(1,0)
Marque a alternativa que traz as afirmações corretas acerca das narrativas “O homem que espalhou o deserto”, de Ignácio de Loyola Brandão, e “Ele e suas ideias”, de Lima Barreto”, ambas contidas no livro Contos brasileiros I (Para gostar de ler – vol. 8).I) Nas duas narrativas, percebe-se que a função do narrador é meramente de contar a história, não interferindo e nem tampouco julgando os personagens.II) Ambos os personagens conseguem progredir na vida por causa das suas grandes ideias.III) Quanto ao personagem de “O homem que espalhou o deserto”, verifica-se que seu isolamento e o protecionismo da mãe são fatores que corroboram para suas ações.IV) Em relação ao personagem central do conto “Ele e suas ideias”, observa-se que, apesar de ele ter ideias altruístas, era desacreditado por muitas pessoas.Está(ão) correta(s):
Assinale o fragmento que evidencia a mudança de atividade da condição de hobby/lazer para a formalidade profissional do personagem retratado em “O homem que espalhou o deserto”, de Ignácio de Loyola Brandão.
Com base no fragmento em destaque, do conto “Ele e suas ideias”, de Lima Barreto, julgue como verdadeiras (V) ou falsas (F) as assertivas sobre a temática, a pontuação e o sentido das formas gramaticais.“Para levar os dias a destilar ideias, ele tinha que passar as noites a pensar. Creio que dormia pouco: todo ele se encontrava em função de ter ideias. E era pródigo, e era generoso, e era desperdiçado: pensava, tinha ideias e dava aos outros.” (p. 63)( ) A manifestação do eu-lírico objetiva explicar a origem das ideias do personagem.( ) As duas ocorrências do uso dos dois pontos demarcam funções semelhantes: ambas servem para explicar o termo que os antecede.( ) A ação rotineira da personagem é marcada por uma continuidade indefinida, justificada pela alternância do infinitivo e do pretérito imperfeito, presentes no texto.( ) Os termos “pouco” e “todo” funcionam como pronomes e sugerem oposição de ações entre narrador e personagem.
Julgue como corretas (C) ou erradas (E) as afirmações sobre a narrativa “Doutor por correspondência”, de Marcos Rey, presente na obra Contos brasileiros I (Para gostar de ler – vol. 8).( ) A narrativa apresenta um narrador-testemunha que, por não ser o protagonista, exime-se de emitir qualquer opinião ou de fazer algum julgamento de valor.( ) A ironia está presente tanto no discurso do narrador quanto no desfecho da história – Emílio adquire um diploma falso de curso superior.( ) O texto traz como temática principal a denúncia contra as instituições públicas de ensino.( ) Emílio, personagem principal, busca de todas as formas enganar as pessoas, inclusive da própria família, para enriquecer cada vez mais.Assinale a sequência correta:
As três estrofes, a seguir, constituem um excerto do poema Crianças Negras, de Cruz e Sousa:As pequeninas, tristes criaturas ei-las, caminham por desertos vagos, sob o aguilhão de todas as torturas, na sede atroz de todos os afagos.Vai, coração! Na imensa cordilheira da Dor, florindo como um loiro fruto, partindo toda a horrível gargalheira da chorosa falange cor do luto.As crianças negras, vermes da matéria, colhidas do suplício à estranha rede, arranca-as do presídio da miséria e com teu sangue mata-lhes a sede!Sobre o uso de pronomes e seu funcionamento sintático, nessas estrofes, é CORRETO afirmar:
I) A partir do título, já se percebe que a temática central do poema gira em torno da passagem do tempo, delimitada por horas e por dias.II) Através da função metalinguística, do uso do advérbio e das reticências, observa-se que o eu lírico reflete poeticamente sobre a efemeridade da vida.III) Há um desejo do eu lírico de poder voltar o tempo e de fazer tudo diferente.IV) Nos cinco versos finais, como em outros poemas de Esconderijos do tempo, há um desejo de viver o instante de modo mais livre e significativo.
Em relação à obra O judas em sábado de aleluia, de Martins Pena, é correto afirmar que
Saussure, considerado o pai da Linguística moderna, estabeleceu algumas dicotomias para nortear os estudos linguísticos, como a do signo linguístico, constituído por significante e significado (partes indissociáveis).
Desse modo, o significante /atrepe’katilu/ não constitui um signo porque não existe um significado com ele relacionado.
O estruturalismo americano, desenvolvido por Bloomfield, apresentava uma perspectiva diferente de análise linguística proposta pelo estruturalismo europeu, centrando-se mais na análise da palavra vinculada ao contexto e às relações de significado.
A Sociolinguística, uma área desenvolvida dentro da Linguística, propõe a análise dos fenômenos linguísticos, unindo a descrição linguística aos fatos sociais, de forma que toda e qualquer explicação de um fenômeno linguístico deve estar ligada a algum fato social, como faixa etária, escolaridade, localização geográfica, dentre outros.
Na Bahia, diz-se: Hoje vai ter farra. No Rio Grande do Sul, diz-se: Hoje vai ter fuzarca.Nos dois casos, há uma variação linguística, ou seja, o uso de formas diferentes para expressar o mesmo significado.
A Linguística, estabelecida no início do século XX, representa um grande avanço na modernidade em relação aos estudos da língua, visto que adota como princípio a investigação dos fenômenos linguísticos diacrônicos, contribuindo para o estabelecimento da história e a origem das línguas.
Uma variação linguística pode ser diacrônica, ou seja, relacionada com diferentes períodos de uma mesma língua.Esse tipo de variação está evidenciado no seguinte texto: Zé ganhou um smartphone. O amigo perguntou: – E aí, Zé, o que você vai fazer com esse smartphone? Zé respondeu: – O fone vou ficar, e o smart vou dá pra mirmã pintá azunhas... (ZÉ ganhou... 2013).
A variação linguística é típica das normas populares, não envolvendo nem a norma padrão nem a norma culta, o que significa afirmar que o texto a seguir, escrito em norma padrão, não apresenta variação linguística.Na formação da nossa sociedade, o mau regime alimentar decorrente da monocultura, por um lado, e por outro da inadaptação ao clima, agiu sobre o desenvolvimento físico e sobre a eficiência econômica do brasileiro no mesmo mau sentido do clima deprimente e do solo quimicamente pobre. A mesma economia latifundiária e escravocrata que tornou possível o desenvolvimento econômico do Brasil, sua relativa estabilidade em contraste com as turbulências nos países vizinhos, envenenou-o e perverteu-o nas suas fontes de nutrição e de vida. (FREYRE, 2003, p. 48).
O Brasil é considerado um país pluriétnico, o que se reflete nas construções linguísticas do seu processo histórico de constituição, visto que, aqui, o português entrou em contato com mais de 200 línguas africanas e mais de 1000 línguas indígenas.
Recuperar senha