Enem 2024: mudanças
Enem 2024: mudanças
Entre as mudanças exame deixará de ter só questões de múltipla escolha e redação!
Em março deste ano, o Ministério da Educação (MEC) divulgou as principais mudanças que deverão ocorrer no Enem a partir de 2024. O exame passará a ter uma primeira prova voltada para conhecimentos previstos na BNCC e redação e uma segunda, voltada para a formação específica que os estudantes receberão no ensino médio.
O Exame deve continuar ocorrendo em dois dias. No primeiro, os estudantes serão submetido a questões que tenham como referência a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Para o segundo dia, os candidatos escolherão entre quatro opções de blocos curriculares – que combinam duas áreas acadêmicas – de acordo com o curso superior que desejam cursar.
O novo formato do Enem deverá suprir as necessidades criadas pelo novo Ensino Médio, que começou a ser aplicado neste ano e deverá estar completamente implementado até 2024.
A atual grade do Ensino Médio foi projetada a partir de dois eixos: a formação geral básica, com ênfase em Língua Portuguesa e Matemática, que todos os alunos terão em comum, e os Itinerários Formativos, que os estudantes escolhem conforme suas aptidões e pretensões futuras.
Com base nessa grade curricular, o Ministério da Educação definiu como funcionará o novo modelo do exame.
VEJA TAMBÉM
- Quais são as mudanças do Enem 2024?
- Novo ensino médio
- Próximos passos
- Curso técnico durante ensino médio poderá dar ponto extra
- Provas Enem
- Questões Enem
- Simulado Enem
Quais são as mudanças do Enem 2024?
A principal mudança do Novo Enem em relação ao modelo tradicional da prova é que, além de haver as questões objetivas, ou seja, de múltipla escolha, agora a prova também contará com questões discursivas e que têm relação com a área de conhecimento escolhida pelo estudante.
Desse modo, o candidato que realizar o Enem em 2024 estará respondendo questões relacionadas à área de conhecimento do curso que pretende ingressar na universidade.
Além disso, poderá haver um bônus na nota daqueles alunos que tiverem feito o curso técnico integrado ao ensino médio.
Novo ensino médio
O Novo Ensino Médio é um modelo de aprendizagem por áreas de conhecimento que permitirá ao jovem optar por uma formação técnica e profissionalizante. Ao final do ensino médio o aluno receberá além do certificado do ensino médio regular também o certificado do curso técnico ou profissionalizante que cursou.
O novo currículo do Ensino Médio é organizado por áreas de conhecimento e não por matérias e será composta por 4 áreas de conhecimento mais 1 de formação Técnica e Profissional.
Na nova estrutura, até 1.800 horas da carga horária contemplam habilidades e competências relacionadas às 04 áreas do conhecimento. São eles: Matemáticas e suas Tecnologias; Linguagens e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; E, no mínimo, 1.200 horas são flexíveis e ficarão reservados para a Formação Técnica e Profissional.
As principais mudanças do Novo Ensino Médio são o aumento da carga horária dos estudantes, a adoção de uma base comum curricular e a escolha dos itinerários formativos por parte do aluno.
Próximos passos
Para que isso se torne realidade, segundo a socióloga e professora aposentada da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Maria Helena Guimarães de Castro, algumas medidas do Inep são necessárias e urgentes, como a divulgação das matrizes que guiarão a elaboração das futuras provas. Maria Helena foi secretária executiva do MEC e presidente do CNE. Ela foi a relatora do parecer que propõe as mudanças necessárias para o novo Enem.
As escolas públicas e privadas tiveram até 2022 para ampliar a carga horária das aulas de 800 para 1.000 horas anuais. O antigo ensino médio somava 2.400 horas nos três anos, isto é, 800 horas por ano. Agora, serão três mil horas de aulas no período ao longo dos três anos.
O MEC alterou a carga horária para reduzir a evasão escolar e melhorar a qualidade da educação que chega aos alunos. A medida é parte do Compromisso Nacional pela Educação Básica que pretende tornar Brasil referência em educação básica na América Latina até 2030.
Curso técnico durante ensino médio poderá dar ponto extra
Quem cursa o Ensino Médio pode, inclusive, fazer um curso desse tipo.
O Ministério da Educação indica que não é necessário ter Ensino Médio completo para fazer um curso técnico. Eles podem ser feitos ao mesmo tempo, porém, para conseguir o diploma de conclusão do curso técnico, é preciso antes finalizar o Ensino Médio.
Foi acrescentado a presença de um “bônus” de nota para os alunos que fizeram curso técnico junto ao ensino médio. A justificativa do MEC é a impossibilidade de fazer uma prova para cada um dos cursos técnicos oferecidos em todo o país.
Neste caso, o bônus será definido a partir da aderência da formação técnica com o curso superior almejado.