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1. Texto da questão (clique para ver)

   Simulado SEDU-ES | Professor – Língua Portuguesa 1

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                                            Medo da eternidade

   Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.

   Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.

   Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:

   − Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.

   − Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa.

   − Não acaba nunca, e pronto.

   Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta.

   Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.

   − E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.

   − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.

   Perder a eternidade? Nunca.

   O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.

   − Acabou-se o docinho. E agora?

   − Agora mastigue para sempre.

   Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito.

   Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.

   Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.

   − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!

   − Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.

   Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.

   Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

   06 de junho de 1970

   (LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91)

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(1,0)

Um dos elementos mais importantes na organização do texto de Clarice Lispector é o advérbio de tempo, como o que se encontra grifado em:

I. Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. (1°parágrafo)

II. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta. (7° parágrafo)

III. – E agora que é que eu faço? – perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. (9° parágrafo)

IV. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. (16° parágrafo)

Atende ao enunciado APENAS o que consta de

1. Texto da questão (clique para ver)

   Simulado SEDU-ES | Professor – Língua Portuguesa 1

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                                            Medo da eternidade

   Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.

   Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.

   Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:

   − Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.

   − Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa.

   − Não acaba nunca, e pronto.

   Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta.

   Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.

   − E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.

   − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.

   Perder a eternidade? Nunca.

   O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.

   − Acabou-se o docinho. E agora?

   − Agora mastigue para sempre.

   Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito.

   Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.

   Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.

   − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!

   − Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.

   Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.

   Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

   06 de junho de 1970

   (LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91)

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Identifica-se relação de causa e consequência entre estes dois segmentos do texto:

1. Texto da questão (clique para ver)

   Simulado SEDU-ES | Professor – Língua Portuguesa 1

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                                            Medo da eternidade

   Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.

   Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.

   Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:

   − Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.

   − Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa.

   − Não acaba nunca, e pronto.

   Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta.

   Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.

   − E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.

   − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.

   Perder a eternidade? Nunca.

   O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.

   − Acabou-se o docinho. E agora?

   − Agora mastigue para sempre.

   Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito.

   Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.

   Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.

   − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!

   − Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.

   Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.

   Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

   06 de junho de 1970

   (LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91)

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E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários. (10° parágrafo)

No trecho acima, retirado de uma das falas da irmã da autora, o segmento grifado poderia ser substituído corretamente por:

1. Texto da questão (clique para ver)

   Simulado SEDU-ES | Professor – Língua Portuguesa 1

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                                            Medo da eternidade

   Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.

   Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.

   Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:

   − Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.

   − Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa.

   − Não acaba nunca, e pronto.

   Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta.

   Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.

   − E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.

   − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.

   Perder a eternidade? Nunca.

   O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.

   − Acabou-se o docinho. E agora?

   − Agora mastigue para sempre.

   Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito.

   Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.

   Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.

   − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!

   − Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.

   Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.

   Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

   06 de junho de 1970

   (LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91)

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Parei um instante na rua, perplexa. (5° parágrafo)

Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. (7°parágrafo)

– E agora que é que eu faço? – perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. (9° parágrafo)

As palavras grifadas nessas frases assumem no texto, respectivamente, o sentido de:

1. Texto da questão (clique para ver)

   Simulado SEDU-ES | Professor – Língua Portuguesa 1

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                                            Medo da eternidade

   Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.

   Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.

   Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:

   − Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.

   − Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa.

   − Não acaba nunca, e pronto.

   Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta.

   Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.

   − E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.

   − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.

   Perder a eternidade? Nunca.

   O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.

   − Acabou-se o docinho. E agora?

   − Agora mastigue para sempre.

   Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito.

   Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.

   Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.

   − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!

   − Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.

   Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.

   Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

   06 de junho de 1970

   (LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91)

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As expressões reino de histórias de príncipes e fadas, elixir do longo prazer e milagre (7°parágrafo) são mobilizadas pela autora para

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De acordo com as características da tendência pedagógica construtivista, também contem porânea no cenário da educação física escolar brasileira, julgue o seguinte item.

As atividades físicas devem ser preparadas para a aquisição de padrões culturais de movimento a fim de facilitar a manifestação de esquemas motores.

(1,0)

Metodologias em basadas no ensino aberto têm como características as possibilidades de codecisão vivenciadas, quando os alunos participam também das decisões em relação aos objetivos, conteúdos e avaliações. Em outras palavras, nessas tomadas de decisão, o aluno como sujeito ativo com partilha efetivamente da elaboração do program a de ensino.

A partir do texto acima, julgue o item subsequente.

O ensino aberto é centrado em escola, aluno, professor e conteúdo, que interagem, constantemente, no processo ensino-aprendizagem. 

(1,0)

As raízes históricas da cultura corporal do ocidente estão inter-relacionadas aos ideais da formação do homem grego. Pensar o nosso passado é, ao mesmo tempo, pensar também a influência marcante da cultura grega. Com base nas ideias de Platão — um dos mais influentes filósofos dessa época — a respeito desse assunto, julgue o item a seguir.

A ginástica tinha objetivos relacionados à saúde e às finalidades militares.

(1,0)

As raízes históricas da cultura corporal do ocidente estão inter-relacionadas aos ideais da formação do homem grego. Pensar o nosso passado é, ao mesmo tempo, pensar também a influência marcante da cultura grega. Com base nas ideias de Platão — um dos mais influentes filósofos dessa época — a respeito desse assunto, julgue o item a seguir.

A ginástica era relacionada à medicina pela aprendizagem de noções de higiene e pela filosofia que levava à reflexão social. 

(1,0)

A partir do paradigma da complexidade, a compreensão do processo pelo qual se dá a tomada do poder sobre os corpos na escola deve ser uma inquietação importante em educação e, em especial, na educação física. Nas relações de poder que ali se transcorrem, muitas vezes o corpo tem sido usado para atender aos valores do poder dominante da ideologia de mercado. Assim, a educação é um processo que visa inculcar no indivíduo o disciplinamento do corpo que traz em si determinados valores e regras.

Tendo como referência o texto acima, julgue o item a seguir, de acordo com o paradigma da complexidade.

O corpo assim tratado na escola vivência experiências como o sentir, o tocar, e outras, pertencentes às esferas corporal e social.

(1,0)

A partir do paradigma da complexidade, a compreensão do processo pelo qual se dá a tomada do poder sobre os corpos na escola deve ser uma inquietação importante em educação e, em especial, na educação física. Nas relações de poder que ali se transcorrem, muitas vezes o corpo tem sido usado para atender aos valores do poder dominante da ideologia de mercado. Assim, a educação é um processo que visa inculcar no indivíduo o disciplinamento do corpo que traz em si determinados valores e regras.

Tendo como referência o texto acima, julgue o item a seguir, de acordo com o paradigma da complexidade.

Sob a ação da ideologia do mercado, o corpo é enquadrado e padronizado, garantindo a anulação de possibilidade da experiência corporal singular. 

(1,0)

O esporte competitivo tem fatores negativos quando nele se enfatiza o ganhar a qualquer preço e o individualismo exacerbado. Por outro lado, ele também apresenta fatores positivos. Ser competitivo pode ser um valioso recurso para atuar no mundo, pois o sentido de vencer, implícito na palavra competição, pode se referir também a superação de dificuldades, desenvolvimento da colaboração, enfim, o aprimoramento do potencial humano. A respeito do esporte competitivo, julgue o item subsequente.

O esporte competitivo é positivo quando o participante se desafia e é desafiado por outros. Ele pode também ser cooperativo.

(1,0)

As pedagogias modernas críticas de educação incluem a avaliação como um componente indispensável no entendimento do processo educativo como um todo. A avaliação é contínua e constitui-se em um instrumento diagnóstico que apoia a tomada de decisão de docentes, estudantes e escola. Tais pedagogias orientam o processo ensino-aprendizagem para situações próximas do mundo concreto, e a avaliação ocorre desde o início do período letivo e contempla questões de como, por quê e quando ela deve acontecer. Acerca da avaliação, seguindo essas pedagogias contemporâneas, julgue o próximo item.

Durante um semestre é prevista a avaliação em três momentos: no início, no meio e no fim. 

(1,0)

Nos fundamentos norteadores dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), estão a estética e a ética. O conceito de estética da sensibilidade é que deve guiar a escola valorizando a leveza, a delicadeza e a sutileza, por estimularem a com preensão não apenas do explicitado, mas também, e principalmente, do insinuado. Balizadas na estética, as aulas de educação física devem procurar o lúdico em espaços e tempos diversos integrando a diversão, alegria e senso de humor a dimensões da vida, muitas vezes afetivamente austeras nessas aulas.

O conceito de ética da identidade, por sua vez, nos PCN, substitui o conceito de moralidade dos valores abstratos da era industrial. A ética da identidade tem como finalidade a reconciliação no coração humano daquilo que o dividiu desde os primórdios da idade moderna, o mundo da moral é o mundo da matéria. Educar em educação física não é transmitir valores morais, mas criar as condições para que as identidades se constituam pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito à igualdade.

PCN (com adaptações).

A partir do texto acima, julgue o item seguinte.

Em aulas de educação física, os alunos devem ter a liberdade para fazer o que quiserem, um a vez que dessa maneira podem expressar suas emoções e transmitir vontades.

(1,0)

Nos fundamentos norteadores dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), estão a estética e a ética. O conceito de estética da sensibilidade é que deve guiar a escola valorizando a leveza, a delicadeza e a sutileza, por estimularem a com preensão não apenas do explicitado, mas também, e principalmente, do insinuado. Balizadas na estética, as aulas de educação física devem procurar o lúdico em espaços e tempos diversos integrando a diversão, alegria e senso de humor a dimensões da vida, muitas vezes afetivamente austeras nessas aulas.

O conceito de ética da identidade, por sua vez, nos PCN, substitui o conceito de moralidade dos valores abstratos da era industrial. A ética da identidade tem como finalidade a reconciliação no coração humano daquilo que o dividiu desde os primórdios da idade moderna, o mundo da moral é o mundo da matéria. Educar em educação física não é transmitir valores morais, mas criar as condições para que as identidades se constituam pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito à igualdade.

PCN (com adaptações).

A partir do texto acima, julgue o item seguinte.

A educação física, pertencente à área de linguagens, códigos e suas tecnologias, é um componente curricular interdisciplinar da cultura corporal com grande potencial de contribuição ao desenvolvimento, no ambiente escolar, da ética e da estética.