Processando...

Questões comentadas Prefeitura de Aparecida de Goiânia-GO de Pedagogia | 25204

#25204
Banca
. Bancas Diversas
Matéria
Pedagogia
Concurso
Prefeitura de Aparecida de Goiânia-GO
Tipo
Múltipla escolha
fácil

(1,0) 1 - 

“É preciso retirar as disciplinas científicas de suas torres de marfim e deixá-las impregnar-se da vida cotidiana, sem que isso pressuponha, de forma alguma, renunciar às elaborações teóricas imprescindíveis para o avanço da ciência.” (Montserrat Moreno, 1997

A citação de Moreno apresenta uma reflexão crítica acerca daquilo que é ensinado nos currículos. Ao mesmo tempo, a expressão “impregnar-se da vida cotidiana” significa a necessidade do ensino incorporar uma dimensão

Comentários da questão

  • - 26/09/2013 às 20:44

    [...] contextos reais nos quais as noções a ensinar adquiram um significado, contextos que não sejam absurdos, mas que tenham um sentido não só para os adultos, mas também para a criança que queremos que maneje os conceitos. [...] Os temas transversais introduzem na escola esta problemática mais ligada ao cotidiano (MORENO, 1998, p. 48-49).

    A partir de tais ideias, apresentaremos a seguir o pensamento complexo, que dá sustentação aos princípios da transversalidade, na medida em que ajuda a romper com as dicotomias que frequentemente se interpõem no trabalho com os temas transversais na escola.

  • - 26/09/2013 às 20:43

    É preciso retirar as disciplinas científicas de suas torres de marfim e deixá-las impregnar-se de vida cotidiana, sem que isto pressuponha, de forma alguma, renunciar às elaborações teóricas imprescindíveis para o avanço da ciência. Se considerarmos que estas duas coisas se contrapõem, estaremos participando de uma visão limitada, que nos impede contemplar a realidade de múltiplos pontos de vista. (MORENO, 1998, p. 35).

    Ao impregnar as disciplinas curriculares de vida promove-se a aproximação entre o científico e o cotidiano, o que ajuda a superar uma antiga dicotomia herdada da sociedade grega e do pensamento cartesiano (PÁTARO, 2008, 2012). Além disso, se considerarmos que as aprendizagens escolares relacionadas às diferentes disciplinas curriculares não se destinam à formação de especialistas (MORENO, 1998), temos que o estudo dessas disciplinas não pode ser considerado como uma finalidade em si mesma, mas sim meios para atingir outras finalidades (como a formação intelectual, o desenvolvimento de capacidades de leitura, escrita e de adquirir novos conhecimentos, que precisam ser úteis também fora do âmbito escolar). Assim, o vínculo que se cria entre o estudo das disciplinas curriculares e os temas transversais ajuda a atribuir sentido às aprendizagens escolares. Como nos mostra Pátaro (2008, 2011, 2012), na perspectiva de transversalidade o estudo das matérias curriculares continua sendo importante, mas, ao invés de serem estudadas como um fim em si mesmas, transformam-se em ferramentas para a formação ética, considerando o estudo de problemáticas ataias que tentam conectar a escola com a vida das pessoas. O que se busca, como veremos mais adiante, é o equilíbrio entre dois eixos importantes da educação: a instrução (que ocorre a partir das matérias curriculares) e a formação humana (a partir do trabalho com ética e valores proporcionado pelas temáticas transversais).
    Portanto, em um ensino transversal a educação volta-se ao estudo de temáticas que abordam problemáticas sociais, como o respeito ao ambiente ou a igualdade de direitos entre homens e mulheres. Em outras palavras, as temáticas transversais são assuntos de relevância social. No entanto, é importante destacar que:

    [...] as temáticas transversais não são novos campos disciplinares e sim áreas de conhecimento que atravessam os campos disciplinares. Nesse sentido, a metáfora que lhe representa pode assumir outras formas geométricas, como a do rizoma, ou a das redes neurais [...] (ARAÚJO, 2003, p. 29).

    Além disso, a transversalidade “refere-se a temáticas contextualizadas nos interesses e necessidades da maioria das pessoas, e não a conteúdos de natureza científica ou de interesse de pequenas parcelas da população” (ARAÚJO, 2003, p. 29).