Processando...

Questões de Concursos | OAB | Enem | Vestibular

Limpar busca
Filtros aplicados
Banca: CONSULPAM x
#42067
Concurso
CRESS-PB
Cargo
Agente Administrativo
Banca
CONSULPAM
Matéria
Administração Geral
Tipo
Múltipla escolha
Comentários
Seja o primeiro a comentar
difícil

(1,0)

O clima é o indicador do grau de satisfação dos membros de uma empresa, em relação a diferentes aspectos da cultura ou realidade aparente da organização, tais como políticas de RH, modelo de gestão, missão da empresa, processo de comunicação, valorização profissional e identificação com a empresa. Marque o item onde NÃO temos um indicador do Clima Organizacional de uma empresa: 

#42066
Concurso
CRESS-PB
Cargo
Agente Administrativo
Banca
CONSULPAM
Matéria
Administração Geral
Tipo
Múltipla escolha
Comentários
Seja o primeiro a comentar
difícil

(1,0)

Quando uma organização assume uma vida própria, independente de seus fundadores ou qualquer de seus membros, ela adquire a imortalidade. A institucionalização opera para produzir uma compreensão comum, entre os membros da organização sobre o que é o comportamento apropriado. Partindo desta noção é que se compreende a cultura organizacional. Analise os itens a seguir sobre o tema:

I. A cultura organizacional influencia as percepções, os valores e os sentimentos, tornando os comportamentos das pessoas mais semelhantes entre si.

II. Para começarmos a compreender uma organização necessitamos, além da sua estrutura, estudar também os seus processos psicossociais dentro do contexto cultural específico onde eles ocorrem. A análise da cultura da organização é, portanto, um requisito essencial para a compreensão do comportamento das pessoas que nela trabalham.

III. Uma forte cultura organizacional oferece aos funcionários uma compreensão clara da maneira como as coisas são feitas. Ela oferece estabilidade à organização. Toda organização tem uma cultura e que, dependendo de sua força, pode ter uma influência significativa sobre o comportamento e as atitudes de seus membros. 

IV. Podemos concluir que a cultura organizacional produz comportamentos funcionais que contribuem para que se alcancem as metas da organização. É também uma fonte de comportamentos desajustados que produzem efeitos adversos ao sucesso da organização.

Analisados os itens, é CORRETO afirmar que:

#42065
Concurso
CRESS-PB
Cargo
Agente Administrativo
Banca
CONSULPAM
Matéria
Administração Geral
Tipo
Múltipla escolha
Comentários
Seja o primeiro a comentar
difícil

(1,0)

Toda entidade pública, escritório, comércio ou empresa exige um profissional que saiba bem as diversas ROTINAS administrativas. Exigindo assim um profissional capaz de atender prontamente com habilidade e competência qualquer departamento da empresa. Em Relação às rotinas administrativas marque o item CORRETO: 

#42064
Concurso
CRESS-PB
Cargo
Agente Administrativo
Banca
CONSULPAM
Matéria
Administração Geral
Tipo
Múltipla escolha
Comentários
Seja o primeiro a comentar
difícil

(1,0)

Em relação à Ética Profissional, marque o item INCORRETO:

#42063
Concurso
CRESS-PB
Cargo
Agente Administrativo
Banca
CONSULPAM
Matéria
Administração Geral
Tipo
Múltipla escolha
Comentários
Seja o primeiro a comentar
difícil

(1,0)

Cartório é a designação geral dada ao local onde atuam os serventuários públicos que têm a missão de redigir e registrar documentos, atribuindo-lhes autenticidade. Em relação aos cartórios é INCORRETO afirmar que: 

#42062
Concurso
CRESS-PB
Cargo
Agente Adminstrativo
Banca
CONSULPAM
Matéria
Português
Tipo
Múltipla escolha
Comentários
Seja o primeiro a comentar
difícil

(1,0)

Assinale a alternativa em que o uso do hífen foi empregado CORRETAMENTE em todas as palavras: 

#42061
Concurso
CRESS-PB
Cargo
Agente Adminstrativo
Banca
CONSULPAM
Matéria
Português
Tipo
Múltipla escolha
Comentários
Seja o primeiro a comentar
difícil

(1,0)

“Beber é mal, mas é muito bom". (Millôr Fernandes)

O efeito de sentido da frase acima se deve a uma relação de: 

#42060
Concurso
CRESS-PB
Cargo
Agente Adminstrativo
Banca
CONSULPAM
Matéria
Português
Tipo
Múltipla escolha
Comentários
Seja o primeiro a comentar
difícil

(1,0)

ANO 1595:

“Oh, meu amado Romeu, escrevo para informar-te que recebi tua formosa carta e que ela me deixou sem palavras.”

ANO 2014:

“Ok” 

 

Sobre a frase “Oh, meu amado Romeu, escrevo para informar-te que recebi a tua formosa carta e que ela me deixou sem palavras”, é possível AFIRMAR:

#42059
Concurso
CRESS-PB
Cargo
Agente Adminstrativo
Banca
CONSULPAM
Matéria
Português
Tipo
Múltipla escolha
Comentários
Seja o primeiro a comentar
difícil

(1,0)

ANO 1595:

“Oh, meu amado Romeu, escrevo para informar-te que recebi tua formosa carta e que ela me deixou sem palavras.”

ANO 2014:

“Ok” 

 

A produção de sentido do texto se dá, sobretudo:

#42058
Concurso
CRESS-PB
Cargo
Agente Adminstrativo
Banca
CONSULPAM
Matéria
Português
Tipo
Múltipla escolha
Comentários
Seja o primeiro a comentar
difícil

(1,0)

ANO 1595:

“Oh, meu amado Romeu, escrevo para informar-te que recebi tua formosa carta e que ela me deixou sem palavras.”

ANO 2014:

“Ok” 

 

Sobre o texto , assinale a sequência CORRETA de Verdadeiro (V) ou Falso (F): 

I- É um texto totalmente desconexo, principalmente por pertencer a contexto histórico diferente. 

II- Aborda a temática amorosa. 

III- Adota a linguagem satírica e jocosa.

#42057
Concurso
CRESS-PB
Cargo
Agente Adminstrativo
Banca
CONSULPAM
Matéria
Português
Tipo
Múltipla escolha
Comentários
Seja o primeiro a comentar
difícil

(1,0)

Com base nos conectivos do Texto, aponte a associação INCORRETA.

Sem dor e sem culpa


   No Brasil, a cesariana virou praxe, em vez de exceção, pelas mãos dos médicos que atendem convênios, nos quais a remuneração é a mesma para os dois procedimentos, com a diferença de que a cesárea leva meia hora e o parto normal pode ocupar um dia inteiro. As pacientes, claro, adoraram a ideia de um parto sem dor antes e durante (ainda que um pouco mais dolorido depois), com data marcada e ainda a vantagem de preservar o aparelho genital. Apesar de seu primeiro parto não ter sido particularmente prolongado, a dentista paulistana Carla Pereira, 36 anos, não esqueceu as dores excruciantes que sentiu para dar à luz Mateus, hoje com 12 anos. Há quatro anos, teve o segundo filho, Tomás, por cesariana (opção do médico – houve complicações no parto) e não sentiu nada. "Se soubesse que era tão rápido e confortável, nunca teria tido um filho pela via normal", afirma agora. "Essa história de que a dor do parto enobrece só pode ter sido inventada por um homem, que não tem a menor noção do que se trata." 

   Experiências como a de Carla ajudam a aumentar ainda mais o número de cesáreas na camada, ainda minoritária, das pessoas que dispõem de convênios de saúde ou podem pagar hospital do próprio bolso. A ideia de ter filhos sem dor (e cada vez menos culpa, diante da "conversão" dos profissionais mais renitentes) tem um apelo tão avassalador para as mães brasileiras que a cirurgia é usada em 80% a 90% dos partos fora da rede pública. Antes, as vantagens da cesariana eram contrabalançadas pelas desvantagens: anestesia, corte, dor no pós-parto, mulheres encurvadas caminhando devagarinho, encolhidas, pelos corredores da maternidade. As futuras mães que pediam o parto cirúrgico eram consideradas mimadas, imaturas, despreparadas até para os imensos sacrifícios exigidos pela maternidade. Com os progressos médicos, as desvantagens diminuíram e as parturientes se entusiasmaram. "Uma amiga conta para a outra e essa propaganda boca-a-boca está derrubando conceitos arraigados da nossa cultura judaico-cristã", observa o obstetra carioca Elias Andreatto. "Durante séculos, as mulheres sofreram para ter filhos como uma forma de se redimir do pecado original. Mas, com tudo o que a ciência oferece hoje, ninguém está mais disposto a sofrer à toa." O primeiro caso de que se tem notícia do uso de algum tipo de analgésico para diminuir a dor do parto beneficiou uma rainha: em meados do século XIX, Vitória, da Inglaterra, cheirou clorofórmio para dar à luz a princesa Beatriz. "Provavelmente, ela só teve coragem de driblar a dor porque era rainha", comenta Andreatto. "Se fosse plebeia, teria sido crucificada."

(Disponível em http://veja.abril.com.br/020501/p_060.html)

 


#42056
Concurso
CRESS-PB
Cargo
Agente Adminstrativo
Banca
CONSULPAM
Matéria
Português
Tipo
Múltipla escolha
Comentários
Seja o primeiro a comentar
difícil

(1,0)

 

A Importância de se expressar com cuidado

 

 

      Num debate promovido com um psicanalista da velha guarda, um jovem se aproxima do microfone localizado na plateia e, timidamente, se apresenta:

      - Boa noite. Eu tenho uma condição rara, que, honestamente, desconheço já ter sido identificada pelos profissionais de saúde mental. É algo com o qual tenho sido obrigado a conviver desde a infância; antes, achava que era condicionamento por ter pais autoritários, mas hoje vejo que é algo mais grave.

      O rapaz engoliu em seco, nervoso, e prosseguiu:

      - Eu não consigo me negar a seguir ordens. Quando alguém – qualquer pessoa – me manda fazer algo, eu… faço. Querendo ou não. “Pule na piscina segurando seu laptop”. Eu pulo. “Dê um tapa na cara do professor”. Eu dou. “Tire as roupas e corra pelo campus”. Eu tiro e corro.

      Outra pausa enquanto o sujeito tenta conter as lágrimas que obviamente lutam para sair.

      - Isso tem me feito evitar o convívio social. Fujo das pessoas, de relacionamentos, de amores. Até mesmo de minha família. Tenho pavor que descubram minha condição, pois sempre há alguém que acha divertido usá-la de maneira brincalhona, como se não fizesse mal algum me forçar a fazer o que não quero. “Busque um copo de água no apartamento 201 do prédio ao lado”. Eles acham hilário; eu desejo morrer durante todo o caminho. Até mesmo a Internet é território proibido para mim, já que cada “clique aqui” que leio representa minutos e minutos perdidos. Instalar o mais tolo dos softwares é um inferno; na tela que me instrui ler o “contrato de uso”, paro para vasculhar todas as cláusulas antes de clicar em “Concordo”. Em resumo: todos determinam o que eu devo fazer, menos eu. E é por isso que comecei a considerar o suicídio e a me preparar para isso. Ontem à noite, quase me matei, mas, com o revólver já na boca, vi pelo canto dos olhos, quase por acidente, o anúncio deste evento hoje. Foi quase… um recado divino. Um milagre. Um sopro inesperado de esperança.

      Um suspiro profundo, cansado, ecoou pelas caixas de som do auditório lotado.

      - E foi por isso que vim aqui hoje. Sei que o senhor é um psicanalista respeitado em todo o país, que é um acadêmico devotado e que demonstra compaixão por seus pacientes. Não tem medo de desafios e não julga aqueles que o procuram em busca de ajuda. Estou ciente de que o objetivo do debate não é este, que não está aqui para fazer consultas públicas, mas… estou desesperado. Já não aguento mais. Simplesmente não aguento. Então… – e o esgotado rapaz respirou ofegante, quase temeroso, antes de emendar: – … eu posso fazer uma pergunta direta sobre tudo isso?

      O velho psicanalista ajeitou os óculos sobre o nariz e, claramente compadecido, respondeu com carinho e um sorriso que buscava deixar o frágil jovem à vontade:

      - Claro, meu jovem. Manda bala.

      Foram suas últimas palavras.

(Disponível em:http://www4.cinemaemcena.com.br/diariodebordo/?p=2076)

 

Consoante ao Novo Acordo Ortográfico vigente (em vigor desde 2009 e obrigatório a partir de 2016), na sequência de versos “As cartas de amor, se há amor/Têm de ser/ ridículas” (texto 1), o vocábulo TÊM está grafado: 

#42055
Concurso
CRESS-PB
Cargo
Agente Adminstrativo
Banca
CONSULPAM
Matéria
Português
Tipo
Múltipla escolha
Comentários
Seja o primeiro a comentar
difícil

(1,0)

A Importância de se expressar com cuidado


      Num debate promovido com um psicanalista da velha guarda, um jovem se aproxima do microfone localizado na plateia e, timidamente, se apresenta:

      - Boa noite. Eu tenho uma condição rara, que, honestamente, desconheço já ter sido identificada pelos profissionais de saúde mental. É algo com o qual tenho sido obrigado a conviver desde a infância; antes, achava que era condicionamento por ter pais autoritários, mas hoje vejo que é algo mais grave.

      O rapaz engoliu em seco, nervoso, e prosseguiu:

      - Eu não consigo me negar a seguir ordens. Quando alguém – qualquer pessoa – me manda fazer algo, eu… faço. Querendo ou não. “Pule na piscina segurando seu laptop”. Eu pulo. “Dê um tapa na cara do professor”. Eu dou. “Tire as roupas e corra pelo campus”. Eu tiro e corro.

      Outra pausa enquanto o sujeito tenta conter as lágrimas que obviamente lutam para sair.

      - Isso tem me feito evitar o convívio social. Fujo das pessoas, de relacionamentos, de amores. Até mesmo de minha família. Tenho pavor que descubram minha condição, pois sempre há alguém que acha divertido usá-la de maneira brincalhona, como se não fizesse mal algum me forçar a fazer o que não quero. “Busque um copo de água no apartamento 201 do prédio ao lado”. Eles acham hilário; eu desejo morrer durante todo o caminho. Até mesmo a Internet é território proibido para mim, já que cada “clique aqui” que leio representa minutos e minutos perdidos. Instalar o mais tolo dos softwares é um inferno; na tela que me instrui ler o “contrato de uso”, paro para vasculhar todas as cláusulas antes de clicar em “Concordo”. Em resumo: todos determinam o que eu devo fazer, menos eu. E é por isso que comecei a considerar o suicídio e a me preparar para isso. Ontem à noite, quase me matei, mas, com o revólver já na boca, vi pelo canto dos olhos, quase por acidente, o anúncio deste evento hoje. Foi quase… um recado divino. Um milagre. Um sopro inesperado de esperança.

      Um suspiro profundo, cansado, ecoou pelas caixas de som do auditório lotado.

      - E foi por isso que vim aqui hoje. Sei que o senhor é um psicanalista respeitado em todo o país, que é um acadêmico devotado e que demonstra compaixão por seus pacientes. Não tem medo de desafios e não julga aqueles que o procuram em busca de ajuda. Estou ciente de que o objetivo do debate não é este, que não está aqui para fazer consultas públicas, mas… estou desesperado. Já não aguento mais. Simplesmente não aguento. Então… – e o esgotado rapaz respirou ofegante, quase temeroso, antes de emendar: – … eu posso fazer uma pergunta direta sobre tudo isso?

      O velho psicanalista ajeitou os óculos sobre o nariz e, claramente compadecido, respondeu com carinho e um sorriso que buscava deixar o frágil jovem à vontade:

      - Claro, meu jovem. Manda bala.

      Foram suas últimas palavras.

(Disponível em:http://www4.cinemaemcena.com.br/diariodebordo/?p=2076)

 

Assinale a opção em que a reelaboração do enunciado: “Isso tem me feito evitar o convívio social. Fujo das pessoas, de relacionamentos, de amores. Até mesmo de minha família." NÃO interfere na interpretação do excerto original.

 

 

#42054
Concurso
CRESS-PB
Cargo
Agente Adminstrativo
Banca
CONSULPAM
Matéria
Português
Tipo
Múltipla escolha
Comentários
Seja o primeiro a comentar
difícil

(1,0)

A Importância de se expressar com cuidado


      Num debate promovido com um psicanalista da velha guarda, um jovem se aproxima do microfone localizado na plateia e, timidamente, se apresenta:

      - Boa noite. Eu tenho uma condição rara, que, honestamente, desconheço já ter sido identificada pelos profissionais de saúde mental. É algo com o qual tenho sido obrigado a conviver desde a infância; antes, achava que era condicionamento por ter pais autoritários, mas hoje vejo que é algo mais grave.

      O rapaz engoliu em seco, nervoso, e prosseguiu:

      - Eu não consigo me negar a seguir ordens. Quando alguém – qualquer pessoa – me manda fazer algo, eu… faço. Querendo ou não. “Pule na piscina segurando seu laptop”. Eu pulo. “Dê um tapa na cara do professor”. Eu dou. “Tire as roupas e corra pelo campus”. Eu tiro e corro.

      Outra pausa enquanto o sujeito tenta conter as lágrimas que obviamente lutam para sair.

      - Isso tem me feito evitar o convívio social. Fujo das pessoas, de relacionamentos, de amores. Até mesmo de minha família. Tenho pavor que descubram minha condição, pois sempre há alguém que acha divertido usá-la de maneira brincalhona, como se não fizesse mal algum me forçar a fazer o que não quero. “Busque um copo de água no apartamento 201 do prédio ao lado”. Eles acham hilário; eu desejo morrer durante todo o caminho. Até mesmo a Internet é território proibido para mim, já que cada “clique aqui” que leio representa minutos e minutos perdidos. Instalar o mais tolo dos softwares é um inferno; na tela que me instrui ler o “contrato de uso”, paro para vasculhar todas as cláusulas antes de clicar em “Concordo”. Em resumo: todos determinam o que eu devo fazer, menos eu. E é por isso que comecei a considerar o suicídio e a me preparar para isso. Ontem à noite, quase me matei, mas, com o revólver já na boca, vi pelo canto dos olhos, quase por acidente, o anúncio deste evento hoje. Foi quase… um recado divino. Um milagre. Um sopro inesperado de esperança.

      Um suspiro profundo, cansado, ecoou pelas caixas de som do auditório lotado.

      - E foi por isso que vim aqui hoje. Sei que o senhor é um psicanalista respeitado em todo o país, que é um acadêmico devotado e que demonstra compaixão por seus pacientes. Não tem medo de desafios e não julga aqueles que o procuram em busca de ajuda. Estou ciente de que o objetivo do debate não é este, que não está aqui para fazer consultas públicas, mas… estou desesperado. Já não aguento mais. Simplesmente não aguento. Então… – e o esgotado rapaz respirou ofegante, quase temeroso, antes de emendar: – … eu posso fazer uma pergunta direta sobre tudo isso?

      O velho psicanalista ajeitou os óculos sobre o nariz e, claramente compadecido, respondeu com carinho e um sorriso que buscava deixar o frágil jovem à vontade:

      - Claro, meu jovem. Manda bala.

      Foram suas últimas palavras.

(Disponível em:http://www4.cinemaemcena.com.br/diariodebordo/?p=2076)

 

Na expressão “Ontem à noite, quase me matei..." O termo em destaque é:

#42053
Concurso
CRESS-PB
Cargo
Agente Adminstrativo
Banca
CONSULPAM
Matéria
Português
Tipo
Múltipla escolha
Comentários
Seja o primeiro a comentar
difícil

(1,0)

A Importância de se expressar com cuidado


      Num debate promovido com um psicanalista da velha guarda, um jovem se aproxima do microfone localizado na plateia e, timidamente, se apresenta:

      - Boa noite. Eu tenho uma condição rara, que, honestamente, desconheço já ter sido identificada pelos profissionais de saúde mental. É algo com o qual tenho sido obrigado a conviver desde a infância; antes, achava que era condicionamento por ter pais autoritários, mas hoje vejo que é algo mais grave.

      O rapaz engoliu em seco, nervoso, e prosseguiu:

      - Eu não consigo me negar a seguir ordens. Quando alguém – qualquer pessoa – me manda fazer algo, eu… faço. Querendo ou não. “Pule na piscina segurando seu laptop”. Eu pulo. “Dê um tapa na cara do professor”. Eu dou. “Tire as roupas e corra pelo campus”. Eu tiro e corro.

      Outra pausa enquanto o sujeito tenta conter as lágrimas que obviamente lutam para sair.

      - Isso tem me feito evitar o convívio social. Fujo das pessoas, de relacionamentos, de amores. Até mesmo de minha família. Tenho pavor que descubram minha condição, pois sempre há alguém que acha divertido usá-la de maneira brincalhona, como se não fizesse mal algum me forçar a fazer o que não quero. “Busque um copo de água no apartamento 201 do prédio ao lado”. Eles acham hilário; eu desejo morrer durante todo o caminho. Até mesmo a Internet é território proibido para mim, já que cada “clique aqui” que leio representa minutos e minutos perdidos. Instalar o mais tolo dos softwares é um inferno; na tela que me instrui ler o “contrato de uso”, paro para vasculhar todas as cláusulas antes de clicar em “Concordo”. Em resumo: todos determinam o que eu devo fazer, menos eu. E é por isso que comecei a considerar o suicídio e a me preparar para isso. Ontem à noite, quase me matei, mas, com o revólver já na boca, vi pelo canto dos olhos, quase por acidente, o anúncio deste evento hoje. Foi quase… um recado divino. Um milagre. Um sopro inesperado de esperança.

      Um suspiro profundo, cansado, ecoou pelas caixas de som do auditório lotado.

      - E foi por isso que vim aqui hoje. Sei que o senhor é um psicanalista respeitado em todo o país, que é um acadêmico devotado e que demonstra compaixão por seus pacientes. Não tem medo de desafios e não julga aqueles que o procuram em busca de ajuda. Estou ciente de que o objetivo do debate não é este, que não está aqui para fazer consultas públicas, mas… estou desesperado. Já não aguento mais. Simplesmente não aguento. Então… – e o esgotado rapaz respirou ofegante, quase temeroso, antes de emendar: – … eu posso fazer uma pergunta direta sobre tudo isso?

      O velho psicanalista ajeitou os óculos sobre o nariz e, claramente compadecido, respondeu com carinho e um sorriso que buscava deixar o frágil jovem à vontade:

      - Claro, meu jovem. Manda bala.

      Foram suas últimas palavras.

(Disponível em:http://www4.cinemaemcena.com.br/diariodebordo/?p=2076)

 

NÃO é uma característica do gênero apresentado: