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A questão se refere ao fragmento do conto “A Carteira”, de Machado de Assis, apresentado a seguir.
Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem de pagar amanhã uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira trazia o bojo recheado. A dívida não parece grande para um homem da posição de Honório, que advoga; mas todas as quantias são grandes ou pequenas, segundo as circunstâncias, e as dele não podiam ser piores. Gastos de família ________, a princípio por servir a parentes, e depois por agradar à mulher, que vivia aborrecida da solidão; baile daqui, jantar dali, chapéus, leques, tanta cousa mais, que não havia remédio ________ ir descontando o futuro. Endividou-se. Começou pelas contas de lojas e armazéns; passou aos empréstimos, duzentos a um, trezentos a outro, quinhentos a outro, e tudo a _______, e os bailes a darem-se, e os jantares a comerem-se, um turbilhão perpétuo, uma voragem.
Há, no texto, o emprego do termo carteira, que, no contexto em que se encontra, refere-se a uma pequena bolsa para guarda de papéis, cédulas e outros itens. Sabe-se que esse mesmo termo apresenta outros significados, a saber: 1. Documento, oficial ou não, em forma de caderneta, que contém dados pessoais ou de identificação de seu portador; 2. Caixinha de cartolina em que se acondicionam cigarros; 3. Empregada do correio para a distribuição de cartas. A essa multiplicidade de sentidos que apresenta a palavra em questão dá-se o nome de: