diegomoreira - 04/04/2013 às 12:42
147. O custo do estoque de segurança deve ser calculado usando-se os juros
correspondentes à imobilização de capital necessário para mantê-lo, sendo,
nesse caso, desnecessário considerar custos de armazenagem, seguro,
depreciação.
Recurso:
Todavia, o comando está errado ao afirmar de forma definitiva ser desnecessário
considerar custos de armazenagem, seguro e depreciação para o cálculo do custo do
estoque de segurança.
O assunto objeto da questão é tratado por Marco Aurélio P. Dias, em Administração de
Materiais, Princípios, Conceitos e Gestão, 2009, 6ª edição, página 301, onde o autor
lembra que o estoque de segurança tem um custo que “pode” ser calculado usando-se
os juros correspondentes à imobilização do capital necessário para mantê-lo.
Na página 302 o autor ressalta que este cálculo é altamente favorável à empresa,
porque não se está levando em consideração outros custos, como armazenagem,
seguro, deterioração, depreciação, etc.
Cabe notar que o autor não diz ser desnecessário levar em conta os demais custos,
mas que esses custos, naquele cálculo, não estão sendo considerados. Ou seja, os
demais custos existem, mas foram deixados de lado naquela metodologia de cálculo.
O comando 147 é categórico ao afirmar que o custo de segurança deve ser calculado
usando-se somente os juros correspondentes à imobilização do capital, afirmando de
forma decisiva e fechada ser desnecessário considerar custos de armazenagem,
seguro e depreciação.
Segundo o Aurélio, 1ª edição, “dever” significa “ter a obrigação de”. Dessa forma, de
acordo com os termos da questão 147, o custo do estoque de segurança teria que ser
sempre calculado obrigatoriamente daquela maneira.
De forma diferente, o autor (Dias – 2009) afirma que o cálculo pode ser feito da forma
descrita no comando. Perceba-se que é utilizado o verbo “poder”, que segundo
Aurélio, 1ª edição, significa: 1. Ter a faculdade de; 2. Ter a possibilidade de.
O uso da palavra “poder” mostra que existe a possibilidade de o cálculo ser feito
daquela maneira ao contrário da palavra “dever” que considera ser obrigatório calcular
daquele jeito.
Sendo assim, considerando que o autor (Dias – 2009) diz haver a possibilidade de ser
feito o cálculo de acordo com os termos da questão e não a obrigatoriedade de ser
realizado daquela forma solicito adotar os procedimentos que se fizerem necessários
para alterar o gabarito inicial de certo para errado.