas.
- c) do transtorno de conduta, que depois levou a menina à demonstração de sentimento de remorso.
- d) do distúrbio de dupla personalidade, que instaurava na menina a dúvida quanto ao empréstimo do livro.
- #228241
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(1,0) 10 -
Leia o enunciado abaixo: [...] esforçar-me-ei por mostrar de que maneira os homens podem vir a ter uma propriedade em diversas partes daquilo que Deus deu em comum à humanidade, e isso sem nenhum pacto expresso por parte de todos os membros da comunidade. LOCKE, J. Dois tratados sobre o governo. Tradução de Julio Fisher. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p. 406.– grifo do autor.
Assinale a alternativa que apresenta o fundamento natural da propriedade privada segundo Locke.
- a) A propriedade privada surgiu com o pacto de consentimento em que alguns abdicam da posse do que é comum, dando-o como bem de um indivíduo pelo seu mérito.
- b) A propriedade privada é antes de tudo uma dadiva divina que alguns obtêm e outros não, por isso não resulta do trabalho do indivíduo e sim da bondade de Deus.
- c) O fundamento da propriedade privada é o poder estatal que, em última instância, é o verdadeiro proprietário, e que no uso de seu poder redistribui o bem público.
- d) O fundamento da propriedade privada consiste essencialmente na propriedade de si mesmo; cada pessoa tem como direito inalienável a propriedade de si mesma.