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Concurso: BNB x
#46052
Concurso
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Crédito Direto Ao Consumidor
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(1,0)

Para evitar problemas de risco de crédito, existem normas concernentes ao comportamento que os bancos devem cumprir em relação aos clientes e à própria operação. A respeito desse assunto, considere as afirmativas abaixo como V se verdadeira e F se falsa: 
I. as instituições financeiras só precisam lançar em suas demonstrações contábeis, os créditos em atraso por mais de noventa dias, quando são considerados de liquidação duvidosa; 
II. a classificação das operações de crédito é exigida apenas para as pessoas jurídicas, principalmente pelo risco inerente à atividade econômica do tomador; 
III. as operações de adiantamento sobre contratos de câmbio e de financiamento à importação não são classificadas por ordem de risco, por estarem amparadas por recursos internacionais; 
IV. as operações objeto de renegociação devem ser retiradas do nível de risco anterior e classificadas como normal.

Marque a alternativa com a sequência CORRETA:

#46051
Concurso
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Assistente Administrativa
Banca
ACEP
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Crédito Direto Ao Consumidor
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(1,0)

Considerando as características das operações de empréstimos bancários, marque a alternativa CORRETA:

#46050
Concurso
BNB
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Assistente Administrativa
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Crédito Direto Ao Consumidor
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(1,0)

O Crédito Direto ao Consumidor, conhecido como CDC, é um financiamento concedido por uma instituição financeira.
Considerando as características do CDC, marque a alternativa VERDADEIRA:

#30226
Concurso
BNB
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. Cargos Diversos
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ACEP
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Português
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(1,0)

CAPACITAR, CREDITAR E PROPICIAR

 

1 Diz a sabedoria popular que “não se deve dar o peixe, mas ensinar a pescar”. Entretanto, o bom senso indica que, em casos de fome, deve-se sim “dar o peixe”, para o faminto ter condições mínimas de aprendizagem. Também não se consegue capacitá-lo a pescar sem dar-lhe o crédito para comprar a vara, a linha e anzol, ou até mesmo um barco. Tudo isso sem um rio piscoso – ambiente institucional e macroeconômico propício a microempreendimentos – não adianta muita coisa...  

5 Portanto, três dimensões devem ser articuladas no combate à desigualdade social no país. A primeira contempla políticas compensatórias. Elas permitem que toda a população atinja, no curto prazo, patamares mínimos de dignidade e sobrevivência. Outra dimensão é constituída por políticas de crescimento econômico, para disponibilizar maior renda, quantidade de bens e serviços, além de oportunidades. Em simultâneo, deve-se executar políticas redistributivas. Só com elas, essa maior disponibilidade de renda, bens e serviços se dirigirá, prioritariamente, às camadas da população “mais pobres entre os pobres”, que constituem o público-alvo dessas políticas.  

11 A distribuição de renda do Brasil disputa com a da África do Sul, entre os países grandes, a vergonha de ser a pior no mundo. O governo brasileiro defende a focalização de algumas políticas sociais como forma de melhorá-la. São programas sociais que almejam dar aos mais pobres os chamados ativos de produção: educação, terra e microcrédito, para produzir. Supõem que o pobre continuará em sua precária situação enquanto não tiver a capacidade de gerar sua renda por conta própria, para satisfazer as necessidades.  

16 Infelizmente, o governo tem privilegiado os credores em detrimento desses programas que poderiam beneficiar a sociedade. Esses programas sociais têm tido um gasto bem menor do que é despendido com o pagamento dos serviços das dívidas interna e externa.  

19 Preso na “armadilha da dívida”, o foco governamental se desloca para a gestão da pobreza e dos problemas associados a ela, inclusive a informalidade, via “forças do mercado”. Governo e sociedade se uniriam para as ações “solidárias”, visando “inclusão do excluído”. No que se refere ao trabalho informal, a idéia agora dominante é a do apoio ao indivíduo, com ênfase em programas de concessão de microcrédito, para tocar o negócio.  

23 O crescimento econômico é o melhor remédio para as doenças do desemprego e da informalidade. Mas por si só também não é suficiente para reduzir a pobreza e nem as disparidades sociais. Deve-se garantir as condições básicas de vida. Para isso é necessário investir fortemente em programas de educação e saúde (inclusive saneamento) e em políticas sociais focalizadas, mas em uma escala que tenha realmente impacto social.  

27 Como exemplo da necessidade de intervenção governamental, merece destaque a experiência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), a partir de 1998, com o programa CrediAmigo. Trata-se do único caso brasileiro de integração entre um banco público federal e o microcrédito. Embora ainda insuficiente, é a experiência que apresenta o melhor desempenho dentre todas as desenvolvidas no setor do microcrédito no Brasil.

31 Uma das principais lições do programa CrediAmigo é que uma organização com infra-estrutura física estabelecida – como a capilaridade das agências do BNB na região Nordeste –, mantendo um sistema descentralizado de monitoramento de carteiras de empréstimo, tem condições de se consolidar no setor de microcrédito, rapidamente, por alcançar logo escala operacional.

35 Isso demonstra o potencial para atuação de outros bancos públicos federais - especialmente o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Esses bancos têm escala de recursos e logística física para atender a boa parte da população mais pobre, no plano nacional. Além disso, já possuem uma tradição do processo de concessão do crédito. Poderiam fazer parcerias com cooperativas de crédito popular para os programas de microcrédito, de fato, terem impacto significativo.

 

Fernando Nogueira da Costa, in Folha de São Paulo, 08/11/01 (Compilado)

Assinale a alternativa que define morfológica ou sintaticamente, conforme a seqüência: "se" (l. 01), "lhe" (l. 03), "la" (l. 12), "se" (l. 09).

#30225
Concurso
BNB
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Português
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(1,0)

CAPACITAR, CREDITAR E PROPICIAR

 

1 Diz a sabedoria popular que “não se deve dar o peixe, mas ensinar a pescar”. Entretanto, o bom senso indica que, em casos de fome, deve-se sim “dar o peixe”, para o faminto ter condições mínimas de aprendizagem. Também não se consegue capacitá-lo a pescar sem dar-lhe o crédito para comprar a vara, a linha e anzol, ou até mesmo um barco. Tudo isso sem um rio piscoso – ambiente institucional e macroeconômico propício a microempreendimentos – não adianta muita coisa...  

5 Portanto, três dimensões devem ser articuladas no combate à desigualdade social no país. A primeira contempla políticas compensatórias. Elas permitem que toda a população atinja, no curto prazo, patamares mínimos de dignidade e sobrevivência. Outra dimensão é constituída por políticas de crescimento econômico, para disponibilizar maior renda, quantidade de bens e serviços, além de oportunidades. Em simultâneo, deve-se executar políticas redistributivas. Só com elas, essa maior disponibilidade de renda, bens e serviços se dirigirá, prioritariamente, às camadas da população “mais pobres entre os pobres”, que constituem o público-alvo dessas políticas.  

11 A distribuição de renda do Brasil disputa com a da África do Sul, entre os países grandes, a vergonha de ser a pior no mundo. O governo brasileiro defende a focalização de algumas políticas sociais como forma de melhorá-la. São programas sociais que almejam dar aos mais pobres os chamados ativos de produção: educação, terra e microcrédito, para produzir. Supõem que o pobre continuará em sua precária situação enquanto não tiver a capacidade de gerar sua renda por conta própria, para satisfazer as necessidades.  

16 Infelizmente, o governo tem privilegiado os credores em detrimento desses programas que poderiam beneficiar a sociedade. Esses programas sociais têm tido um gasto bem menor do que é despendido com o pagamento dos serviços das dívidas interna e externa.  

19 Preso na “armadilha da dívida”, o foco governamental se desloca para a gestão da pobreza e dos problemas associados a ela, inclusive a informalidade, via “forças do mercado”. Governo e sociedade se uniriam para as ações “solidárias”, visando “inclusão do excluído”. No que se refere ao trabalho informal, a idéia agora dominante é a do apoio ao indivíduo, com ênfase em programas de concessão de microcrédito, para tocar o negócio.  

23 O crescimento econômico é o melhor remédio para as doenças do desemprego e da informalidade. Mas por si só também não é suficiente para reduzir a pobreza e nem as disparidades sociais. Deve-se garantir as condições básicas de vida. Para isso é necessário investir fortemente em programas de educação e saúde (inclusive saneamento) e em políticas sociais focalizadas, mas em uma escala que tenha realmente impacto social.  

27 Como exemplo da necessidade de intervenção governamental, merece destaque a experiência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), a partir de 1998, com o programa CrediAmigo. Trata-se do único caso brasileiro de integração entre um banco público federal e o microcrédito. Embora ainda insuficiente, é a experiência que apresenta o melhor desempenho dentre todas as desenvolvidas no setor do microcrédito no Brasil.

31 Uma das principais lições do programa CrediAmigo é que uma organização com infra-estrutura física estabelecida – como a capilaridade das agências do BNB na região Nordeste –, mantendo um sistema descentralizado de monitoramento de carteiras de empréstimo, tem condições de se consolidar no setor de microcrédito, rapidamente, por alcançar logo escala operacional.

35 Isso demonstra o potencial para atuação de outros bancos públicos federais - especialmente o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Esses bancos têm escala de recursos e logística física para atender a boa parte da população mais pobre, no plano nacional. Além disso, já possuem uma tradição do processo de concessão do crédito. Poderiam fazer parcerias com cooperativas de crédito popular para os programas de microcrédito, de fato, terem impacto significativo.

 

Fernando Nogueira da Costa, in Folha de São Paulo, 08/11/01 (Compilado)

No período "Elas permitem que toda a população atinja, no curto prazo, patamares mínimos de dignidade e sobrevivência" (l. 06-07), os grifos são respectivamente:

#30224
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1 Diz a sabedoria popular que “não se deve dar o peixe, mas ensinar a pescar”. Entretanto, o bom senso indica que, em casos de fome, deve-se sim “dar o peixe”, para o faminto ter condições mínimas de aprendizagem. Também não se consegue capacitá-lo a pescar sem dar-lhe o crédito para comprar a vara, a linha e anzol, ou até mesmo um barco. Tudo isso sem um rio piscoso – ambiente institucional e macroeconômico propício a microempreendimentos – não adianta muita coisa...  

5 Portanto, três dimensões devem ser articuladas no combate à desigualdade social no país. A primeira contempla políticas compensatórias. Elas permitem que toda a população atinja, no curto prazo, patamares mínimos de dignidade e sobrevivência. Outra dimensão é constituída por políticas de crescimento econômico, para disponibilizar maior renda, quantidade de bens e serviços, além de oportunidades. Em simultâneo, deve-se executar políticas redistributivas. Só com elas, essa maior disponibilidade de renda, bens e serviços se dirigirá, prioritariamente, às camadas da população “mais pobres entre os pobres”, que constituem o público-alvo dessas políticas.  

11 A distribuição de renda do Brasil disputa com a da África do Sul, entre os países grandes, a vergonha de ser a pior no mundo. O governo brasileiro defende a focalização de algumas políticas sociais como forma de melhorá-la. São programas sociais que almejam dar aos mais pobres os chamados ativos de produção: educação, terra e microcrédito, para produzir. Supõem que o pobre continuará em sua precária situação enquanto não tiver a capacidade de gerar sua renda por conta própria, para satisfazer as necessidades.  

16 Infelizmente, o governo tem privilegiado os credores em detrimento desses programas que poderiam beneficiar a sociedade. Esses programas sociais têm tido um gasto bem menor do que é despendido com o pagamento dos serviços das dívidas interna e externa.  

19 Preso na “armadilha da dívida”, o foco governamental se desloca para a gestão da pobreza e dos problemas associados a ela, inclusive a informalidade, via “forças do mercado”. Governo e sociedade se uniriam para as ações “solidárias”, visando “inclusão do excluído”. No que se refere ao trabalho informal, a idéia agora dominante é a do apoio ao indivíduo, com ênfase em programas de concessão de microcrédito, para tocar o negócio.  

23 O crescimento econômico é o melhor remédio para as doenças do desemprego e da informalidade. Mas por si só também não é suficiente para reduzir a pobreza e nem as disparidades sociais. Deve-se garantir as condições básicas de vida. Para isso é necessário investir fortemente em programas de educação e saúde (inclusive saneamento) e em políticas sociais focalizadas, mas em uma escala que tenha realmente impacto social.  

27 Como exemplo da necessidade de intervenção governamental, merece destaque a experiência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), a partir de 1998, com o programa CrediAmigo. Trata-se do único caso brasileiro de integração entre um banco público federal e o microcrédito. Embora ainda insuficiente, é a experiência que apresenta o melhor desempenho dentre todas as desenvolvidas no setor do microcrédito no Brasil.

31 Uma das principais lições do programa CrediAmigo é que uma organização com infra-estrutura física estabelecida – como a capilaridade das agências do BNB na região Nordeste –, mantendo um sistema descentralizado de monitoramento de carteiras de empréstimo, tem condições de se consolidar no setor de microcrédito, rapidamente, por alcançar logo escala operacional.

35 Isso demonstra o potencial para atuação de outros bancos públicos federais - especialmente o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Esses bancos têm escala de recursos e logística física para atender a boa parte da população mais pobre, no plano nacional. Além disso, já possuem uma tradição do processo de concessão do crédito. Poderiam fazer parcerias com cooperativas de crédito popular para os programas de microcrédito, de fato, terem impacto significativo.

 

Fernando Nogueira da Costa, in Folha de São Paulo, 08/11/01 (Compilado)

No sintagma "Como exemplo da necessidade de intervenção governamental" (l. 27) encontram-se:

#30223
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1 Diz a sabedoria popular que “não se deve dar o peixe, mas ensinar a pescar”. Entretanto, o bom senso indica que, em casos de fome, deve-se sim “dar o peixe”, para o faminto ter condições mínimas de aprendizagem. Também não se consegue capacitá-lo a pescar sem dar-lhe o crédito para comprar a vara, a linha e anzol, ou até mesmo um barco. Tudo isso sem um rio piscoso – ambiente institucional e macroeconômico propício a microempreendimentos – não adianta muita coisa...  

5 Portanto, três dimensões devem ser articuladas no combate à desigualdade social no país. A primeira contempla políticas compensatórias. Elas permitem que toda a população atinja, no curto prazo, patamares mínimos de dignidade e sobrevivência. Outra dimensão é constituída por políticas de crescimento econômico, para disponibilizar maior renda, quantidade de bens e serviços, além de oportunidades. Em simultâneo, deve-se executar políticas redistributivas. Só com elas, essa maior disponibilidade de renda, bens e serviços se dirigirá, prioritariamente, às camadas da população “mais pobres entre os pobres”, que constituem o público-alvo dessas políticas.  

11 A distribuição de renda do Brasil disputa com a da África do Sul, entre os países grandes, a vergonha de ser a pior no mundo. O governo brasileiro defende a focalização de algumas políticas sociais como forma de melhorá-la. São programas sociais que almejam dar aos mais pobres os chamados ativos de produção: educação, terra e microcrédito, para produzir. Supõem que o pobre continuará em sua precária situação enquanto não tiver a capacidade de gerar sua renda por conta própria, para satisfazer as necessidades.  

16 Infelizmente, o governo tem privilegiado os credores em detrimento desses programas que poderiam beneficiar a sociedade. Esses programas sociais têm tido um gasto bem menor do que é despendido com o pagamento dos serviços das dívidas interna e externa.  

19 Preso na “armadilha da dívida”, o foco governamental se desloca para a gestão da pobreza e dos problemas associados a ela, inclusive a informalidade, via “forças do mercado”. Governo e sociedade se uniriam para as ações “solidárias”, visando “inclusão do excluído”. No que se refere ao trabalho informal, a idéia agora dominante é a do apoio ao indivíduo, com ênfase em programas de concessão de microcrédito, para tocar o negócio.  

23 O crescimento econômico é o melhor remédio para as doenças do desemprego e da informalidade. Mas por si só também não é suficiente para reduzir a pobreza e nem as disparidades sociais. Deve-se garantir as condições básicas de vida. Para isso é necessário investir fortemente em programas de educação e saúde (inclusive saneamento) e em políticas sociais focalizadas, mas em uma escala que tenha realmente impacto social.  

27 Como exemplo da necessidade de intervenção governamental, merece destaque a experiência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), a partir de 1998, com o programa CrediAmigo. Trata-se do único caso brasileiro de integração entre um banco público federal e o microcrédito. Embora ainda insuficiente, é a experiência que apresenta o melhor desempenho dentre todas as desenvolvidas no setor do microcrédito no Brasil.

31 Uma das principais lições do programa CrediAmigo é que uma organização com infra-estrutura física estabelecida – como a capilaridade das agências do BNB na região Nordeste –, mantendo um sistema descentralizado de monitoramento de carteiras de empréstimo, tem condições de se consolidar no setor de microcrédito, rapidamente, por alcançar logo escala operacional.

35 Isso demonstra o potencial para atuação de outros bancos públicos federais - especialmente o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Esses bancos têm escala de recursos e logística física para atender a boa parte da população mais pobre, no plano nacional. Além disso, já possuem uma tradição do processo de concessão do crédito. Poderiam fazer parcerias com cooperativas de crédito popular para os programas de microcrédito, de fato, terem impacto significativo.

 

Fernando Nogueira da Costa, in Folha de São Paulo, 08/11/01 (Compilado)

A palavra "CrediAmigo" (l. 28) é formada por:

#30222
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1 Diz a sabedoria popular que “não se deve dar o peixe, mas ensinar a pescar”. Entretanto, o bom senso indica que, em casos de fome, deve-se sim “dar o peixe”, para o faminto ter condições mínimas de aprendizagem. Também não se consegue capacitá-lo a pescar sem dar-lhe o crédito para comprar a vara, a linha e anzol, ou até mesmo um barco. Tudo isso sem um rio piscoso – ambiente institucional e macroeconômico propício a microempreendimentos – não adianta muita coisa...  

5 Portanto, três dimensões devem ser articuladas no combate à desigualdade social no país. A primeira contempla políticas compensatórias. Elas permitem que toda a população atinja, no curto prazo, patamares mínimos de dignidade e sobrevivência. Outra dimensão é constituída por políticas de crescimento econômico, para disponibilizar maior renda, quantidade de bens e serviços, além de oportunidades. Em simultâneo, deve-se executar políticas redistributivas. Só com elas, essa maior disponibilidade de renda, bens e serviços se dirigirá, prioritariamente, às camadas da população “mais pobres entre os pobres”, que constituem o público-alvo dessas políticas.  

11 A distribuição de renda do Brasil disputa com a da África do Sul, entre os países grandes, a vergonha de ser a pior no mundo. O governo brasileiro defende a focalização de algumas políticas sociais como forma de melhorá-la. São programas sociais que almejam dar aos mais pobres os chamados ativos de produção: educação, terra e microcrédito, para produzir. Supõem que o pobre continuará em sua precária situação enquanto não tiver a capacidade de gerar sua renda por conta própria, para satisfazer as necessidades.  

16 Infelizmente, o governo tem privilegiado os credores em detrimento desses programas que poderiam beneficiar a sociedade. Esses programas sociais têm tido um gasto bem menor do que é despendido com o pagamento dos serviços das dívidas interna e externa.  

19 Preso na “armadilha da dívida”, o foco governamental se desloca para a gestão da pobreza e dos problemas associados a ela, inclusive a informalidade, via “forças do mercado”. Governo e sociedade se uniriam para as ações “solidárias”, visando “inclusão do excluído”. No que se refere ao trabalho informal, a idéia agora dominante é a do apoio ao indivíduo, com ênfase em programas de concessão de microcrédito, para tocar o negócio.  

23 O crescimento econômico é o melhor remédio para as doenças do desemprego e da informalidade. Mas por si só também não é suficiente para reduzir a pobreza e nem as disparidades sociais. Deve-se garantir as condições básicas de vida. Para isso é necessário investir fortemente em programas de educação e saúde (inclusive saneamento) e em políticas sociais focalizadas, mas em uma escala que tenha realmente impacto social.  

27 Como exemplo da necessidade de intervenção governamental, merece destaque a experiência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), a partir de 1998, com o programa CrediAmigo. Trata-se do único caso brasileiro de integração entre um banco público federal e o microcrédito. Embora ainda insuficiente, é a experiência que apresenta o melhor desempenho dentre todas as desenvolvidas no setor do microcrédito no Brasil.

31 Uma das principais lições do programa CrediAmigo é que uma organização com infra-estrutura física estabelecida – como a capilaridade das agências do BNB na região Nordeste –, mantendo um sistema descentralizado de monitoramento de carteiras de empréstimo, tem condições de se consolidar no setor de microcrédito, rapidamente, por alcançar logo escala operacional.

35 Isso demonstra o potencial para atuação de outros bancos públicos federais - especialmente o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Esses bancos têm escala de recursos e logística física para atender a boa parte da população mais pobre, no plano nacional. Além disso, já possuem uma tradição do processo de concessão do crédito. Poderiam fazer parcerias com cooperativas de crédito popular para os programas de microcrédito, de fato, terem impacto significativo.

 

Fernando Nogueira da Costa, in Folha de São Paulo, 08/11/01 (Compilado)

Assinale a alternativa com palavras ortografadas corretamente de acordo com a seqüência: "peixe" (l. 02), "anzol" (l. 03), "concessão" (l. 22)

#30221
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CAPACITAR, CREDITAR E PROPICIAR

 

1 Diz a sabedoria popular que “não se deve dar o peixe, mas ensinar a pescar”. Entretanto, o bom senso indica que, em casos de fome, deve-se sim “dar o peixe”, para o faminto ter condições mínimas de aprendizagem. Também não se consegue capacitá-lo a pescar sem dar-lhe o crédito para comprar a vara, a linha e anzol, ou até mesmo um barco. Tudo isso sem um rio piscoso – ambiente institucional e macroeconômico propício a microempreendimentos – não adianta muita coisa...  

5 Portanto, três dimensões devem ser articuladas no combate à desigualdade social no país. A primeira contempla políticas compensatórias. Elas permitem que toda a população atinja, no curto prazo, patamares mínimos de dignidade e sobrevivência. Outra dimensão é constituída por políticas de crescimento econômico, para disponibilizar maior renda, quantidade de bens e serviços, além de oportunidades. Em simultâneo, deve-se executar políticas redistributivas. Só com elas, essa maior disponibilidade de renda, bens e serviços se dirigirá, prioritariamente, às camadas da população “mais pobres entre os pobres”, que constituem o público-alvo dessas políticas.  

11 A distribuição de renda do Brasil disputa com a da África do Sul, entre os países grandes, a vergonha de ser a pior no mundo. O governo brasileiro defende a focalização de algumas políticas sociais como forma de melhorá-la. São programas sociais que almejam dar aos mais pobres os chamados ativos de produção: educação, terra e microcrédito, para produzir. Supõem que o pobre continuará em sua precária situação enquanto não tiver a capacidade de gerar sua renda por conta própria, para satisfazer as necessidades.  

16 Infelizmente, o governo tem privilegiado os credores em detrimento desses programas que poderiam beneficiar a sociedade. Esses programas sociais têm tido um gasto bem menor do que é despendido com o pagamento dos serviços das dívidas interna e externa.  

19 Preso na “armadilha da dívida”, o foco governamental se desloca para a gestão da pobreza e dos problemas associados a ela, inclusive a informalidade, via “forças do mercado”. Governo e sociedade se uniriam para as ações “solidárias”, visando “inclusão do excluído”. No que se refere ao trabalho informal, a idéia agora dominante é a do apoio ao indivíduo, com ênfase em programas de concessão de microcrédito, para tocar o negócio.  

23 O crescimento econômico é o melhor remédio para as doenças do desemprego e da informalidade. Mas por si só também não é suficiente para reduzir a pobreza e nem as disparidades sociais. Deve-se garantir as condições básicas de vida. Para isso é necessário investir fortemente em programas de educação e saúde (inclusive saneamento) e em políticas sociais focalizadas, mas em uma escala que tenha realmente impacto social.  

27 Como exemplo da necessidade de intervenção governamental, merece destaque a experiência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), a partir de 1998, com o programa CrediAmigo. Trata-se do único caso brasileiro de integração entre um banco público federal e o microcrédito. Embora ainda insuficiente, é a experiência que apresenta o melhor desempenho dentre todas as desenvolvidas no setor do microcrédito no Brasil.

31 Uma das principais lições do programa CrediAmigo é que uma organização com infra-estrutura física estabelecida – como a capilaridade das agências do BNB na região Nordeste –, mantendo um sistema descentralizado de monitoramento de carteiras de empréstimo, tem condições de se consolidar no setor de microcrédito, rapidamente, por alcançar logo escala operacional.

35 Isso demonstra o potencial para atuação de outros bancos públicos federais - especialmente o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Esses bancos têm escala de recursos e logística física para atender a boa parte da população mais pobre, no plano nacional. Além disso, já possuem uma tradição do processo de concessão do crédito. Poderiam fazer parcerias com cooperativas de crédito popular para os programas de microcrédito, de fato, terem impacto significativo.

 

Fernando Nogueira da Costa, in Folha de São Paulo, 08/11/01 (Compilado)

Assinale a alternativa em que "infra" NÃO é prefixo.

#30220
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1 Diz a sabedoria popular que “não se deve dar o peixe, mas ensinar a pescar”. Entretanto, o bom senso indica que, em casos de fome, deve-se sim “dar o peixe”, para o faminto ter condições mínimas de aprendizagem. Também não se consegue capacitá-lo a pescar sem dar-lhe o crédito para comprar a vara, a linha e anzol, ou até mesmo um barco. Tudo isso sem um rio piscoso – ambiente institucional e macroeconômico propício a microempreendimentos – não adianta muita coisa...  

5 Portanto, três dimensões devem ser articuladas no combate à desigualdade social no país. A primeira contempla políticas compensatórias. Elas permitem que toda a população atinja, no curto prazo, patamares mínimos de dignidade e sobrevivência. Outra dimensão é constituída por políticas de crescimento econômico, para disponibilizar maior renda, quantidade de bens e serviços, além de oportunidades. Em simultâneo, deve-se executar políticas redistributivas. Só com elas, essa maior disponibilidade de renda, bens e serviços se dirigirá, prioritariamente, às camadas da população “mais pobres entre os pobres”, que constituem o público-alvo dessas políticas.  

11 A distribuição de renda do Brasil disputa com a da África do Sul, entre os países grandes, a vergonha de ser a pior no mundo. O governo brasileiro defende a focalização de algumas políticas sociais como forma de melhorá-la. São programas sociais que almejam dar aos mais pobres os chamados ativos de produção: educação, terra e microcrédito, para produzir. Supõem que o pobre continuará em sua precária situação enquanto não tiver a capacidade de gerar sua renda por conta própria, para satisfazer as necessidades.  

16 Infelizmente, o governo tem privilegiado os credores em detrimento desses programas que poderiam beneficiar a sociedade. Esses programas sociais têm tido um gasto bem menor do que é despendido com o pagamento dos serviços das dívidas interna e externa.  

19 Preso na “armadilha da dívida”, o foco governamental se desloca para a gestão da pobreza e dos problemas associados a ela, inclusive a informalidade, via “forças do mercado”. Governo e sociedade se uniriam para as ações “solidárias”, visando “inclusão do excluído”. No que se refere ao trabalho informal, a idéia agora dominante é a do apoio ao indivíduo, com ênfase em programas de concessão de microcrédito, para tocar o negócio.  

23 O crescimento econômico é o melhor remédio para as doenças do desemprego e da informalidade. Mas por si só também não é suficiente para reduzir a pobreza e nem as disparidades sociais. Deve-se garantir as condições básicas de vida. Para isso é necessário investir fortemente em programas de educação e saúde (inclusive saneamento) e em políticas sociais focalizadas, mas em uma escala que tenha realmente impacto social.  

27 Como exemplo da necessidade de intervenção governamental, merece destaque a experiência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), a partir de 1998, com o programa CrediAmigo. Trata-se do único caso brasileiro de integração entre um banco público federal e o microcrédito. Embora ainda insuficiente, é a experiência que apresenta o melhor desempenho dentre todas as desenvolvidas no setor do microcrédito no Brasil.

31 Uma das principais lições do programa CrediAmigo é que uma organização com infra-estrutura física estabelecida – como a capilaridade das agências do BNB na região Nordeste –, mantendo um sistema descentralizado de monitoramento de carteiras de empréstimo, tem condições de se consolidar no setor de microcrédito, rapidamente, por alcançar logo escala operacional.

35 Isso demonstra o potencial para atuação de outros bancos públicos federais - especialmente o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Esses bancos têm escala de recursos e logística física para atender a boa parte da população mais pobre, no plano nacional. Além disso, já possuem uma tradição do processo de concessão do crédito. Poderiam fazer parcerias com cooperativas de crédito popular para os programas de microcrédito, de fato, terem impacto significativo.

 

Fernando Nogueira da Costa, in Folha de São Paulo, 08/11/01 (Compilado)

Encontram-se os prefixos "macro" e "micro" (l. 04) que são antônimos. Assinale a alternativa que apresenta palavras com prefixos antônimos entre si:

#30219
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CAPACITAR, CREDITAR E PROPICIAR

 

1 Diz a sabedoria popular que “não se deve dar o peixe, mas ensinar a pescar”. Entretanto, o bom senso indica que, em casos de fome, deve-se sim “dar o peixe”, para o faminto ter condições mínimas de aprendizagem. Também não se consegue capacitá-lo a pescar sem dar-lhe o crédito para comprar a vara, a linha e anzol, ou até mesmo um barco. Tudo isso sem um rio piscoso – ambiente institucional e macroeconômico propício a microempreendimentos – não adianta muita coisa...  

5 Portanto, três dimensões devem ser articuladas no combate à desigualdade social no país. A primeira contempla políticas compensatórias. Elas permitem que toda a população atinja, no curto prazo, patamares mínimos de dignidade e sobrevivência. Outra dimensão é constituída por políticas de crescimento econômico, para disponibilizar maior renda, quantidade de bens e serviços, além de oportunidades. Em simultâneo, deve-se executar políticas redistributivas. Só com elas, essa maior disponibilidade de renda, bens e serviços se dirigirá, prioritariamente, às camadas da população “mais pobres entre os pobres”, que constituem o público-alvo dessas políticas.  

11 A distribuição de renda do Brasil disputa com a da África do Sul, entre os países grandes, a vergonha de ser a pior no mundo. O governo brasileiro defende a focalização de algumas políticas sociais como forma de melhorá-la. São programas sociais que almejam dar aos mais pobres os chamados ativos de produção: educação, terra e microcrédito, para produzir. Supõem que o pobre continuará em sua precária situação enquanto não tiver a capacidade de gerar sua renda por conta própria, para satisfazer as necessidades.  

16 Infelizmente, o governo tem privilegiado os credores em detrimento desses programas que poderiam beneficiar a sociedade. Esses programas sociais têm tido um gasto bem menor do que é despendido com o pagamento dos serviços das dívidas interna e externa.  

19 Preso na “armadilha da dívida”, o foco governamental se desloca para a gestão da pobreza e dos problemas associados a ela, inclusive a informalidade, via “forças do mercado”. Governo e sociedade se uniriam para as ações “solidárias”, visando “inclusão do excluído”. No que se refere ao trabalho informal, a idéia agora dominante é a do apoio ao indivíduo, com ênfase em programas de concessão de microcrédito, para tocar o negócio.  

23 O crescimento econômico é o melhor remédio para as doenças do desemprego e da informalidade. Mas por si só também não é suficiente para reduzir a pobreza e nem as disparidades sociais. Deve-se garantir as condições básicas de vida. Para isso é necessário investir fortemente em programas de educação e saúde (inclusive saneamento) e em políticas sociais focalizadas, mas em uma escala que tenha realmente impacto social.  

27 Como exemplo da necessidade de intervenção governamental, merece destaque a experiência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), a partir de 1998, com o programa CrediAmigo. Trata-se do único caso brasileiro de integração entre um banco público federal e o microcrédito. Embora ainda insuficiente, é a experiência que apresenta o melhor desempenho dentre todas as desenvolvidas no setor do microcrédito no Brasil.

31 Uma das principais lições do programa CrediAmigo é que uma organização com infra-estrutura física estabelecida – como a capilaridade das agências do BNB na região Nordeste –, mantendo um sistema descentralizado de monitoramento de carteiras de empréstimo, tem condições de se consolidar no setor de microcrédito, rapidamente, por alcançar logo escala operacional.

35 Isso demonstra o potencial para atuação de outros bancos públicos federais - especialmente o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Esses bancos têm escala de recursos e logística física para atender a boa parte da população mais pobre, no plano nacional. Além disso, já possuem uma tradição do processo de concessão do crédito. Poderiam fazer parcerias com cooperativas de crédito popular para os programas de microcrédito, de fato, terem impacto significativo.

 

Fernando Nogueira da Costa, in Folha de São Paulo, 08/11/01 (Compilado)

Assinale a alternativa que apresenta a seqüência de palavras com o mesmo radical de "piscoso" (l. 04).

#30218
Concurso
BNB
Cargo
. Cargos Diversos
Banca
ACEP
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Português
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1 Diz a sabedoria popular que “não se deve dar o peixe, mas ensinar a pescar”. Entretanto, o bom senso indica que, em casos de fome, deve-se sim “dar o peixe”, para o faminto ter condições mínimas de aprendizagem. Também não se consegue capacitá-lo a pescar sem dar-lhe o crédito para comprar a vara, a linha e anzol, ou até mesmo um barco. Tudo isso sem um rio piscoso – ambiente institucional e macroeconômico propício a microempreendimentos – não adianta muita coisa...  

5 Portanto, três dimensões devem ser articuladas no combate à desigualdade social no país. A primeira contempla políticas compensatórias. Elas permitem que toda a população atinja, no curto prazo, patamares mínimos de dignidade e sobrevivência. Outra dimensão é constituída por políticas de crescimento econômico, para disponibilizar maior renda, quantidade de bens e serviços, além de oportunidades. Em simultâneo, deve-se executar políticas redistributivas. Só com elas, essa maior disponibilidade de renda, bens e serviços se dirigirá, prioritariamente, às camadas da população “mais pobres entre os pobres”, que constituem o público-alvo dessas políticas.  

11 A distribuição de renda do Brasil disputa com a da África do Sul, entre os países grandes, a vergonha de ser a pior no mundo. O governo brasileiro defende a focalização de algumas políticas sociais como forma de melhorá-la. São programas sociais que almejam dar aos mais pobres os chamados ativos de produção: educação, terra e microcrédito, para produzir. Supõem que o pobre continuará em sua precária situação enquanto não tiver a capacidade de gerar sua renda por conta própria, para satisfazer as necessidades.  

16 Infelizmente, o governo tem privilegiado os credores em detrimento desses programas que poderiam beneficiar a sociedade. Esses programas sociais têm tido um gasto bem menor do que é despendido com o pagamento dos serviços das dívidas interna e externa.  

19 Preso na “armadilha da dívida”, o foco governamental se desloca para a gestão da pobreza e dos problemas associados a ela, inclusive a informalidade, via “forças do mercado”. Governo e sociedade se uniriam para as ações “solidárias”, visando “inclusão do excluído”. No que se refere ao trabalho informal, a idéia agora dominante é a do apoio ao indivíduo, com ênfase em programas de concessão de microcrédito, para tocar o negócio.  

23 O crescimento econômico é o melhor remédio para as doenças do desemprego e da informalidade. Mas por si só também não é suficiente para reduzir a pobreza e nem as disparidades sociais. Deve-se garantir as condições básicas de vida. Para isso é necessário investir fortemente em programas de educação e saúde (inclusive saneamento) e em políticas sociais focalizadas, mas em uma escala que tenha realmente impacto social.  

27 Como exemplo da necessidade de intervenção governamental, merece destaque a experiência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), a partir de 1998, com o programa CrediAmigo. Trata-se do único caso brasileiro de integração entre um banco público federal e o microcrédito. Embora ainda insuficiente, é a experiência que apresenta o melhor desempenho dentre todas as desenvolvidas no setor do microcrédito no Brasil.

31 Uma das principais lições do programa CrediAmigo é que uma organização com infra-estrutura física estabelecida – como a capilaridade das agências do BNB na região Nordeste –, mantendo um sistema descentralizado de monitoramento de carteiras de empréstimo, tem condições de se consolidar no setor de microcrédito, rapidamente, por alcançar logo escala operacional.

35 Isso demonstra o potencial para atuação de outros bancos públicos federais - especialmente o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Esses bancos têm escala de recursos e logística física para atender a boa parte da população mais pobre, no plano nacional. Além disso, já possuem uma tradição do processo de concessão do crédito. Poderiam fazer parcerias com cooperativas de crédito popular para os programas de microcrédito, de fato, terem impacto significativo.

 

Fernando Nogueira da Costa, in Folha de São Paulo, 08/11/01 (Compilado)

No período "Elas permitem que toda a população atinja, no curto prazo, patamares mínimos de dignidade e sobrevivência" (Imagem 017.jpg06-07), os grifos são respectivamente:

#30217
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BNB
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CAPACITAR, CREDITAR E PROPICIAR

 

1 Diz a sabedoria popular que “não se deve dar o peixe, mas ensinar a pescar”. Entretanto, o bom senso indica que, em casos de fome, deve-se sim “dar o peixe”, para o faminto ter condições mínimas de aprendizagem. Também não se consegue capacitá-lo a pescar sem dar-lhe o crédito para comprar a vara, a linha e anzol, ou até mesmo um barco. Tudo isso sem um rio piscoso – ambiente institucional e macroeconômico propício a microempreendimentos – não adianta muita coisa...  

5 Portanto, três dimensões devem ser articuladas no combate à desigualdade social no país. A primeira contempla políticas compensatórias. Elas permitem que toda a população atinja, no curto prazo, patamares mínimos de dignidade e sobrevivência. Outra dimensão é constituída por políticas de crescimento econômico, para disponibilizar maior renda, quantidade de bens e serviços, além de oportunidades. Em simultâneo, deve-se executar políticas redistributivas. Só com elas, essa maior disponibilidade de renda, bens e serviços se dirigirá, prioritariamente, às camadas da população “mais pobres entre os pobres”, que constituem o público-alvo dessas políticas.  

11 A distribuição de renda do Brasil disputa com a da África do Sul, entre os países grandes, a vergonha de ser a pior no mundo. O governo brasileiro defende a focalização de algumas políticas sociais como forma de melhorá-la. São programas sociais que almejam dar aos mais pobres os chamados ativos de produção: educação, terra e microcrédito, para produzir. Supõem que o pobre continuará em sua precária situação enquanto não tiver a capacidade de gerar sua renda por conta própria, para satisfazer as necessidades.  

16 Infelizmente, o governo tem privilegiado os credores em detrimento desses programas que poderiam beneficiar a sociedade. Esses programas sociais têm tido um gasto bem menor do que é despendido com o pagamento dos serviços das dívidas interna e externa.  

19 Preso na “armadilha da dívida”, o foco governamental se desloca para a gestão da pobreza e dos problemas associados a ela, inclusive a informalidade, via “forças do mercado”. Governo e sociedade se uniriam para as ações “solidárias”, visando “inclusão do excluído”. No que se refere ao trabalho informal, a idéia agora dominante é a do apoio ao indivíduo, com ênfase em programas de concessão de microcrédito, para tocar o negócio.  

23 O crescimento econômico é o melhor remédio para as doenças do desemprego e da informalidade. Mas por si só também não é suficiente para reduzir a pobreza e nem as disparidades sociais. Deve-se garantir as condições básicas de vida. Para isso é necessário investir fortemente em programas de educação e saúde (inclusive saneamento) e em políticas sociais focalizadas, mas em uma escala que tenha realmente impacto social.  

27 Como exemplo da necessidade de intervenção governamental, merece destaque a experiência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), a partir de 1998, com o programa CrediAmigo. Trata-se do único caso brasileiro de integração entre um banco público federal e o microcrédito. Embora ainda insuficiente, é a experiência que apresenta o melhor desempenho dentre todas as desenvolvidas no setor do microcrédito no Brasil.

31 Uma das principais lições do programa CrediAmigo é que uma organização com infra-estrutura física estabelecida – como a capilaridade das agências do BNB na região Nordeste –, mantendo um sistema descentralizado de monitoramento de carteiras de empréstimo, tem condições de se consolidar no setor de microcrédito, rapidamente, por alcançar logo escala operacional.

35 Isso demonstra o potencial para atuação de outros bancos públicos federais - especialmente o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Esses bancos têm escala de recursos e logística física para atender a boa parte da população mais pobre, no plano nacional. Além disso, já possuem uma tradição do processo de concessão do crédito. Poderiam fazer parcerias com cooperativas de crédito popular para os programas de microcrédito, de fato, terem impacto significativo.

 

Fernando Nogueira da Costa, in Folha de São Paulo, 08/11/01 (Compilado)

No sintagma "Como exemplo da necessidade de intervenção governamental" (Imagem 016.jpg27) encontram-se:

#30047
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Tratando-se da análise de Shumpeter sobre o processo de Desenvolvimento Econômico, é INCORRETO afirmar que:

#30046
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Entre os fatores estruturais e cíclicos que contribuíram para a reintegração dos países ditos emergentes aos fluxos de capitais dos anos 90, éINCORRETO citar: