Rio de Janeiro, Brasil, 22/8/2012 – Um novo sistema para calcular quanto gás de efeito estufa produz o desmatamento da Amazônia brasileira chega no momento oportuno para medir as consequências que terá a reforma do Código Florestal. O novo sistema de cálculo via satélite otimiza o controle estatal das florestas.
As emissões de dióxido de carbono causadas pelo desmatamento da Amazônia brasileira caíram 57% entre 2004 e 2011, devido à redução do desmatamento, segundo dados divulgados no dia 10 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com sede em São José dos Campos, no Estado de São Paulo. No mesmo período, o desmatamento amazônico registrou queda de 78%.
O corte ilegal da selva amazônica atingiu seu ponto máximo em 2004, quando foram eliminados 27,7 mil quilômetros quadrados de florestas. Contudo, em 2011, foram perdidos apenas 6,4 mil quilômetros quadrados, segundo o Inpe, pelo reforço da vigilância sobre os que desmatam, os incêndios florestais e o uso inadequado do solo, entre outras causas.
No ano passado, a região amazônica liberou 401 megatoneladas de dióxido de carbono contra 953 megatoneladas em 2004. Isto representou redução de 552 megatoneladas desse gás-estufa lançadas na atmosfera, afirmou o Inpe. Os dados foram obtidos a partir do sistema Inpe-Em (Emissão Modelo) que, segundo explicou à IPS Jean Ometto, coautor do estudo, contempla novos elementos que tornam o cálculo mais “representativo”.
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