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Simulado ENEM | PORTUGUÊS | ENEM

Simulado ENEM | PORTUGUÊS

SIMULADO ENEM | PORTUGUÊS

INSTRUÇÕES DESTE SIMULADO

OBJETIVOS DO SIMULADO
Aprimorar os conhecimentos adquiridos durante os seus estudos, de forma a avaliar a sua aprendizagem, utilizando para isso as metodologias e critérios idênticos aos maiores e melhores concursos públicos do País, através de simulado para ENEM, prova do ENEM e/ou questões do ENEM.

PÚBLICO ALVO DO SIMULADO
Alunos que almejam sua aprovação no ENEM. Que desejam tirar excelentes notas na prova do ENEM deste ano.

SOBRE AS QUESTÕES DO SIMULADO
Este simulado contém questões do ENEM e da banca INEP. Estas questões são especificamente para o Aluno ENEM , contendo PORTUGUÊS que foram extraídas de provas anteriores, portanto este simulado contém os gabaritos oficiais destas provas do ENEM.

ESTATÍSTICA DO SIMULADO
O simulado ENEM | PORTUGUÊS contém um total de 20 questões com um tempo estimado de 60 minutos para sua realização. O assunto abordado é diversificado para que você possa realmente simular como esta seus conhecimentos.

RANKING DO SIMULADO
Realize este simulado até o seu final e ao conclui-lo você verá as questões que errou e acertou, seus possíveis comentários e ainda poderá ver seu DESEMPENHO perante ao dos seus CONCORRENTES. Venha participar deste Ranking do ENEM e saia na frente de todos. Veja sua nota e sua colocação e saiba se esta preparado para conseguir sua aprovação.

Bons Estudos! Simulado para o ENEM é aqui!


#83852
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(1,0) 1 - 

O lazer é um fenômeno mundial, fruto da modernidade e das relações que se estabelecem entre o tempo de trabalho e o tempo do não trabalho. Os efeitos da industrialização e da globalização foram percebidos pela velocidade das mensagens veiculadas pela mídia, pela explosão das novas tecnologias da informação e comunicação, pela exacerbação do individualismo e competitividade, pelas mudanças no contexto social e também por uma crise nas relações de trabalho. Em meio a todas essas mudanças, o lazer apresenta-se como um conjunto de elementos culturais que podem ser vivenciados no tempo disponível, seja como atividade prática ou contemplativa.

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Proposta curricular do estado de Minas Gerais, 6º ao 9º ano. Disponível em: http://crv.educacao.mg.gov.br. Acesso em: 31 jul. 2012.

 

Na perspectiva conceitual assumida pelo texto, o lazer constitui-se por atividades que

  • a) auxiliam na conquista de maior produtividade no âmbito do trabalho.
  • b) buscam a melhoria da condição atlética e da alta performance dos praticantes.
  • c) resultam da tensão entre os interesses da mídia e as necessidades dos empregadores.
  • d) favorecem as relações de individualidade e competitividade entre os praticantes.
  • e) são de natureza esportiva, artística ou cultural, escolhidas pelos indivíduos.
#83853
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Português
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(1,0) 2 - 

Gaetaninho

 

Ali na Rua do Oriente a ralé quando muito andava de bonde. De automóvel ou de carro só mesmo em dia de enterro. De enterro ou de casamento. Por isso mesmo o sonho de Gaetaninho era de realização muito difícil. Um sonho. [...]

— Traga a bola! Gaetaninho saiu correndo.

Antes de alcançar a bola um bonde o pegou. Pegou e matou.

No bonde vinha o pai do Gaetaninho.

A gurizada assustada espalhou a notícia na noite.

— Sabe o Gaetaninho?

— Que é que tem?

— Amassou o bonde!

A vizinhança limpou com benzina suas roupas domingueiras.

Às dezesseis horas do dia seguinte saiu um enterro da Rua do Oriente e Gaetaninho não ia na boleia de nenhum dos carros do acompanhamento. Ia no da frente dentro de um caixão fechado com flores pobres por cima. Vestia a roupa marinheira, tinha as ligas, mas não levava a palhetinha.

Quem na boleia de um dos carros do cortejo mirim exibia soberbo terno vermelho que feria a vista da gente era o Beppino.

MACHADO, A. A. Brás, Bexiga e Barra Funda: notícias de São Paulo. Belo Horizonte; Rio de Janeiro: Vila Rica, 1994.

 

Situada no contexto da modernização da cidade de São Paulo na década de 1920, a narrativa utiliza recursos expressivos inovadores, como

  • a) o registro informal da linguagem e o emprego de frases curtas.
  • b) o apelo ao modelo cinematográfico com base em imagens desconexas.
  • c) a representação de elementos urbanos e a prevalência do discurso direto.
  • d) a encenação crua da morte em contraponto ao tom respeitoso do discurso.
  • e) a percepção irônica da vida assinalada pelo uso reiterado de exclamações.
#83854
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(1,0) 3 - 

Simulado ENEM 6145  PORTUGUêS  QUESTAO 03

TEXTO II

 

Os artistas, liberados do peso da história, ficavam livres para fazer arte da maneira que desejassem ou mesmo sem nenhuma finalidade. Essa é a marca da arte contemporânea, e não é para menos que, em contraste com o Modernismo, não existe essa coisa de estilo contemporâneo.

DANTO, A. Após o fim da arte: a arte contemporânea e os limites da história. São Paulo: Odysseus, 2006.

 

A obra de Ernesto Neto revela a liberdade de criação abordada no texto ao

  • a) destacar o papel da arte na valorização da sustentabilidade.
  • b) romper com a estrutura dos referenciais estéticos contemporâneos.
  • c) envolver o espectador ao promover sua interação com a obra.
  • d) reproduzir no espaço da galeria um fragmento da realidade.
  • e) utilizar a linearidade de estilos artísticos anteriores.
#83855
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(1,0) 4 - 

Para os chineses da dinastia Ming, talvez as favelas cariocas fossem lugares nobres e seguros: acreditava-se por lá, assim como em boa parte do Oriente, que os espíritos malévolos só viajam em linha reta. Em vielas sinuosas, portanto, estaríamos livres de assombrações malditas. Qualidades sobrenaturais não são as únicas razões para considerarmos as favelas um modelo urbano viável, merecedor de investimentos infraestruturais em escala maciça. Lugares com conhecidos e sérios problemas, elas podem ser também solução para uma série de desafios das cidades hoje. Contanto que não sejam encaradas com olhar pitoresco ou preconceituoso. As favelas são, afinal, produto direto do urbanismo moderno e sua história se confunde com a formação do Brasil.

CARVALHO, B. A favela e sua hora. Piauí, n. 67, abr. 2012.

 

Os enunciados que compõem os textos encadeiam-se por meio de elementos linguísticos que contribuem para construir diferentes relações de sentido. No trecho “Em vielas sinuosas, portanto, estaríamos livres de assombrações malditas”, o conector “portanto” estabelece a mesma relação semântica que ocorre em

  • a) “[...] talvez as favelas cariocas fossem lugares nobres e seguros [...].”
  • b) “[...] acreditava-se por lá, assim como em boa parte do Oriente [...].”
  • c) “[...] elas podem ser também solução para uma série de desafios das cidades hoje.”
  • d) “Contanto que não sejam encaradas com olhar pitoresco ou preconceituoso.”
  • e) “As favelas são, afinal, produto direto do urbanismo moderno [...].”
#83856
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(1,0) 5 - 

Filha do compositor Paulo Leminski lança disco

com suas canções

“Leminskanções” dá novos arranjos a 24 composições

do poeta

 

Frequentemente, a cantora e compositora Estrela Ruiz é questionada sobre a influência da poesia de seu pai, Paulo Leminski, na música que ela produz. “A minha infância foi música, música, música”, responde veementemente, lembrando que, antes de poeta, Leminski era compositor.

Estrela frisa a faceta musical do pai em Leminskanções. Duplo, o álbum soma Essa noite vai ter sol, com 13 composições assinadas apenas por Leminski, e Se nem for terra, se transformar, que tem 11 parcerias com nomes como sua mulher, Alice Ruiz, com quem compôs uma única faixa, Itamar Assumpção e Moraes Moreira.

BOMFIM, M. Disponível em: http://cultura.estadao.com.br. Acesso em: 22 ago. 2014 (adaptado).

 

Os gêneros textuais são caracterizados por meio de seus recursos expressivos e suas intenções comunicativas. Esse texto enquadra-se no gênero

  • a) biografia, por fazer referência à vida da artista
  • b) relato, por trazer o depoimento da filha do artista.
  • c) notícia, por informar ao leitor sobre o lançamento do disco.
  • d) resenha, por apresentar as características do disco.
  • e) reportagem, por abordar peculiaridades sobre a vida da artista.
#83857
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(1,0) 6 - 

A ascensão das novas tecnologias de comunicação causou alvoroço, quando não gerou discursos apocalípticos acerca da finitude dos objetos nos quais se ancorava a cultura letrada. As atenções voltaram-se, sobretudo, para o mais difundido de todos esses objetos: o livro impresso. A crer nesses diagnósticos sombrios, os livros e a noção romântica de autoria estavam fadados ao desaparecimento. O triunfo do hipertexto e a difusão dos e-books inscreveriam um marco na linha do tempo, semelhante aos daqueles suscitados pelo advento da escrita e da “revolução do impresso”. Decerto porque as mudanças no padrão tecnológico de comunicação alteram práticas e representações culturais. Contudo, os investigadores insistem que uma perspectiva evolutiva e progressiva acaba por obscurecer o fato de que as normas, as funções e os usos da cultura letrada não são compartilhados de maneira igual, como também não anulam as formas precedentes.

Apesar dos avanços, a história da leitura não pode restringir seu interesse ao livro, tendo de considerar outras formas de impresso de ampla circulação e suportes de textos não impressos. Isso é particularmente relevante no Brasil, onde a imprensa aportou tardiamente e o letramento custou a se espalhar pela sociedade.

SCHAPOCHNIK, N. Cultura letrada: objetos e práticas – uma introdução. In: ABREU, M.; SCHAPOCHNIK, N. (Org.). Cultura letrada no Brasil: objetos e práticas. Campinas: Mercado das Letras, 2005 (adaptado).

 

Nesse texto, ao abordar o desenvolvimento da cultura letrada no país, o autor defende a ideia de que

  • a) livros eletrônicos revolucionam ações de letramento.
  • b) veículos midiáticos interferem na formação de leitores.
  • c) tecnologias de leitura novas desconsideram as anteriores.
  • d) aparatos tecnológicos prejudicam hábitos culturais.
  • e) práticas distintas constroem a história da leitura.
#83858
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(1,0) 7 - 

Simulado ENEM 6145  PORTUGUêS  QUESTAO 07

Os azulejos das fachadas do centro histórico de São Luís (MA) integram o patrimônio cultural da humanidade reconhecido pela Unesco. A técnica artística utilizada para a produção desses revestimentos advém das

  • a) confluências de diferentes saberes do Oriente Médio e da Europa.
  • b) adequações para aproveitamento da mão de obra local.
  • c) inovações decorrentes da Revolução Industrial.
  • d) influências das culturas francesa e holandesa.
  • e) descobertas de recursos naturais na Colônia.
#83859
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(1,0) 8 - 

“Escrever não é uma questão apenas de satisfação pessoal”, disse o filósofo e educador pernambucano Paulo Freire, na abertura de suas Cartas a Cristina, revelando a importância do hábito ritualizado da escrita para o desenvolvimento de suas ideias, para a concretização de sua missão e disseminação de seus pontos de vista. Freire destaca especial importância à escrita pelo desejo de “convencer outras pessoas”, de transmitir seus pensamentos e de engajar aqueles que o leem na realização de seus sonhos.

KNAPP, L. Linha fina. Comunicação Empresarial, n. 88, out. 2013.

 

Segundo o fragmento, para Paulo Freire, os textos devem exercer, em alguma medida, a função conativa, porque a atividade de escrita, notadamente, possibilita

  • a) levar o leitor a realizar ações.
  • b) expressar sentimentos do autor.
  • c) despertar a atenção do leitor.
  • d) falar da própria linguagem.
  • e) repassar informações.
#83860
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(1,0) 9 - 

Não há dúvidas de que, nos últimos tempos, em função da velocidade, do volume e da variedade da geração de informações, questões referentes à disseminação, ao armazenamento e ao acesso de dados têm se tornado complexas, de modo a desafiar homens e máquinas. Por meio de sistemas financeiros, de transporte, de segurança e de comunicação interpessoal – representados pelos mais variados dispositivos, de cartões de crédito a trens, aviões, passaportes e telefones celulares –, circulam fluxos informacionais que carregam o DNA da vida cotidiana do indivíduo contemporâneo. Para além do referido cenário informacional contemporâneo, percebe-se, nos contextos governamentais, um esforço – gerado por leis e decretos, ou mesmo por pressões democráticas – em disseminar informações de interesse público. No Brasil, está em vigor, desde maio de 2012, a Lei de Acesso à Informação n. 12.527. Em linhas gerais, a legislação regulamenta o direito à informação, já garantido na Constituição Federal, obrigando órgãos públicos a divulgarem os seus dados.

SILVA JR., M. G. Vigiar, punir e viver. Minas faz Ciência, n. 58, 2014 (adaptado).

 

As Tecnologias de Informação e Comunicação propiciam à sociedade contemporânea o acesso à grande quantidade de dados públicos e privados. De acordo com o texto, essa nova realidade promove

  • a) questionamento sobre a privacidade.
  • b) mecanismos de vigilância de pessoas.
  • c) disseminação de informações individuais.
  • d) interferência da legislação no uso dos dados.
  • e) transparência na relação entre governo e cidadãos.
#83861
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(1,0) 10 - 

Glossário diferenciado

 

Outro dia vi um anúncio de alguma coisa que não lembro o que era (como vocês podem deduzir, o anúncio era péssimo). Lembro apenas que o produto era diferenciado, funcional e sustentável. Pensando nisso, fiz um glossário de termos diferenciados e suas respectivas funcionalidades.

Diferenciado: um adjetivo que define um substantivo mas também o sujeito que o está usando. Quem fala “diferenciado” poderia falar “diferente”. Mas escolheu uma palavra diferenciada. Porque ele quer mostrar que ele próprio é “diferenciado”. Essa é a função da palavra “diferenciado”: diferenciar-se. Por diferençado, entenda: “mais caro”. Estudos indicam que a palavra “diferenciado” representa um aumento de 50% no valor do produto. É uma palavra que faz a diferença.

DUVIVIER, G. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 17 nov. 2014 (adaptado).

 

Os gêneros são definidos, entre outros fatores, por sua função social. Nesse texto, um verbete foi criado pelo autor para

  • a) atribuir novo sentido a uma palavra.
  • b) apresentar as características de um produto.
  • c) mostrar um posicionamento crítico.
  • d) registrar o surgimento de um novo termo.
  • e) contar um fato do cotidiano.
#83862
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(1,0) 11 - 

Quantos há que os telhados têm vidrosos

E deixam de atirar sua pedrada,

De sua mesma telha receiosos.

 

Adeus, praia, adeus, ribeira,

De regatões tabaquista,

Que vende gato por lebre

Querendo enganar a vista.

 

Nenhum modo de desculpa

Tendes, que valer-vos possa:

Que se o cão entra na igreja,

É porque acha aberta a porta.

GUERRA, G. M. In: LIMA, R. T. Abecê de folclore. São Paulo: Martins Fontes, 2003 (fragmento).

 

Ao organizar as informações, no processo de construção do texto, o autor estabelece sua intenção comunicativa. Nesse poema, Gregório de Matos explora os ditados populares com o objetivo de

  • a) enumerar atitudes.
  • b) descrever costumes.
  • c) demonstrar sabedoria.
  • d) recomendar precaução.
  • e) criticar comportamentos.
#83863
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(1,0) 12 - 

Farejador de Plágio: uma ferramenta contra a cópia ilegal

 

No mundo acadêmico ou nos veículos de comunicação, as cópias ilegais podem surgir de diversas maneiras, sendo integrais, parciais ou paráfrases. Para ajudar a combater esse crime, o professor Maximiliano Zambonatto Pezzin, engenheiro de computação, desenvolveu junto com os seus alunos o programa Farejador de Plágio.

O programa é capaz de detectar: trechos contínuos e fragmentados, frases soltas, partes de textos reorganizadas, frases reescritas, mudanças na ordem dos períodos e erros fonéticos e sintáticos.

Mas como o programa realmente funciona? Considerando o texto como uma sequência de palavras, a ferramenta analisa e busca trecho por trecho nos sites de busca, assim como um professor desconfiado de um aluno faria. A diferença é que o programa permite que se pesquise em vários buscadores, gerando assim muito mais resultados.

Disponível em: http://reporterunesp.jor.br. Acesso em: 19 mar. 2018

 

Segundo o texto, a ferramenta Farejador de Plágio alcança seu objetivo por meio da

  • a) seleção de cópias integrais.
  • b) busca em sites especializados.
  • c) simulação da atividade docente.
  • d) comparação de padrões estruturais.
  • e) identificação de sequência de fonemas.
#83864
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(1,0) 13 - 

Encontrando base em argumentos supostamente científicos, o mito do sexo frágil contribuiu historicamente para controlar as práticas corporais desempenhadas pelas mulheres. Na história do Brasil, exatamente na transição entre os séculos XIX e XX, destacam-se os esforços para impedir a participação da mulher no campo das práticas esportivas. As desconfianças em relação à presença da mulher no esporte estiveram culturalmente associadas ao medo de masculinizar o corpo feminino pelo esforço físico intenso. Em relação ao futebol feminino, o mito do sexo frágil atuou como obstáculo ao consolidar a crença de que o esforço físico seria inapropriado para proteger a feminilidade da mulher “normal”. Tal mito sustentou um forte movimento contrário à aceitação do futebol como prática esportiva feminina. Leis e propagandas buscaram desacreditar o futebol, considerando-o inadequado à delicadeza. Na verdade, as mulheres eram consideradas incapazes de se adequar às múltiplas dificuldades do “esporte-rei”.

TEIXEIRA, F L. S.; CAMINHA, I. O. Preconceito no futebol feminino: uma revisão sistemática. Movimento, Porto Alegre, n. 1,2013 (adaptado).

 

No contexto apresentado, a relação entre a prática do futebol e as mulheres é caracterizada por um

  • a) argumento biológico para justificar desigualdades históricas e sociais.
  • b) discurso midiático que atua historicamente na desconstrução do mito do sexo frágil.
  • c) apelo para a preservação do futebol como uma modalidade praticada apenas pelos homens.
  • d) olhar feminista que qualifica o futebol como uma atividade masculinizante para as mulheres.
  • e) receio de que sua inserção subverta o “esporte-rei” ao demonstrarem suas capacidades de jogo.
#83865
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(1,0) 14 - 

“Acuenda o Pajubá”: conheça o “dialeto secreto”

utilizado por gays e travestis

 

Com origem no iorubá, linguagem foi adotada

por travestis e ganhou a comunidade

 

“Nhaí, amapô! Não faça a loka e pague meu acué, deixe de equê se não eu puxo teu picumã!” Entendeu as palavras dessa frase? Se sim, é porque você manja alguma coisa de pajubá, o “dialeto secreto” dos gays e travestis.

Adepto do uso das expressões, mesmo nos ambientes mais formais, um advogado afirma: “É claro que eu não vou falar durante uma audiência ou numa reunião, mas na firma, com meus colegas de trabalho, eu falo de 'acué’ o tempo inteiro”, brinca. “A gente tem que ter cuidado de falar outras palavras porque hoje o pessoal já entende, né? Tá na internet, tem até dicionário...”, comenta.

O dicionário a que ele se refere é o Aurélia, a dicionária da língua afiada, lançado no ano de 2006 e escrito pelo jornalista Angelo Vip e por Fred Libi. Na obra, há mais de 1 300 verbetes revelando o significado das palavras do pajubá.

Não se sabe ao certo quando essa linguagem surgiu, mas sabe-se que há claramente uma relação entre o pajubá e a cultura africana, numa costura iniciada ainda na época do Brasil colonial.

Disponível em: www.midiamax.com.br. Acesso em: 4 abr. 2017 (adaptado).

 

Da perspectiva do usuário, o pajubá ganha status de dialeto, caracterizando-se como elemento de patrimônio linguístico, especialmente por

  • a) ter mais de mil palavras conhecidas.
  • b) ter palavras diferentes de uma linguagem secreta.
  • c) ser consolidado por objetos formais de registro.
  • d) ser utilizado por advogados em situações formais.
  • e) ser comum em conversas no ambiente de trabalho.
#83866
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(1,0) 15 - 

O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa era a

imagem de um vidro mole que fazia uma volta atrás

de casa.

Passou um homem e disse: Essa volta que o

rio faz por trás de sua casa se chama enseada.

Não era mais a imagem de uma cobra de vidro que

fazia uma volta atrás de casa.

Era uma enseada.

Acho que o nome empobreceu a imagem.

BARROS, M. O livro das ignorãças. Rio de Janeiro: Best Seller, 2008.

 

O sujeito poético questiona o uso do vocábulo “enseada” porque a

  • a) terminologia mencionada é incorreta.
  • b) nomeação minimiza a percepção subjetiva.
  • c) palavra é aplicada a outro espaço geográfico.
  • d) designação atribuída ao termo é desconhecida.
  • e) definição modifica o significado do termo no dicionário.