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Simulado ENEM | PORTUGUÊS | ENEM

Simulado ENEM | PORTUGUÊS

SIMULADO ENEM | PORTUGUÊS

INSTRUÇÕES DESTE SIMULADO

OBJETIVOS DO SIMULADO
Aprimorar os conhecimentos adquiridos durante os seus estudos, de forma a avaliar a sua aprendizagem, utilizando para isso as metodologias e critérios idênticos aos maiores e melhores concursos públicos do País, através de simulado para ENEM, prova do ENEM e/ou questões do ENEM.

PÚBLICO ALVO DO SIMULADO
Alunos que almejam sua aprovação no ENEM. Que desejam tirar excelentes notas na prova do ENEM deste ano.

SOBRE AS QUESTÕES DO SIMULADO
Este simulado contém questões do ENEM e da banca INEP. Estas questões são especificamente para o Aluno ENEM , contendo PORTUGUÊS que foram extraídas de provas anteriores, portanto este simulado contém os gabaritos oficiais destas provas do ENEM.

ESTATÍSTICA DO SIMULADO
O simulado ENEM | PORTUGUÊS contém um total de 20 questões com um tempo estimado de 60 minutos para sua realização. O assunto abordado é diversificado para que você possa realmente simular como esta seus conhecimentos.

RANKING DO SIMULADO
Realize este simulado até o seu final e ao conclui-lo você verá as questões que errou e acertou, seus possíveis comentários e ainda poderá ver seu DESEMPENHO perante ao dos seus CONCORRENTES. Venha participar deste Ranking do ENEM e saia na frente de todos. Veja sua nota e sua colocação e saiba se esta preparado para conseguir sua aprovação.

Bons Estudos! Simulado para o ENEM é aqui!


#84420
Banca
INEP
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Português
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ENEM
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(1,0) 1 - 

À garrafa 
Contigo adquiro a astúcia de conter e de conter-me. Teu estreito gargalo é uma lição de angústia. 
Por translúcida pões o dentro fora e o fora dentro para que a forma se cumpra e o espaço ressoe. 
Até que, farta da constante prisão da forma, saltes da mão para o chão e te estilhaces, suicida, 
numa explosão de diamantes. 
PAES, J. P Prosas seguidas de odes mínimas. São Paulo: Cia. das Letras, 1992. 
A reflexão acerca do fazer poético é um dos mais marcantes atributos da produção literária contemporânea, que, no poema de José Paulo Paes, se expressa por um(a)

  • a) reconhecimento, pelo eu lírico, de suas limitações no processo criativo, manifesto na expressão “Por translúcida pões"
  • b) subserviência aos princípios do rigor formal e dos cuidados com a precisão metafórica, como se observa em “prisão da forma".
  • c) visão progressivamente pessimista, em face da impossibilidade da criação poética, conforme expressa o verso “e te estilhaces, suicida".
  • d) processo de contenção, amadurecimento e transformação da palavra, representado pelos versos “numa explosão / de diamantes".
  • e) necessidade premente de libertação da prisão representada pela poesia, simbolicamente comparada à “garrafa" a ser “estilhaçada".
#84423
Banca
INEP
Matéria
Português
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(1,0) 2 - 

As narrativas indígenas se sustentam e se perpetuam por uma tradição de transmissão oral (sejam as histórias verdadeiras dos seus antepassados, dos fatos e guerras recentes ou antigos; sejam as histórias de ficção, como aquelas da onça e do macaco). De fato, as comunidades indígenas nas chamadas “terras baixas da América do Sul" (o que exclui as montanhas dos Andes, por exemplo) não desenvolveram sistemas de escrita como os que conhecemos, sejam alfabéticos (como a escrita do português), sejam ideogramáticos (como a escrita dos chineses) ou outros. Somente nas sociedades indígenas com estratificação social (ou seja, já divididas em classes), como foram os astecas e os maias, é que surgiu algum tipo de escrita. A história da escrita parece mesmo mostrar claramente isso: que ela surge e se desenvolve - em qualquer das formas - apenas em sociedades estratificadas (sumérios, egípcios, chineses, gregos etc.). O fato é que os povos indígenas no Brasil, por exemplo, não empregavam um sistema de escrita, mas garantiram a conservação e continuidade dos conhecimentos acumulados, das histórias passadas e, também, das narrativas que sua tradição criou, através da transmissão oral. Todas as tecnologias indígenas se transmitiram e se desenvolveram assim. E não foram poucas: por exemplo, foram os índios que domesticaram plantas silvestres e, muitas vezes, venenosas, criando o milho, a mandioca (ou macaxeira), o amendoim, as morangas e muitas outras mais (e também as desenvolveram muito; por exemplo, somente do milho criaram cerca de 250 variedades diferentes em toda a América).

D'ANGELIS, W. R. Histórias dos índios lá em casa: narrativas indígenas e tradição oral popular no Brasil. Disponível em: www.portalkaingang.org. Acesso em: 5 dez. 2012.

A escrita e a oralidade, nas diversas culturas, cumprem diferentes objetivos. O fragmento aponta que, nas sociedades indígenas brasileiras, a oralidade possibilitou

  • a) a conservação e a valorização dos grupos detentores de certos saberes.
  • b) a preservação e a transmissão dos saberes e da memória cultural dos povos.
  • c) a manutenção e a reprodução dos modelos estratificados de organização social.
  • d) a restrição e a limitação do conhecimento acumulado a determinadas comunidades.
  • e) o reconhecimento e a legitimação da importância da fala como meio de comunicação.
#84426
Banca
INEP
Matéria
Português
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(1,0) 3 - 

14 coisas que você não deve jogar na privada 

Nem no ralo. Elas poluem rios, lagos e mares, o que contamina o ambiente e os animais. Também deixa mais difícil obter a água que nós mesmos usaremos. Alguns produtos podem causar entupimentos:

• cotonete e fio dental; 
• medicamento e preservativo; 
• óleo de cozinha; 
• ponta de cigarro; 
• poeira de varrição de casa; 
• fio de cabelo e pelo de animais; 
• tinta que não seja à base de água; 
• querosene, gasolina, solvente, tíner.

Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, como óleo de cozinha, medicamento e tinta, podem ser levados a pontos de coleta especiais, que darão a destinação final adequada.

MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. Planeta Sustentável, jul.-ago. 2013 (adaptado). 
O texto tem objetivo educativo. Nesse sentido, além do foco no interlocutor, que caracteriza a função conativa da linguagem, predomina também nele a função referencial, que busca

  • a) despertar no leitor sentimentos de amor pela natureza, induzindo-o a ter atitudes responsáveis que beneficiarão a sustentabilidade do planeta.
  • b) informar o leitor sobre as consequências da destinação inadequada do lixo, orientando-o sobre como fazer o correto descarte de alguns dejetos
  • c) transmitir uma mensagem de caráter subjetivo, mostrando exemplos de atitudes sustentáveis do autor do texto em relação ao planeta.
  • d) estabelecer uma comunicação com o leitor, procurando certificar-se de que a mensagem sobre ações de sustentabilidade está sendo compreendida.
  • e) explorar o uso da linguagem, conceituando detalhadamente os termos utilizados de forma a proporcionar melhor compreensão do texto.
#84661
Banca
INEP
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Português
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(1,0) 4 - 

A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida, surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler.

A vida ao redor é a pseudorrealidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto - e raro - de crítica e público.

Disponível em: www.odevoradordelivros.com. Acesso em: 24jun. 2014.

Os gêneros textuais podem ser caracterizados, dentre outros fatores, por seus objetivos. Esse fragmento é um(a)

  • a) reportagem, pois busca convencer o interlocutor da tese defendida ao longo do texto.
  • b) resumo, pois promove o contato rápido do leitor com uma informação desconhecida.
  • c) sinopse, pois sintetiza as informações relevantes de uma obra de modo impessoal.
  • d) instrução, pois ensina algo por meio de explicações sobre uma obra específica.
  • e) resenha, pois apresenta uma produção intelectual de forma crítica.
#84662
Banca
INEP
Matéria
Português
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(1,0) 5 - 

Um conto de palavras que valessem mais por sua modulação que por seu significado. Um conto abstrato e concreto como uma composição tocada por um grupo instrumental; límpido e obscuro, espiral azul num campo de narcisos defronte a uma torre a descortinar um lago assombrado em que o atirar uma pedra espraia a água em lentos círculos sob os quais nada um peixe turvo que é visto por ninguém e no entanto existe como algas do oceano. Um conto-rastro de uma lesma também evento do universo qual a luz de um quasar a bilhões de anos-luz; um conto em que os vocábulos são como notas indeterminadas numa pauta; que é como bater suave e espaçado de um sino propagando-se nos corredores de um mosteiro [...]. Um conto noturno com a fulguração de um sonho que, quanto mais se quer, mais se perde; é preciso resistir à tentação das proparoxítonas e do sentido, a vida é uma peça pregada cujo maior mistério é o nada.

SANT’ANNA, S. Um conto abstrato. In: O voo da madrugada. São Paulo: Cia. das Letras, 2003.

 

Utilizando o recurso da metalinguagem, o narrador busca definir o gênero conto pelo procedimento estético que estabelece uma

  • a) confluência de cores, destacando a importância do espaço.
  • b) composição de sons, valorizando a construção musical do texto.
  • c) percepção de sombras, endossando o caráter obscuro da escrita.
  • d) cadeia de imagens, enfatizando a ideia de sobreposição de sentidos.
  • e) hierarquia de palavras, fortalecendo o valor unívoco dos significados.
#84663
Banca
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(1,0) 6 - 

Ser pai faz bem para a pressão!

 

Uma pesquisa feita pela Brigham Young University, nos EUA, indica que a paternidade pode ajudar a manter a pressão arterial baixa. Os dados foram medidos em 198 adultos, monitorados por aparelhos anexados ao braço, em intervalos aleatórios, durante 24 horas. Comparada às do grupo de adultos sem filhos, a média dos pais foi inferior em 4,5 pontos para a pressão arterial diastólica. Julianne Holt-Lunstad, autora do estudo, diz que outros fatores (como atividades físicas) também colaboram para reduzir esses níveis e que o objetivo da pesquisa é comprovar como fatores sociais colaboram para a saúde do corpo. “Isso não significa que quanto mais crianças você tiver, melhor será sua pressão sanguínea. Os resultados estão conectados a essa relação de parentesco, mas sem considerar o número de sucessores ou situação profissional”, pondera Julianne.

ALVES, I. Vivasaúde, n. 83, s.d.

 

O texto apresenta resultados de uma pesquisa científica, objetivando

  • a) informar o leitor leigo a respeito dos resultados obtidos, com base em dados monitorados.
  • b) sensibilizar o leitor acadêmico a respeito da paternidade, com apoio nos comentários da pesquisadora.
  • c) persuadir o leitor especializado a se beneficiar do exercício da paternidade, com base nos dados comparados.
  • d) dar ciência ao leitor especializado da validade da investigação, com base na reputação da instituição promotora.
  • e) instruir o leitor leigo a respeito da validade relativa da investigação, com base nas declarações da pesquisadora.
#84664
Banca
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(1,0) 7 - 

Querido Sr. Clemens,

Sei que o ofendi porque sua carta, não datada de outro dia, mas que parece ter sido escrita em 5 de julho, foi muito abrupta; eu a li e reli com os olhos turvos de lágrimas. Não usarei meu maravilhoso broche de peixe-anjo se o senhor não quiser; devolverei ao senhor, se assim me for pedido...

OATES, J. C. Descanse em paz. São Paulo: Leya, 2008.

 

Nesse fragmento de carta pessoal, quanto à sequenciação dos eventos, reconhece-se a norma-padrão pelo(a)

  • a) colocação pronominal em próclise.
  • b) uso recorrente de marcas de negação.
  • c) emprego adequado dos tempos verbais.
  • d) preferência por arcaísmos, como “abrupta” e “turvo”.
  • e) presença de qualificadores, como “maravilhoso” e “peixe-anjo”.
#84665
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(1,0) 8 - 

Ao longo dos anos 1980, um canal esportivo de televisão fracassou em implantar o basquete como esporte mundial, e uma empresa de materiais esportivos teve de lidar, fora do seu programa, com um esporte que lhe era estranho. Correndo atrás do prejuízo, ambas corrigiram a rota e vieram a fazer da incorporação do futebol a seu programa um objetivo estratégico alcançado com sucesso. O ajuste do interesse econômico à realidade cultural, no entanto, não deixa de dizer algo sobre ela: é significativo que o mais mundial dos esportes não faça sentido para os Estados Unidos, e que os esportes que fazem mais sentido para os Estados Unidos estejam longe de fazer sentido para o mundo. O futebol ofereceu uma curiosa e nada desprezível contraparte simbólica à hegemonia do imaginário norte-americano.

WISNIK, J. M. Veneno remédio: o futebol e o Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 2008 (adaptado).

 

De acordo com o texto, em décadas passadas, a dificuldade das empresas norte-americanas indica a influência de um viés cultural e econômico na

  • a) popularização do futebol no país frente à concorrência com o basquete.
  • b) conquista da alta lucratividade por meio do futebol no cenário norte-americano.
  • c) implantação do basquete como esporte mundial frente à força cultural do futebol.
  • d) importância dada por empresas esportivas ao futebol, similar àquela dada ao basquete.
  • e) tentativa de fazer com que o futebol transmitido pela TV seja consumido por sua população.
#84666
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(1,0) 9 - 

Simulado ENEM 6174  PORTUGUêS  QUESTAO 09

Importantes recursos de reflexão e crítica próprios do gênero textual, esses quadrinhos possibilitam pensar sobre o papel da tecnologia nas sociedades contemporâneas, pois

  • a) indicam a solidão existencial dos usuários das redes sociais virtuais.
  • b) criticam a superficialidade das relações humanas mantidas pela internet.
  • c) retratam a dificuldade de adaptação de pessoas mais velhas às relações virtuais.
  • d) ironizam o crescimento da conexão virtual oposto à falta de vínculos reais entre as pessoas.
  • e) denunciam o enfraquecimento das relações humanas nos mundos virtual e real contemporâneos.
#84667
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(1,0) 10 - 

O tapete vermelho na porta é para você se sentir

nas nuvens antes mesmo de tirar os pés do chão.

(Campanha publicitária de empresa aérea.)

Disponível em: http://quasepublicitarios.wordpress.com. Acesso em: 3 dez. 2012.

 

Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de linguagem, assumindo configurações de especificidade, de forma e de conteúdo. Para atingir seu objetivo, esse texto publicitário vale-se do procedimento argumentativo de

  • a) valorizar o cliente, oferecendo-lhe, além dos serviços de voo, um atendimento que o faça se sentir especial.
  • b) persuadir o consumidor a escolher companhias aéreas que ofereçam regalias inclusas em seus serviços.
  • c) destacar que a companhia aérea oferece luxo aos consumidores que utilizam seus serviços.
  • d) enfatizar a importância de oferecer o melhor ao cliente ao ingressar em suas aeronaves.
  • e) definir parâmetros para um bom atendimento do cliente durante a prestação de serviços.
#84668
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(1,0) 11 - 

Inspiração no lixo

 

O paulistano Jaime Prades, um dos precursores do grafite e da arte urbana, chegou ao lixo por sua intensa relação com as ruas de São Paulo. “A partir da década de 1980, passei a perceber o desastre que é a ecologia urbana. Quando a gente fala em questão ambiental, sempre se refere à natureza, mas a crise ambiental urbana é forte”, diz Prades. Inspirado pela obra de Frans Krajcberg, há quatro anos Jaime Prades decidiu construir uma árvore gigante no Parque do Ibirapuera ou em outro local público, feita com sobras de madeira garimpadas em caçambas. “Elas são como os intestinos da cidade, são vísceras expostas”, conta Prades. “Percebi que cada pedaço de madeira carregava a memória da árvore de onde ela veio. Percebi que não estava só reciclando, e sim resgatando”. Sua árvore gigante ainda não vingou, mas a ideia evoluiu. Agora, ele pretende criar uma plataforma na internet para estimular outros artistas a fazer o mesmo. “Teríamos uma floresta virtual planetária, na qual se colocariam essas questões de forma poética, criando uma discussão enriquecedora.”

VIEIRA, A. National Geographic Brasil, n. 65-A, 2015.

 

O texto tematiza algumas transformações das funções da arte na atualidade. No trabalho citado, do artista Jaime Prades, considera-se a

  • a) reflexão sobre a responsabilidade ambiental do homem.
  • b) valorização da poética em detrimento do conteúdo.
  • c) preocupação com o belo encontrado na natureza.
  • d) percepção da obra como suporte da memória.
  • e) reutilização do lixo como forma de consumo.
#84669
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(1,0) 12 - 

Simulado ENEM 6174  PORTUGUêS  QUESTAO 12

Campanhas de conscientização para o diagnóstico precoce do câncer de mama estão presentes no cotidiano das brasileiras, possibilitando maiores chances de cura para a paciente, em especial se a doença for detectada precocemente. Pela análise dos recursos verbais e não verbais dessa peça publicitária, constata-se que o cartaz

  • a) promove o convencimento do público feminino, porque associa as palavras “prevenção” e “conscientização”.
  • b) busca persuadir as mulheres brasileiras, valendo-se do duplo sentido da palavra “tocar”,
  • c) objetiva chamar a atenção para um assunto evitado por mulheres mais velhas.
  • d) convence a mulher a se engajar na campanha e a usar o laço rosa.
  • e) mostra a seriedade do assunto, evitado por muitas mulheres.
#84670
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(1,0) 13 - 

A inteligência está na rede

 

Pergunta: Há tecnologias que melhoram a vida humana, como a invenção do calendário, e outras que revolucionam a história humana, como a invenção da roda. A internet, o iPad, o Facebook, o Google são tecnologias que pertencem a que categoria?

Resposta: À das que revolucionam a história. O que está acontecendo no mundo de hoje é semelhante ao que se passou com a sociedade agrária depois da prensa móvel de Gutenberg. Antes, o conhecimento estava concentrado em oligopólios. A invenção de Gutenberg começou a democratizar o conhecimento, e as instituições do feudalismo entraram num processo de atrofia. A novidade afetou a Igreja Católica, as monarquias, os poderes coloniais e, com o passar do tempo, resultou nas revoluções na América Latina, nos Estados Unidos, na França. Resultou na democracia parlamentar, na reforma protestante, na criação das universidades, do próprio capitalismo. Martinho Lutero chamou a prensa móvel de “a mais alta graça de Deus”. Agora, mais uma vez, o gênio da tecnologia saiu da garrafa. Com a prensa móvel, ganhamos acesso à palavra escrita. Com a internet, cada um de nós pode ser seu próprio editor. A imprensa nos deu acesso ao conhecimento que já havia sido produzido e estava registrado. A internet nos dá acesso ao conhecimento contido no cérebro de outras pessoas em qualquer parte do mundo. Isso é uma revolução. E, tal como aconteceu no passado, está fazendo com que nossas instituições se tornem obsoletas.

TAPSCOTT, D. Entrevista concedida a Augusto Nunes. Veja, 21 abr. 2011 (adaptado).

 

Segundo o pesquisador entrevistado, a internet revolucionou a história da mesma forma que a prensa móvel de Gutenberg revolucionou o mundo no século XV. De acordo com o texto, as duas invenções, de maneira similar, provocaram o(a)

  • a) ocorrência de revoluções em busca por governos mais democráticos.
  • b) divulgação do conhecimento produzido em papel nas diversas instituições.
  • c) organização das sociedades a favor do acesso livre à educação e às universidades.
  • d) comércio do conhecimento produzido e registrado em qualquer parte do mundo.
  • e) democratização do conhecimento pela divulgação de ideias por meio de publicações.
#84671
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(1,0) 14 - 

Fazer 70 anos

 

Fazer 70 anos não é simples.

A vida exige, para o conseguirmos,

perdas e perdas no íntimo do ser,

como, em volta do ser, mil outras perdas.

[...]

Ó José Carlos, irmão-em-Escorpião!

Nós o conseguimos...

E sorrimos

de uma vitória comprada por que preço?

Quem jamais o saberá?

ANDRADE, C. D. Amar se aprende amando. São Paulo: Círculo do Livro, 1992 (fragmento).

 

O pronome oblíquo "o", nos versos "A vida exige, para o conseguirmos” e “Nós o conseguimos”, garante a progressão temática e o encadeamento textual, recuperando o segmento

  • a) “Ó José Carlos”.
  • b) “perdas e perdas”.
  • c) “A vida exige”.
  • d) “Fazer 70 anos”.
  • e) “irmão-em-Escorpião”.
#84672
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(1,0) 15 - 

Pela primeira vez na vida teve pena de haver tantos assuntos no mundo que não compreendia e esmoreceu. Mas uma mosca fez um ângulo reto no ar, depois outro, além disso, os seis anos são uma idade de muitas coisas pela primeira vez, mais do que uma por dia e, por isso, logo depois, arribou. Os assuntos que não compreendia eram uma espécie de tontura, mas o Ilídio era forte.

Se calhar estava a falar de tratar da cabra: nunca esqueças de tratar da cabra. O Ilídio não gostava que a mãe o mandasse tratar da cabra. Se estava ocupado a contar uma história a um guarda-chuva, não queria ser interrompido. Às vezes, a mãe escolhia os piores momentos para chamá-lo, ele podia estar a contemplar um segredo, por isso, assustava-se e, depois, irritava-se. Às vezes, fazia birras no meio da rua. A mãe envergonhava-se e, mais tarde, em casa, dizia que as pessoas da vila nunca tinham visto um menino tão velhaco. O Ilídio ficava enxofrado, mas lembrava-se dos homens que lhe chamavam reguila, diziam ah, reguila de má raça. Com essa memória, recuperava o orgulho. Era reguila, não era velhaco. Essa certeza dava-lhe forças para protestar mais, para gritar até, se lhe apetecesse.

PEIXOTO, J. L. Livro. São Paulo: Cia. das Letras, 2012.

 

No texto, observa-se o uso característico do português de Portugal, marcadamente diferente do uso do português do Brasil. O trecho que confirma essa afirmação é:

  • a) “Pela primeira vez na vida teve pena de haver tantos assuntos no mundo que não compreendia e esmoreceu.”
  • b) “Os assuntos que não compreendia eram uma espécie de tontura, mas o Ilídio era forte.”
  • c) “Essa certeza dava-lhe forças para protestar mais, para gritar até, se lhe apetecesse.”
  • d) “Se calhar estava a falar de tratar da cabra: nunca esqueças de tratar da cabra.”
  • e) “O Ilídio não gostava que a mãe o mandasse tratar da cabra.”