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Simulado ENEM | PORTUGUÊS | ENEM

Simulado ENEM | PORTUGUÊS

SIMULADO ENEM | PORTUGUÊS

INSTRUÇÕES DESTE SIMULADO

OBJETIVOS DO SIMULADO
Aprimorar os conhecimentos adquiridos durante os seus estudos, de forma a avaliar a sua aprendizagem, utilizando para isso as metodologias e critérios idênticos aos maiores e melhores concursos públicos do País, através de simulado para ENEM, prova do ENEM e/ou questões do ENEM.

PÚBLICO ALVO DO SIMULADO
Alunos que almejam sua aprovação no ENEM. Que desejam tirar excelentes notas na prova do ENEM deste ano.

SOBRE AS QUESTÕES DO SIMULADO
Este simulado contém questões do ENEM e da banca INEP. Estas questões são especificamente para o Aluno ENEM , contendo PORTUGUÊS que foram extraídas de provas anteriores, portanto este simulado contém os gabaritos oficiais destas provas do ENEM.

ESTATÍSTICA DO SIMULADO
O simulado ENEM | PORTUGUÊS contém um total de 20 questões com um tempo estimado de 60 minutos para sua realização. O assunto abordado é diversificado para que você possa realmente simular como esta seus conhecimentos.

RANKING DO SIMULADO
Realize este simulado até o seu final e ao conclui-lo você verá as questões que errou e acertou, seus possíveis comentários e ainda poderá ver seu DESEMPENHO perante ao dos seus CONCORRENTES. Venha participar deste Ranking do ENEM e saia na frente de todos. Veja sua nota e sua colocação e saiba se esta preparado para conseguir sua aprovação.

Bons Estudos! Simulado para o ENEM é aqui!


#83912
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(1,0) 1 - 

Além da Revolução da Informação

 

O impacto da Revolução da Informação está apenas começando. Mas a força motriz desse impacto não é a informática, a inteligência artificial, o efeito dos computadores sobre a tomada de decisões ou a elaboração de políticas ou de estratégias. É algo que praticamente ninguém previu, nem mesmo se falava há 10 ou 15 anos: o comércio eletrônico — o aparecimento explosivo da internet como um canal importante, talvez principal, de distribuição mundial de produtos, serviços e, surpreendentemente, de empregos de nível gerencial. Essa nova realidade está modificando profundamente economias, mercados e estruturas setoriais , os produtos e serviços e seu fluxo, a segmentação, os valores e o comportamento dos consumidores, o mercado de trabalho.

O impacto, porém, pode ser ainda maior nas sociedades e nas políticas empresariais e, acima de tudo, na maneira como encaramos o mundo e nós mesmos dentro dele. O impacto psicológico da Revolução da Informação, como o da Revolução Industrial, foi enorme. Talvez tenha sido mais forte na maneira como as crianças aprendem. Já aos 4 anos (e às vezes até antes), as crianças desenvolvem habilidades de computação, logo ultrapassando seus pais. Os computadores são seus brinquedos e suas ferramentas de aprendizado. Daqui a 50 anos, talvez concluamos que não houve nenhuma crise educacional no mundo — apenas ocorreu uma incongruência crescente entre a maneira como as escolas do século XX ensinavam e a maneira como as crianças do fim do século XX aprendiam.

DRUCKER, P. O melhor de Peter Drucker: obra completa. São Paulo: Nobel, 2002.

 

O artigo apresenta uma reflexão sobre a Revolução da Informação, que, assim como a Revolução Industrial, provocou impactos significativos nas sociedades contemporâneas. Ao tratar da Revolução da Informação, o autor enfatiza que

  • a) o comércio eletrônico é um dos canais mais importantes dessa revolução.
  • b) o computador desenvolve na criança uma inteligência maior que a dos pais.
  • c) o aumento no número de empregos via internet é uma realidade atualmente.
  • d) o colapso educacional é fruto de uma incongruência no ensino do século XX.
  • e) o advento da Revolução da Informação causará impactos nos próximos 50 anos.
#83913
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(1,0) 2 - 

Mudança linguística

 

Ataliba de Castilho, professor de língua portuguesa da USP, explica que o internetês é parte da metamorfose natural da língua.

— Com a internet, a linguagem segue o caminho dos fenômenos da mudança, como o que ocorreu com "você", que se tornou o pronome átono "cê". Agora, o interneteiro pode ajudar a reduzir os excessos da ortografia, e bem sabemos que são muitas. Por que o acento gráfico é tão importante assim para a escrita? Já tivemos no Brasil momentos até mais exacerbados por acentos e dispensamos muitos deles. Como toda palavra é contextualizada pelo falante, podemos dispensar ainda muitos outros. O interneteiro mostra um caminho, pois faz um casamento curioso entre oralidade e escrituralidade. O internetês pode, no futuro, até tornar a comunicação mais eficiente. Ou evoluir para um jargão complexo, que, em vez de aproximar as pessoas em menor tempo, estimule o isolamento dos iniciados e a exclusão dos leigos.

Para Castilho, no entanto, não será uma reforma ortográfica que fará a mudança de que precisamos na língua. Será a internet. O jeito eh tc e esperar pra ver?

Disponível em: http://revistalingua.com.br. Acesso em: 3 jun. 2015 (adaptado).

 

Na entrevista, o fragmento “O jeito eh tc e esperar pra ver?" tem por objetivo

  • a) ilustrar a linguagem de usuários da internet que poderá promover alterações de grafias.
  • b) mostrar os perigos da linguagem da internet como potencialização de dificuldades de escrita.
  • c) evidenciar uma forma de exclusão social para as pessoas com baixa proficiência escrita.
  • d) explicar que se trata de um erro linguístico por destoar do padrão formal apresentado ao longo do texto.
  • e) exemplificar dificuldades de escrita dos interneteiros que desconhecem as estruturas da norma padrão.
#83914
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(1,0) 3 - 

Simulado ENEM 6148  PORTUGUêS  QUESTAO 03

A palavra inglesa "involution" traduz-se como involução ou regressão. A construção da imagem com base na combinação do verbal com o não verbal revela a intenção de

  • a) denunciar o retrocesso da humanidade.
  • b) criticar o consumo de bebida alcoólica pelos humanos.
  • c) satirizar a caracterização dos humanos como primatas.
  • d) elogiar a teoria da evolução humana pela seleção natural.
  • e) fazer um trocadilho com as palavras inovação e involução.
#83915
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(1,0) 4 - 

TEXTO I

 

Voluntário

Rosa tecia redes, e os produtos de sua pequena indústria gozavam de boa fama nos arredores. A reputação da tapuia crescera com a feitura de uma maqueira de tucum ornamentada com a coroa brasileira, obra de ingênuo gosto, que lhe valera a admiração de toda a comarca e provocara a inveja da célebre Ana Raimunda, de Óbidos, a qual chegara a formar uma fortunazinha com aquela especialidade, quando a indústria norte-americana reduzira à inatividade os teares rotineiros do Amazonas.

SOUSA, I. Contos amazônicos. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

 

TEXTO II

 

Relato de um certo oriente

Emilie, ao contrário de meu pai, de Dorner e dos nossos vizinhos, não tinha vivido no interior do Amazonas. Ela, como eu, jamais atravessara o rio. Manaus era o seu mundo visível. O outro latejava na sua memória. Imantada por uma voz melodiosa, quase encantada, Emilie maravilha-se com a descrição da trepadeira que espanta a inveja, das folhas malhadas de um tajá que reproduz a fortuna de um homem, das receitas de curandeiros que veem em certas ervas da floresta o enigma das doenças mais temíveis, com as infusões de coloração sanguínea aconselhadas para aliviar trinta e seis dores do corpo humano. "E existem ervas que não curam nada ", revelava a lavadeira, “mas assanham a mente da gente. Basta tomar um gole do líquido fervendo para que o cristão sonhe uma única noite muitas vidas diferentes". Esse relato poderia ser de duvidosa veracidade para outras pessoas, mas não para Emilie.

HATOUM, M. São Paulo: Cia. das Letras, 2008.

 

As representações da Amazônia na literatura brasileira mantêm relação com o papel atribuído à região na construção do imaginário nacional. Pertencentes a contextos históricos distintos, os fragmentos diferenciam-se ao propor uma representação da realidade amazônica em que se evidenciam

  • a) aspectos da produção econômica e da cura na tradição popular.
  • b) manifestações culturais autênticas e da resignação familiar.
  • c) valores sociais autóctones e influência dos estrangeiros.
  • d) formas de resistência locais e do cultivo das superstições.
  • e) costumes domésticos e levantamento das tradições indígenas.
#83916
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(1,0) 5 - 

João Antônio de Barros (Jota Barros) nasceu aos 24 de junho de 1935, em Glória de Goitá (PE). Marceneiro, entalhador, xilógrafo, poeta repentista e escritor de literatura de cordel, já publicou 33 folhetos e ainda tem vários inéditos. Reside em São Paulo desde 1973, vivendo exclusivamente da venda de livretos de cordel e das cantigas de improviso, ao som da viola. Grande divulgador da poesia popular nordestina no Sul, tem dado frequentemente entrevistas à imprensa paulista sobre o assunto.

EVARISTO, M. C. O cordel em sala de aula. In: BRANDÃO, H. N. (Coord.). Gêneros do discurso na escola: mito, conto, cordel, discurso político, divulgação científica. São Paulo: Cortez, 2000.

A biografia é um gênero textual que descreve a trajetória de determinado indivíduo, evidenciando sua singularidade. No caso específico de uma biografia como a de João Antônio de Barros, um dos principais elementos que a constitui é

  • a) a estilização dos eventos reais de sua vida, para que o relato biográfico surta os efeitos desejados.
  • b) o relato de eventos de sua vida em perspectiva histórica, que valorize seu percurso artístico.
  • c) a narração de eventos de sua vida que demonstrem a qualidade de sua obra.
  • d) uma retórica que enfatize alguns eventos da vida exemplar da pessoa biografada.
  • e) uma exposição de eventos de sua vida que mescle objetividade e construção ficcional.
#83917
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(1,0) 6 - 

Um dia, meu pai tomou-me pela mão, minha mãe beijou-me a testa, molhando-me de lágrimas os cabelos e eu parti.

Duas vezes fora visitar o Ateneu antes da minha instalação.

Ateneu era o grande colégio da época. Afamado por um sistema de nutrido reclame, mantido por um diretor que de tempos a tempos reformava o estabelecimento, pintando-o jeitosamente de novidade, como os negociantes que liquidam para recomeçar com artigos de última remessa; o Ateneu desde muito tinha consolidado crédito na preferência dos pais, sem levar em conta a simpatia da meninada, a cercar de aclamações o bombo vistoso dos anúncios.

O Dr. Aristarco Argolo de Ramos, da conhecida família do Visconde de Ramos, do Norte, enchia o império com o seu renome de pedagogo. Eram boletins de propaganda pelas províncias, conferências em diversos pontos da cidade, a pedidos, à substância, atochando a imprensa dos lugarejos, caixões, sobretudo, de livros elementares, fabricados às pressas com o ofegante e esbaforido concurso de professores prudentemente anônimos, caixões e mais caixões de volumes cartonados em Leipzig, inundando as escolas públicas de toda a parte com a sua invasão de capas azuis, róseas, amarelas, em que o nome de Aristarco, inteiro e sonoro, oferecia-se ao pasmo venerador dos esfaimados de alfabeto dos confins da pátria. Os lugares que os não procuravam eram um belo dia surpreendidos pela enchente, gratuita, espontânea, irresistível! E não havia senão aceitar a farinha daquela marca para o pão do espírito.

POMPÉIA, R. O Ateneu. São Paulo: Scipione, 2005.

Ao descrever o Ateneu e as atitudes de seu diretor, o narrador revela um olhar sobre a inserção social do colégio demarcado pela

  • a) ideologia mercantil da educação, repercutida nas vaidades pessoais.
  • b) interferência afetiva das famílias, determinantes no processo educacional.
  • c) produção pioneira de material didático, responsável pela facilitação do ensino.
  • d) ampliação do acesso à educação, com a negociação dos custos escolares.
  • e) cumplicidade entre educadores e famílias, unidos pelo interesse comum do avanço social.
#83918
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(1,0) 7 - 

No ano de 1985 aconteceu um acidente muito grave em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, perto da aldeia guarani de Sapukai. Choveu muito e as águas pluviais provocaram deslizamentos de terras das encostas da Serra do Mar, destruindo o Laboratório de Radioecologia da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, construída em 1970 num lugar que os índios tupinambás, há mais de 500 anos, chamavam de Itaorna. O prejuízo foi calculado na época em 8 bilhões de cruzeiros. Os engenheiros responsáveis pela construção da usina nuclear não sabiam que o nome dado pelos índios continha informação sobre a estrutura do solo, minado pelas águas da chuva. Só descobriram que Itaorna, em língua tupinambá, quer dizer 'pedra podre', depois do acidente.

FREIRE, J. R. B. Disponível em: www.taquiprati.com.br. Acesso em: 1 ago. 2012 (adaptado)

Considerando-se a história da ocupação na região de Angra dos Reis mencionada no texto, os fenômenos naturais que a atingiram poderiam ter sido previstos e suas consequências minimizadas se

  • a) o acervo linguístico indígena fosse conhecido e valorizado.
  • b) as línguas indígenas brasileiras tivessem sido substituídas pela língua geral.
  • c) o conhecimento acadêmico tivesse sido priorizado pelos engenheiros.
  • d) a língua tupinambá tivesse palavras adequadas para descrever o solo.
  • e) o laboratório tivesse sido construído de acordo com as leis ambientais vigentes na época.
#83919
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(1,0) 8 - 

Exm° Sr. Governador: Trago a V. Exa. um resumo dos trabalhos realizados pela Prefeitura de Palmeira dos Índios em 1928. [...] ADMINISTRAÇÃO 
Relativamente à quantia orçada, os telegramas custaram pouco. De ordinário vai para eles dinheiro considerável. Não há vereda aberta pelos matutos que prefeitura do interior não ponha no arame, proclamando que a coisa foi feita por ela; comunicam-se as datas históricas ao Governo do Estado, que não precisa disso; todos os acontecimentos políticos são badalados. Porque se derrubou a Bastilha - um telegrama; porque se deitou pedra na rua - um telegrama; porque o deputado F. esticou a canela - um telegrama. Palmeira dos Índios, 10 de janeiro de 1929. GRACILIANO RAMOS 
RAMOS, G. Viventes das Alagoas. São Paulo: Martins Fontes, 1962. O relatório traz a assinatura de Graciliano Ramos, na época, prefeito de Palmeira dos Índios, e é destinado ao governo do estado de Alagoas. De natureza oficial, o texto chama a atenção por contrariar a norma prevista para esse gênero, pois o autor

  • a) emprega sinais de pontuação em excesso.
  • b) recorre a termos e expressões em desuso no português.
  • c) apresenta-se na primeira pessoa do singular, para conotar intimidade com o destinatário.
  • d) privilegia o uso de termos técnicos, para demonstrar conhecimento especializado.
  • e) expressa-se em linguagem mais subjetiva, com forte carga emocional.
#83920
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(1,0) 9 - 

Assum preto 
Tudo em vorta é só beleza Sol de abril e a mata em frô Mas assum preto, cego dos óio Num vendo a luz, ai, canta de dor 
Tarvez por ignorança Ou mardade das pió Furaro os óio do assum preto Pra ele assim, ai, cantá mió 
Assum preto veve sorto Mas num pode avuá Mil veiz a sina de uma gaiola Desde que o céu, ai, pudesse oiá 
GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Disponível em: www.luizgonzaga.mus.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (fragmento) 
As marcas da variedade regional registradas pelos compositores de Assum preto resultam da aplicação de um conjunto de princípios ou regras gerais que alteram a pronúncia, a morfologia, a sintaxe ou o léxico. No texto, é resultado de uma mesma regra a

  • a) pronúncia das palavras “vorta" e “veve".
  • b) pronúncia das palavras “tarvez" e “sorto".
  • c) flexão verbal encontrada em “furaro" e “cantá".
  • d) redundância nas expressões “cego dos óio" e “mata em frô".
  • e) pronúncia das palavras “ignorança" e “avuá".
#83921
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(1,0) 10 - 

Simulado ENEM 6148  PORTUGUêS  QUESTAO 10

O Surrealismo configurou-se como uma das vanguardas artísticas europeias do início do século XX. René Magritte, pintor belga, apresenta elementos dessa vanguarda em suas produções. Um traço do Surrealismo presente nessa pintura é o(a)

  • a) justaposição de elementos díspares, observada na imagem do homem no espelho.
  • b) crítica ao passadismo, exposta na dupla imagem do homem olhando sempre para frente.
  • c) construção de perspectiva, apresentada na sobreposição de planos visuais.
  • d) processo de automatismo, indicado na repetição da imagem do homem.
  • e) procedimento de colagem, identificado no reflexo do livro no espelho.
#83922
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(1,0) 11 - 

Embora particularidades na produção mediada pela tecnologia aproximem a escrita da oralidade, isso não significa que as pessoas estejam escrevendo errado. Muitos buscam, tão somente, adaptar o uso da linguagem ao suporte utilizado: “O contexto é que define o registro de língua. Se existe um limite de espaço, naturalmente, o sujeito irá usar mais abreviaturas, como faria no papel", afirma um professor do Departamento de Linguagem e Tecnologia do Cefet-MG. Da mesma forma, é preciso considerar a capacidade do destinatário de interpretar corretamente a mensagem emitida. No entendimento do pesquisador, a escola, às vezes, insiste em ensinar um registro utilizado apenas em contextos específicos, o que acaba por desestimular o aluno, que não vê sentido em empregar tal modelo em outras situações. Independentemente dos aparatos tecnológicos da atualidade, o emprego social da língua revela-se muito mais significativo do que seu uso escolar, conforme ressalta a diretora de Divulgação Científica da UFMG: “A dinâmica da língua oral é sempre presente. Não falamos ou escrevemos da mesma forma que nossos avós". Some-se a isso o fato de os jovens se revelarem os principais usuários das novas tecnologias, por meio das quais conseguem se comunicar com facilidade. A professora ressalta, porém, que as pessoas precisam ter discernimento quanto às distintas situações, a fim de dominar outros códigos. 
SILVA JR., M. G.; FONSECA, V. Revista Minas Faz Ciência, n. 51, set.-nov. 2012 (adaptado).

Na esteira do desenvolvimento das tecnologias de informação e de comunicação, usos particulares da escrita foram surgindo. Diante dessa nova realidade, segundo o texto, cabe à escola levar o aluno a

  • a) interagir por meio da linguagem formal no contexto digital.
  • b) buscar alternativas para estabelecer melhores contatos on-line.
  • c) adotar o uso de uma mesma norma nos diferentes suportes tecnológicos.
  • d) desenvolver habilidades para compreender os textos postados na web.
  • e) perceber as especificidades das linguagens em diferentes ambientes digitais.
#83923
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(1,0) 12 - 

Carta ao Tom 74

Rua Nascimento Silva, cento e sete

Você ensinando pra Elizete

As canções de canção do amor demais

Lembra que tempo feliz

Ah, que saudade,

Ipanema era só felicidade

Era como se o amor doesse em paz

Nossa famosa garota nem sabia

A que ponto a cidade turvaria

Esse Rio de amor que se perdeu

Mesmo a tristeza da gente era mais bela

E além disso se via da janela

Um cantinho de céu e o Redentor

É, meu amigo, só resta uma certeza,

É preciso acabar com essa tristeza

É preciso inventar de novo o amor


MORAES, V.; TOQUINHO. Bossa Nova, sua história, sua gente. São Paulo: Universal; Philips,1975 (fragmento).

O trecho da canção de Toquinho e Vinícius de Moraes apresenta marcas do gênero textual carta, possibilitando que o eu poético e o interlocutor

  • a) compartilhem uma visão realista sobre o amor em sintonia com o meio urbano.
  • b) troquem notícias em tom nostálgico sobre as mudanças ocorridas na cidade.
  • c) troquem notícias em tom nostálgico sobre as mudanças ocorridas na cidade.
  • d) tratem pragmaticamente sobre os destinos do amor e da vida citadina.
  • e) aceitem as transformações ocorridas em pontos turísticos específicos.
#83924
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(1,0) 13 - 

rap, palavra formada pelas iniciais de rhythm and poetry (ritmo e poesia), junto com as linguagens da dança (o break dancing) e das artes plásticas (o grafite), seria difundido, para além dos guetos, com o nome de cultura hip hop. O break dancing surge como uma dança de rua. O grafite nasce de assinaturas inscritas pelos jovens com sprays nos muros, trens e estações de metrô de Nova York. As linguagens do rap, do break dancing e do grafite se tornaram os pilares da cultura hip hop. DAYRELL, J. A música entra em cenao rap e o funk na socialização da juventude. Belo Horizonte: UFMG, 2005 (adaptado). Entre as manifestações da cultura hip hop apontadas no texto, o break se caracteriza como um tipo de dança que representa aspectos contemporâneos por meio de movimentos

  • a) retilíneos, como crítica aos indivíduos alienados.
  • b) improvisados, como expressão da dinâmica da vida urbana.
  • c) suaves, como sinônimo da rotina dos espaços públicos.
  • d) ritmados pela sola dos sapatos, como símbolo de protesto.
  • e) cadenciados, como contestação às rápidas mudanças culturais.
#83925
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(1,0) 14 - 

Reciclar é só parte da solução 
O lixo é um grande problema da sustentabilidade. Literalmente: todos os anos, cada brasileiro produz 385 kg de resíduos — dá 61 milhões de toneladas no total. O certo seria tentar diminuir ao máximo essa quantidade de lixo. Ou seja, em vez de ter objetos recicláveis, o ideal seria produzir sempre objetos reutilizáveis, o que diminui os resíduos. Mas, enquanto isso não acontece, temos que nos contentar com a reciclagem. E é aí que vem um detalhe perigoso: reciclar o lixo também polui o ambiente e gasta energia. Reciclar vidro, por exemplo, é 15% mais caro do que produzi-lo a partir de matérias-primas virgens. Afinal, é feito basicamente de areia, soda e calcário, que são abundantes na natureza. Então, nenhuma empresa tem interesse em reciclá-lo. Já o alumínio é um supernegócio, porque economiza muita energia. 
HORTA, M. Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 25 maio 2012. 
O emprego adequado dos elementos de coesão contribui para a construção de um texto argumentativo e para que os objetivos pretendidos pelo autor possam ser alcançados. A análise desses elementos no texto mostra que o conectivo

  • a) “ou seja” introduz um esclarecimento sobre a diminuição da quantidade de lixo.
  • b) “mas” instaura justificativas para a criação de novos tipos de reciclagem.
  • c) “também” antecede um argumento a favor da reciclagem.
  • d) “afinal” retoma uma finalidade para o uso de matérias-primas.
  • e) “então” reforça a ideia de escassez de matérias-primas na natureza.
#83926
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(1,0) 15 - 

Eu vô transmiti po sinhô logo uma passage muito importante, qu' eu iscutei um velho de nome Ricardo Caetano Alves, que era neto do propietário da Fazenda do Buraca. O pai dele, ele contava que o pai dele assistiu uma cena muito importante aonde ele tava, do Jacarandá, o chefe dos iscravo do Joaquim de Paula, com o chefe dos iscravo do Vidigal, que chamava, era tratado Pai Urubu. O Jacarandá era tratado Jacarandá purque ele era um negro mais vermelho, tá intendeno com' é que é, né? Intão é uma imitância de cerno de Jacarandá, intão eles apilidaro ele de Pai Jacarandá. Agora, o Pai Urubu, diz que era o mais preto de todos os iscravo que era cunhicido nessa época. Intão ele ficô com o nome Pai Urubu. É quem dirigia, de toda confiança dos sinhores. Intão os sinhores cunhiciam eles como “pai”: Pai Urubu, Pai Jacarandá, Pai Francisco, que é o chefe da Fazenda das Abóbra, Pai Dumingo, que era da Fazenda do Buraca. 
SOUZA, J. Negros pelo vale. Belo Horizonte: Fale-UFMG, 2009. 
O texto é uma transcrição da narrativa oral contada por Pedro Braga, antigo morador do povoado Vau, de Diamantina (MG). Com base no registro da fala do narrador, entende-se que seu relato

  • a) perpetua a memória e os saberes dos antepassados.
  • b) constrói uma voz dissonante da identidade nacional.
  • c) demonstra uma visão distanciada da cultura negra.
  • d) revela uma visão unilateral dos fazendeiros.
  • e) transmite pouca experiência e sabedoria.