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Simulado ENEM | PORTUGUÊS | ENEM

Simulado ENEM | PORTUGUÊS

SIMULADO ENEM | PORTUGUÊS

INSTRUÇÕES DESTE SIMULADO

OBJETIVOS DO SIMULADO
Aprimorar os conhecimentos adquiridos durante os seus estudos, de forma a avaliar a sua aprendizagem, utilizando para isso as metodologias e critérios idênticos aos maiores e melhores concursos públicos do País, através de simulado para ENEM, prova do ENEM e/ou questões do ENEM.

PÚBLICO ALVO DO SIMULADO
Alunos que almejam sua aprovação no ENEM. Que desejam tirar excelentes notas na prova do ENEM deste ano.

SOBRE AS QUESTÕES DO SIMULADO
Este simulado contém questões do ENEM e da banca INEP. Estas questões são especificamente para o Aluno ENEM , contendo PORTUGUÊS que foram extraídas de provas anteriores, portanto este simulado contém os gabaritos oficiais destas provas do ENEM.

ESTATÍSTICA DO SIMULADO
O simulado ENEM | PORTUGUÊS contém um total de 20 questões com um tempo estimado de 60 minutos para sua realização. O assunto abordado é diversificado para que você possa realmente simular como esta seus conhecimentos.

RANKING DO SIMULADO
Realize este simulado até o seu final e ao conclui-lo você verá as questões que errou e acertou, seus possíveis comentários e ainda poderá ver seu DESEMPENHO perante ao dos seus CONCORRENTES. Venha participar deste Ranking do ENEM e saia na frente de todos. Veja sua nota e sua colocação e saiba se esta preparado para conseguir sua aprovação.

Bons Estudos! Simulado para o ENEM é aqui!


#84738
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(1,0) 1 - 

Simulado ENEM 6189  PORTUGUêS  QUESTAO 01

Um leitor interessado nas decisões governamentais escreve uma carta para o jornal que publicou o edital, concordando com a resolução sintetizada no Edital da Secretaria de Cultura. Uma frase adequada para expressar sua concordância é:

  • a) Que sábia iniciativa! Os prédios em péssimo estado de conservação devem ser derrubados.
  • b) Até que enfim! Os edifícios localizados nesse trecho descaracterizam o conjunto arquitetônico da Rua Augusta.
  • c) Parabéns! O poder público precisa mostrar sua força como guardião das tradições dos moradores locais.
  • d) Justa decisão! O governo dá mais um passo rumo à eliminação do problema da falta de moradias populares.
  • e) Congratulações! O patrimônio histórico da cidade merece todo empenho para ser preservado.
#84739
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(1,0) 2 - 

TEXTO I

 

Pessoas e sociedades

Pessoa, no seu conceito jurídico, é todo ente capaz de direitos e obrigações. As pessoas podem ser físicas ou jurídicas.

 

Pessoa física - É a pessoa natural; é todo ser humano, é todo indivíduo (sem qualquer exceção). A existência da pessoa física termina com a morte. É o próprio ser humano. Sua personalidade começa com o seu nascimento (artigo 4° do Código Civil Brasileiro). No decorrer da sua vida, a pessoa física constituirá um patrimônio, que será afastado, por fim, em caso de morte, para transferência aos herdeiros.

Pessoa jurídica - É a existência legal de uma sociedade, associação ou instituição, que aferiu o direito de ter vida própria e isolada das pessoas físicas que a constituíram. É a união de pessoas capazes de possuir e exercitardireitos e contrair obrigações, independentemente das pessoas físicas, através das quais agem. É, portanto, uma nova pessoa, com personalidade distinta da de seus membros (da pessoa natural). Sua existência legal dá- se em decorrência de leis e só nascerá após o devido registro nos órgãos públicos competentes (Cartórios ou Juntas Comerciais).

POLONI, A. S. Disponível em: http://uj.novaprolink.com.br. Acesso em: 30 ago. 2011 (adaptado).

 

TEXTO II

Simulado ENEM 6189  PORTUGUêS  QUESTAO 02

Os textos I e II tratam da definição de pessoa física e de pessoa jurídica. Considerando sua função social, o cartum faz uma paródia do artigo científico, pois


 

  • a) explica o conceito de pessoa física em linguagem coloquial e informal.
  • b) compara pessoa física e jurídica ao explorar dois tipos de profissão.
  • c) subverte o conceito de pessoa física com uma escolha lexical equivocada.
  • d) acrescenta conhecimento jurídico ao definir pessoa física.
  • e) complementa as definições promovidas por Antonio Poloni.
#84740
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(1,0) 3 - 

Não há crenças que Nelson Leirner não destrua. Do dinheiro à religião, do esporte à fé na arte, nada resiste ao deboche desse iconoclasta. O principal mérito da retrospectiva aberta em setembro na Galeria do SESI-SP é justamente demonstrar que as provocações arquitetadas durante as últimas cinco décadas pelo artista quase octogenário continuam vigorosas.

Bravo, n. 170, out. 2011 (adaptado).

 

Um dos elementos importantes na constituição do texto é o desenvolvimento do tema por meio, por exemplo, do encadeamento de palavras em seu interior. A clareza do tema garante ao autor que seus objetivos — narrar, descrever, informar, argumentar, opinar — sejam atingidos. No parágrafo do artigo informativo, os termos em negrito

  • a) evitam a repetição de termos por meio do emprego de sinônimos.
  • b) fazem referências a outros artistas que trabalham com Nelson Leirner.
  • c) estabelecem relação entre traços da personalidade do artista e suas obras.
  • d) garantem a progressão temática do texto pelo uso de formas nominais diferentes.
  • e) introduzem elementos novos, que marcam mudança na direção argumentativa do texto.
#84741
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(1,0) 4 - 

Todo bom escritor tem o seu instante de graça, possui a sua obra-prima, aquela que congrega numa estrutura perfeita os seus dons mais pessoais. Para Dias Gomes essa hora de inspiração veio-lhe no dia que escreveu O pagador de promessas. Em torno de Zé-do-Burro — herói ideal, por unir o máximo de caráter ao mínimo de inteligência, naquela zona fronteiriça entre o idiota e o santo — o enredo espalha a malícia e a maldade de uma capital como Salvador, mitificada pela música popular e pela literatura, na qual o explorador de mulheres se chama inevitavelmente Bonitão, o poeta popular, Dedé Cospe-Rima, e o mestre de capoeira, Manuelzinho Sua Mãe. O colorido do quadro contrasta fortemente com a simplicidade da ação, que caminha numa linha reta da chegada de Zé-do-Burro à sua entrada trágica e triunfal na igreja — não sob a cruz, conforme prometera, mas sobre ela, carregado pelos capoeiras, “como um crucifixado”.

PRADO, D. A. O teatro brasileiro moderno. Sao Paulo: Perspectiva, 2008 (fragmento).

 

A avaliação crítica de Décio de Almeida Prado destaca as qualidades de O pagador de promessas. Com base nas ideias defendidas por ele, uma boa obra teatral deve

  • a) valorizar a cultura local como base da estrutura estética.
  • b) ressaltar o lugar do oprimido por uma forma religiosa.
  • c) dialogar a tradição local com elementos universais.
  • d) romper com a estrutura clássica da encenação.
  • e) reproduzir abordagens trágicas e pessimistas.
#84742
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(1,0) 5 - 

A rua

 

Bem sei que, muitas vezes,

O único remédio

É adiar tudo.

É adiar a sede, a fome, a viagem,

A dívida, o divertimento,

O pedido de emprego, ou a própria alegria.

A esperança é também uma forma

De contínuo adiamento.

Sei que é preciso prestigiar a esperança,

Numa sala de espera.

Mas sei também que espera significa luta e não, apenas,

Esperança sentada.

Não abdicação diante da vida.

A esperança

Nunca é a forma burguesa, sentada e tranquila da espera.

Nunca é figura de mulher

Do quadro antigo. Sentada, dando milho aos pombos.

RICARDO, C. Disponível em: www.revista.agulha.nom.br. Acesso em: 2 jan. 2012.

 

O poema de Cassiano Ricardo insere-se no Modernismo brasileiro. O autor metaforiza a crença do sujeito lírico numa relação entre o homem e seu tempo marcada por

  • a) um olhar de resignação perante as dificuldades materiais e psicológicas da vida.
  • b) uma ideia de que a esperança do povo brasileiro está vinculada ao sofrimento e às privações.
  • c) uma posição em que louva a esperança passiva para que ocorram mudanças sociais.
  • d) um estado de inércia e de melancolia motivado pelo tempo passado "numa sala de espera".
  • e) uma atitude de perseverança e coragem no contexto de estagnação histórica e social.
#84743
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(1,0) 6 - 

TEXTO I

 

Poema de sete faces

 

Mundo mundo vasto mundo,

Se eu me chamasse Raimundo

seria uma rima, não seria uma solução.

Mundo mundo vasto mundo,

mais vasto é meu coração.

ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 2001 (fragmento).

 

TEXTO II

 

CDA (imitado)

 

Ó vida, triste vida!

Se eu me chamasse Aparecida

dava na mesma.

FONTELA, O. Poesia reunida. São Paulo: Cosac Naify; Rio de Janeiro: 7Letras, 2006.

 

Orides Fontela intitula seu poema CDA, sigla de Carlos Drummond de Andrade, e entre parênteses indica "imitado" porque, como nos versos de Drummond,

  • a) apresenta o receio de colocar os dramas pessoais no mundo vasto.
  • b) expõe o egocentrismo de sentir o coração maior que o mundo.
  • c) aponta a insuficiência da poesia para solucionar os problemas da vida.
  • d) adota tom melancólico para evidenciar a desesperança com a vida.
  • e) invoca a tristeza da vida para potencializar a ineficácia da rima.
#84744
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(1,0) 7 - 

— É o diabo!... praguejava entre dentes o brutalhão, enquanto atravessava o corredor ao lado do Conselheiro, enfiando às pressas o seu inseparável sobretudo de casimira alvadia. — É o diabo! Esta menina já devia ter casado!

— Disso sei eu... balbuciou o outro. — E não é por falta de esforços de minha parte; creia!

— Diabo! Faz lástima que um organismo tão rico e tão bom para procriar, se sacrifique desse modo! Enfim — ainda não é tarde; mas, se ela não se casar quanto antes — hum... hum!... Não respondo pelo resto!

— Então o Doutor acha que...?

Lobão inflamou-se: Oh! o Conselheiro não podia imaginar o que eram aqueles temperamentozinhos impressionáveis!... eram terríveis, eram violentos, quando alguém tentava contrariá-los! Não pediam — exigiam — reclamavam!

AZEVEDO, A. O homem. Belo Horizonte: UFMG, 2003 (fragmento).

 

O romance O homem, de Aluísio Azevedo, insere-se no contexto do Naturalismo, marcado pela visão do cientificismo. No fragmento, essa concepção aplicada à mulher define-se por uma

  • a) conivência com relação à rejeição feminina de assumir um casamento arranjado pelo pai.
  • b) caracterização da personagem feminina como um estereótipo da mulher sensual e misteriosa.
  • c) convicção de que a mulher é um organismo frágil e condicionado por seu ciclo reprodutivo.
  • d) submissão da personagem feminina a um processo que a infantiliza e limita intelectualmente.
  • e) incapacidade de resistir às pressões socialmente impostas, representadas pelo pai e pelo médico.
#84745
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(1,0) 8 - 

Simulado ENEM 6189  PORTUGUêS  QUESTAO 08

Rompendo com as paredes retas e com a geometrização clássica acadêmica, os arquitetos modernistas desenvolveram seus projetos graças também a um momento de industrialização e modernização do Brasil. Observando a imagem apresentada, analisa-se que

  • a) Niemeyer projetou os edifícios de Brasília com a intenção de impor a arquitetura sobre a natureza, seguindo os princípios da arquitetura moderna.
  • b) o Palácio da Alvorada, em Brasília, na posição horizontal permite fazer uma integração do edifício com a paisagem do cerrado e o horizonte, um conceito de vanguarda para a arquitetura da época.
  • c) Niemeyer projetou o Palácio da Alvorada com colunas de linhas quebradas e rígidas, com o propósito de unir as tendências recentes da arquitetura moderna, criando um novo estilo.
  • d) os prédios de Brasília são elevados e sustentados por colunas, deixando um espaço livre sob o edifício, com o objetivo de separar o ambiente externo do interno, trazendo mais harmonia à obra.
  • e) Niemeyer projetou os edifícios de Brasília com espaços amplos, colunas curvas, janelas largas e grades de proteção, separando os jardins e praças da área útil do prédio.
#84746
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(1,0) 9 - 

Sambinha

 

Vêm duas costureirinhas pela rua das Palmeiras.

Afobadas braços dados depressinha

Bonitas, Senhor! que até dão vontade pros homens da rua.

As costureirinhas vão explorando perigos...

Vestido é de seda.

Roupa-branca é de morim.

Falando conversas fiadas

As duas costureirinhas passam por mim.

— Você vai?

— Não vou não!

Parece que a rua parou pra escutá-las.

Nem trilhos sapecas

Jogam mais bondes um pro outro.

E o Sol da tardinha de abril

Espia entre as pálpebras sapiroquentas de duas nuvens.

As nuvens são vermelhas.

A tardinha cor-de-rosa.

Fiquei querendo bem aquelas duas costureirinhas...

Fizeram-me peito batendo

Tão bonitas, tão modernas, tão brasileiras!

Isto é...

Uma era ítalo-brasileira.

Outra era áfrico-brasileira.

Uma era branca.

Outra era preta.

ANDRADE, M. Os melhores poemas. Sao Paulo: Global, 1988.

 

Os poetas do Modernismo, sobretudo em sua primeira fase, procuraram incorporar a oralidade ao fazer poético, como parte de seu projeto de configuração de uma identidade linguística e nacional. No poema de Mário de Andrade esse projeto revela-se, pois

  • a) o poema capta uma cena do cotidiano — o caminhar de duas costureirinhas pela rua das Palmeiras — mas o andamento dos versos é truncado, o que faz com que o evento perca a naturalidade.
  • b) a sensibilidade do eu poético parece captar o movimento dançante das costureirinhas — depressinha — que, em última instância, representam um Brasil de "todas as cores".
  • c) o excesso de liberdade usado pelo poeta ao desrespeitar regras gramaticais, como as de pontuação, prejudica a compreensão do poema.
  • d) a sensibilidade do artista não escapa do viés machista que marcava a sociedade do início do século XX, machismo expresso em "que até dão vontade pros homens da rua".
  • e) o eu poético usa de ironia ao dizer da emoção de ver moças "tão modernas, tão brasileiras", pois faz questão de afirmar as origens africana e italiana das mesmas.
#84747
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(1,0) 10 - 

Simulado ENEM 6189  PORTUGUêS  QUESTAO 10

Conflitos de interação ajudam a promover o efeito de humor. No cartum, o recurso empregado para promover esse efeito é a 

  • a) intertextualidade, sugerida pelos traços identificadores do homem urbano e do homem rural.
  • b) ambiguidade, produzida pela interpretação da fala do locutor a partir da variedade do interlocutor.
  • c) conotação, atribuidora de sentidos figurados a palavras relativas às ações e aos seres.
  • d) negação enfática, elaborada para reforçar o lamento do interlocutor pela perda da estrada.
  • e) pergunta retórica, usada pelo motorista para estabelecer interação com o homem do campo.
#84748
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(1,0) 11 - 

Pode chegar de mansinho, como é costume por ali, e observar sem pressa cada detalhe da estação ferroviária de Mariana. Repare na arquitetura recém-revitalizada do casarão, e como os detalhes em madeira branca, as delicadas arandelas de luzes amarelas e os elementos barrocos da torre já começam a dar o gostinho da viagem aguardada. Vindo lá de longe, o apito estridente anuncia que logo, logo o cenário estará completo para a partida. E não tarda para o trem de fato surgir. Pequenino a princípio, mas de repente, em toda aquela imensidão que desliza pelos trilhos. Arrancando sorrisos e deixando boquiaberto até o mais desconfiado dos mineiros.

TIUSSU, B. Raízes m ineiras. Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em: 15 nov. 2011 (fragmento).

 

A leitura do trecho mostra que textos jornalísticos produzidos em determinados gêneros mobilizam recursos linguísticos com o objetivo de conduzir seu público-alvo a aceitar suas ideias. Para envolver o leitor no retrato que faz da cidade, a autora

  • a) inicia o texto com a informação mais importante a ser conhecida, a estação de trem de Mariana.
  • b) descreve de forma parcial e objetiva a estação de trem da cidade, seus detalhes e características.
  • c) apresenta com cuidado e precisão os recursos da cidade, sua infraestrutura e singularidade.
  • d) faz uma crítica indireta à desconfiança dos mineiros, mostrando conhecimento do tema.
  • e) dirige-se a ele por meio de verbos e expressões verbais, convidando-o a partilhar das belezas do local.
#84749
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(1,0) 12 - 

O que a internet esconde de você

 

Para cada site que você pode visitar, existem pelo menos 400 outros que não consegue acessar. Eles existem, estão lá, mas são invisíveis. Estão presos num buraco negro digital maior do que a própria internet. A cada vez que você interage com um amigo nas redes sociais, vários outros são ignorados e têm as mensagens enterradas num enorme cemitério on-line. E, quando você faz uma pesquisa no Google, não recebe os resultados de fato — e sim uma versão maquiada, previamente modificada de acordo com critérios secretos. Sim, tudo isso é verdade — e não é nenhuma grande conspiração. Acontece todos os dias sem que você perceba. Pegue seu chapéu de Indiana Jones e vamos explorar a web perdida.

GRAVATÁ, A. Superinteressante, nov. 2011 (fragmento).

 

Os gêneros do discurso jornalístico, geralmente a manchete, a notícia e a reportagem, exigem um repórter que não diz “eu”, nem mesmo que se refira ao leitor do texto explicitamente. No trecho lido, ao contrário, é recorrente o emprego de "você", o qual

  • a) remete a um sujeito "eu" que se prende ao próprio dizer, fortalecendo a subjetividade.
  • b) explicita uma construção metalinguística que se volta para o próprio dizer.
  • c) deixa claro o leitor esperado para o texto, aquele que visita redes sociais e sites de busca no dia a dia.
  • d) estabelece conexão entre o fatual e o opinativo, o que descaracteriza o texto como reportagem.
  • e) revela a intenção de tornar a leitura mais fácil, a partir de um texto em que se emprega vocabulário simples.
#84750
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(1,0) 13 - 

TEXTO I

 

A canção do africano

Lá na úmida senzala,

Sentado na estreita sala,

Junto ao braseiro, no chão,

entoa o escravo o seu canto,

E ao cantar correm-lhe em pranto

Saudades do seu torrão...

De um lado, uma negra escrava

Os olhos no filho crava,

Que tem no colo a embalar...

E à meia-voz lá responde

Ao canto, e o filhinho esconde,

Talvez p'ra não o escutar!

"Minha terra é lá bem longe,

Das bandas de onde o sol vem;

Esta terra é mais bonita,

Mas à outra eu quero bem."

ALVES, C. Poesias com pletas. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995 (fragmento).

 

TEXTO II

 

No caso da Literatura Brasileira, se é verdade que prevalecem as reformas radicais, elas têm acontecido mais no âmbito de movimentos literários do que de gerações literárias. A poesia de Castro Alves em relação à de Gonçalves Dias não é a de negação radical, mas de superação, dentro do mesmo espírito romântico.

MELO NETO, J. C. Obra com pleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003 (fragmento)

 

O fragmento do poema de Castro Alves exemplifica a afirmação de João Cabral de Melo Neto porque

  • a) exalta o nacionalismo, embora lhe imprima um fundo ideológico retórico.
  • b) canta a paisagem local, no entanto, defende ideais do liberalismo.
  • c) mantém o canto saudosista da terra pátria, mas renova o tema amoroso.
  • d) explora a subjetividade do eu lírico, ainda que tematize a injustiça social.
  • e) inova na abordagem de aspecto social, mas mantém a visão lírica da terra pátria.
#84751
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(1,0) 14 - 

Era uma vez

 

Um rei leão que não era rei.

Um pato que não fazia quá-quá.

Um cão que não latia.

Um peixe que não nadava.

Um pássaro que não voava.

Um tigre que não comia.

Um gato que não miava.

Um homem que não pensava...

E, enfim, era uma natureza sem nada.

Acabada. Depredada.

Pelo homem que não pensava.

Laura Araújo Cunha

CUNHA, L. A. In: KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2011.

 

São as relações entre os elementos e as partes do texto que promovem o desenvolvimento das ideias. No poema, a estratégia linguística que contribui para esse desenvolvimento, estabelecendo a continuidade do texto, é a

  • a) escolha de palavras de diferentes campos semânticos.
  • b) negação contundente das ações praticadas pelo homem.
  • c) intertextualidade com o gênero textual fábula infantil.
  • d) repetição de estrutura sintática com novas informações.
  • e) utilização de ponto final entre termos de uma mesma oração.
#84752
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(1,0) 15 - 

Uma tuiteratura?

 

As novidades sobre o Twitter já não cabem em 140 toques. Informações vindas dos EUA dão conta de que a marca de 100 milhões de adeptos acaba de ser alcançada e que a biblioteca do Congresso, um dos principais templos da palavra impressa, vai guardar em seu arquivo todos os tweets, ou seja, as mensagens do microblog. No Brasil o fenômeno não chega a tanto, mas já somos o segundo país com o maior número de tuiteiros. Também aqui o Twitter está sendo aceito em territórios antes exclusivos do papel. A própria Academia Brasileira de Letras abriu um concurso de microcontos para textos com apenas 140 caracteres. Também se fala das possibilidades literárias desse meio que se caracteriza pela concisão. Já há até um neologismo, "tuiteratura", para indicar os “enunciados telegráficos com criações originais, citações ou resumos de obras impressas". Por ora, pergunto como se estivesse tuitando: querer fazer literatura com palavras de menos não é pretensão demais?

VENTURA, Z. O Globo, 17 abr. 2010 (adaptado).

 

As novas tecnologias estão presentes na sociedade moderna, transformando a comunicação por meio de inovadoras linguagens. O texto de Zuenir Ventura mostra que o Twitter tem sido acessado por um número cada vez maior de internautas e já se insere até na literatura. Neste contexto de inovações linguísticas, a linguagem do Twitter apresenta como característica relevante

  • a) a concisão relativa ao texto ao adotar como regra o uso de uma quantidade predefinida de toques.
  • b) a frequência de neologismos criados com a finalidade de tornar a mensagem mais popular.
  • c) o uso de expressões exclusivas da nova forma literária para substituir palavras usuais do português.
  • d) o emprego de palavras pouco usuais no dia a dia para reafirmar a originalidade e o espírito crítico dos usuários desse tipo de rede social.
  • e) o uso de palavras e expressões próprias da mídia eletrônica para restringir a participação de usuários.