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TEXTO 5
Centenário da Semana de Arte Moderna
Há cem anos, acontecia a Semana de Arte Moderna e o Brasil discute agora sua relevância, seus desdobramentos e seu legado. Nessa vertente, o MAM Rio anuncia a exposição “Nakoada” (com curadoria de Denilson Baniwa e Beatriz Lemos) que pretende apresentar pontos de partida alternativos para pensar o que poderia ser uma produção artística que se engaja com alguns dos ideais modernos, mas que escapa de suas armadilhas.
“A mostra pretende somar às atuais discussões que visam a leitura histórica dos discursos de legitimação e centralidade de um ideal modernista no país, cuja construção insiste na invisibilidade de pessoas, criações e narrativas localizadas fora dos grandes centros e originárias de outras visões de mundo”, afirma Beatriz Lemos, curadora adjunta do MAM Rio. “Buscamos, por um lado, evidenciar os mecanismos de estratificação cultural exercidos pelos eixos geográficos de poder, e, ao mesmo tempo, afirmar a existência de outras experimentações e criações ocorridas no mesmo período ou até mesmo muito antes do inventado marco moderno, em temporalidades que escapam à história linear das vanguardas.
Um dos principais nomes da arte indígena contemporânea e do campo de suas articulações por meio da arte e da comunicação, Denilson Baniwa, co-curador de “Nakoada”, procura em sua pesquisa evidenciar algumas das contradições que balizam o percurso das histórias da arte, especialmente o do modernismo brasileiro e de sua dívida às cosmologias indígenas
Nakoada é parte do conjunto de éticas de guerra Baniwa. Em seu vasto campo de significados, Nakoada seria o estudo e profundo entendimento de outra cultura para exercer a habilidade de capturar conhecimentos não-indígenas e construir narrativas que sejam radicais na continuidade da vida e dos saberes indígenas. “Em outras palavras, uma contra-antropofagia ou re-antropofagia”, explica Beatriz Lemos. [...] Disponível em:
Disponível em: https://mam.rio. Acesso em 24 set. 2022. Modificado.
Assinale a alternativa em que o fragmento do texto apresenta uma contradição ao conceito de Modernismo.