Simulado ENEM | PORTUGUÊS | ENEM
SIMULADO ENEM | PORTUGUÊS
INSTRUÇÕES DESTE SIMULADO
OBJETIVOS DO SIMULADO
Aprimorar os conhecimentos adquiridos durante os seus estudos, de forma a avaliar a sua aprendizagem, utilizando para isso as metodologias e critérios idênticos aos maiores e melhores concursos públicos do País, através de simulado para ENEM, prova do ENEM e/ou questões do ENEM.
PÚBLICO ALVO DO SIMULADO
Alunos que almejam sua aprovação no ENEM. Que desejam tirar excelentes notas na prova do ENEM deste ano.
SOBRE AS QUESTÕES DO SIMULADO
Este simulado contém questões do ENEM e da banca INEP. Estas questões são especificamente para o Aluno ENEM , contendo PORTUGUÊS que foram extraídas de provas anteriores, portanto este simulado contém os gabaritos oficiais destas provas do ENEM.
ESTATÍSTICA DO SIMULADO
O simulado ENEM | PORTUGUÊS contém um total de 20 questões com um tempo estimado de 60 minutos para sua realização. O assunto abordado é diversificado para que você possa realmente simular como esta seus conhecimentos.
RANKING DO SIMULADO
Realize este simulado até o seu final e ao conclui-lo você verá as questões que errou e acertou, seus possíveis comentários e ainda poderá ver seu DESEMPENHO perante ao dos seus CONCORRENTES. Venha participar deste Ranking do ENEM e saia na frente de todos. Veja sua nota e sua colocação e saiba se esta preparado para conseguir sua aprovação.
Bons Estudos! Simulado para o ENEM é aqui!
- #84315
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- ENEM
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(1,0) 1 -
A tecnologia está, definitivamente, presente na vida cotidiana. Seja para consultar informações, conversar com amigos e familiares ou apenas entreter, a internet e os celulares não saem das mãos e mentes das pessoas. Por esse motivo, especialistas alertam: o uso excessivo dessas ferramentas pode viciar. O problema, dizem os especialistas, é o usuário conseguir diferenciar a dependência do uso considerado normal. Hoje, a internet e os celulares são ferramentas profissionais e de estudo.
MATSUURA, S. O Globo, 10 jun. 2013 (adaptado).
O desenvolvimento da sociedade está relacionado ao avanço das tecnologias, que estabelecem novos padrões de comportamento. De acordo com o texto, o alerta dos especialistas deve-se à
- a) insegurança do usuário, em razão do grande número de pessoas conectadas às redes sociais.
- b) falta de credibilidade das informações transmitidas pelos meios de comunicação de massa.
- c) comprovação por pesquisas de que os danos ao cérebro são muito maiores do que se pode imaginar.
- d) subordinação das pessoas aos recursos oferecidos pelas novas tecnologias, a ponto de prejudicar suas vidas.
- e) possibilidade de as pessoas se isolarem socialmente, em razão do uso das novas tecnologias de comunicação.
- #84316
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(1,0) 2 -
João/Zero (Wagner Moura) é um cientista genial, mas infeliz porque há 20 anos atrás foi humilhado publicamente durante uma festa e perdeu Helena (Alinne Moraes), uma antiga e eterna paixão. Certo dia, uma experiência com um de seus inventos permite que ele faça uma viagem no tempo, retornando para aquela época e podendo interferir no seu destino. Mas quando ele retorna, descobre que sua vida mudou totalmente e agora precisa encontrar um jeito de mudar essa história, nem que para isso tenha que voltar novamente ao passado. Será que ele conseguirá acertar as coisas?
Disponível em: http://adorocinema.com. Acesso em: 4 out. 2011.
Qual aspecto da organização gramatical atualiza os eventos apresentados na resenha, contribuindo para despertar o interesse do leitor pelo filme?
- a) O emprego do verbo haver, em vez de ter, em “há 20 anos atrás foi humilhado”.
- b) A descrição dos fatos com verbos no presente do indicativo, como “retorna” e “descobre”.
- c) A repetição do emprego da conjunção “mas” para contrapor ideias.
- d) A finalização do texto com a frase de efeito “Será que ele conseguirá acertar as coisas?”.
- e) O uso do pronome de terceira pessoa “ele” ao longo do texto para fazer referência ao protagonista “João/Zero”.
- #84317
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(1,0) 3 -
Segundo quadro
Uma sala da prefeitura. O ambiente é modesto. Durante a mutação, ouve-se um dobrado e vivas a Odorico, “viva o prefeito” etc. Estão em cena Dorotéa, Juju, Dirceu, Dulcinéa, o vigário e Odorico. Este último, à janela, discursa.
ODORICO — Povo sucupirano! Agoramente já investido no cargo de Prefeito, aqui estou para receber a confirmação, a ratificação, a autenticação e por que não dizer a sagração do povo que me elegeu.
Aplausos vêm de fora.
ODORICO — Eu prometi que o meu primeiro ato como prefeito seria ordenar a construção do cemitério.
Aplausos, aos quais se incorporam as personagens em cena.
ODORICO — (Continuando o discurso:) Botando de lado os entretantos e partindo pros finalmente, é uma alegria poder anunciar que prafrentemente vocês já poderão morrer descansados, tranquilos e desconstrangidos, na certeza de que vão ser sepultados aqui mesmo, nesta terra morna e cheirosa de Sucupira. E quem votou em mim, basta dizer isso ao padre na hora da extrema-unção, que tem enterro e cova de graça, conforme o prometido.
GOMES, D. O bem amado. Rio de Janeiro: Ediouro, 2012.
O gênero peça teatral tem o entretenimento como uma de suas funções. Outra função relevante do gênero, explícita nesse trecho de O bem amado, é
- a) criticar satiricamente o comportamento de pessoas públicas.
- b) denunciar a escassez de recursos públicos nas prefeituras do interior.
- c) censurar a falta de domínio da língua padrão em eventos sociais.
- d) despertar a preocupação da plateia com a expectativa de vida dos cidadãos.
- e) questionar o apoio irrestrito de agentes públicos aos gestores governamentais.
- #84318
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(1,0) 4 -
No esporte-participação ou esporte popular, a manifestação ocorre no princípio do prazer lúdico, que tem como finalidade o bem-estar social dos seus praticantes. Está associado intimamente com o lazer e o tempo livre e ocorre em espaços não comprometidos com o tempo e fora das obrigações da vida diária. Tem como propósitos a descontração, a diversão, o desenvolvimento pessoal e o relacionamento com as pessoas. Pode-se afirmar que o esporte-participação, por ser a dimensão social do esporte mais inter-relacionada com os caminhos democráticos, equilibra o quadro de desigualdades de oportunidades esportivas encontrado na dimensão esporte-performance. Enquanto o esporte-performance só permite sucesso aos talentos ou àqueles que tiveram condições, o esporte-participação favorece o prazer a todos que dele desejarem tomar parte.
GODTSFRIEDT, J. Esporte e sua relação com a sociedade: uma síntese bibliográfica. EFDeportes, n. 142, mar. 2010.
O sentido de esporte-participação construído no texto está fundamentalmente presente
- a) nos Jogos Olímpicos, uma vez que reúnem diversos países na disputa de diferentes modalidades esportivas.
- b) nas competições de esportes individuais, uma vez que o sucesso de um indivíduo incentiva a participação dos demais.
- c) nos campeonatos oficiais de futebol, regionais e nacionais, por se tratar de uma modalidade esportiva muito popular no país.
- d) nas competições promovidas pelas federações e confederações, cujo objetivo é a formação e a descoberta de talentos.
- e) nas modalidades esportivas adaptadas, cujo objetivo é o maior engajamento dos cidadãos.
- #84319
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(1,0) 5 -
Contranarciso
em mim
eu vejo o outro
e outro
e outro
enfim dezenas
trens passando
vagões cheios de gente
centenas
o outro
que há em mim
é você
você
e você
assim como
eu estou em você
eu estou nele
em nós
e só quando
estamos em nós
estamos em paz
mesmo que estejamos a sós
LEMINSKI, P. Toda poesia. São Paulo: Cia. das Letras, 2013.
A busca pela identidade constitui uma faceta da tradição literária, redimensionada pelo olhar contemporâneo. No poema, essa nova dimensão revela a
- a) ausência de traços identitários.
- b) angústia com a solidão em público.
- c) valorização da descoberta do “eu” autêntico.
- d) percepção da empatia como fator de autoconhecimento.
- e) impossibilidade de vivenciar experiências de pertencimento.
- #84320
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(1,0) 6 -
TEXTO I
Fundamentam-se as regras da Gramática Normativa nas obras dos grandes escritores, em cuja linguagem as classes ilustradas põem o seu ideal de perfeição, porque nela é que se espelha o que o uso idiomático estabilizou e consagrou.
LIMA, C. H. R. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989.
TEXTO II
Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis, sensualidades incorporadas. Talvez porque a sensualidade real não tem para mim interesse de nenhuma espécie — nem sequer mental ou de sonho —, transmudou-se-me o desejo para aquilo que em mim cria ritmos verbais, ou os escuta de outros. Estremeço se dizem bem. Tal página de Fialho, tal página de Chateaubriand, fazem formigar toda a minha vida em todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de um prazer inatingível que estou tendo. Tal página, até, de Vieira, na sua fria perfeição de engenharia sintáctica, me faz tremer como um ramo ao vento, num delírio passivo de coisa movida.
PESSOA, F. O livro do desassossego. São Paulo: Brasiliense, 1986.
A linguagem cumpre diferentes funções no processo de comunicação. A função que predomina nos textos I e II
- a) destaca o “como” se elabora a mensagem, considerando-se a seleção, combinação e sonoridade do texto.
- b) coloca o foco no “com o quê” se constrói a mensagem, sendo o código utilizado o seu próprio objeto.
- c) focaliza o “quem” produz a mensagem, mostrando seu posicionamento e suas impressões pessoais.
- d) orienta-se no “para quem” se dirige a mensagem, estimulando a mudança de seu comportamento.
- e) enfatiza sobre “o quê” versa a mensagem, apresentada com palavras precisas e objetivas.
- #84329
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(1,0) 7 -
Campanhas publicitárias podem evidenciar problemas sociais. O cartaz tem como finalidade
- a) alertar os homens agressores sobre as consequências de seus atos.
- b) conscientizar a população sobre a necessidade de denunciar a violência doméstica.
- c) instruir as mulheres sobre o que fazer em casos de agressão.
- d) despertar nas crianças a capacidade de reconhecer atos de violência doméstica.
- e) exigir das autoridades ações preventivas contra a violência doméstica.
- #84333
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(1,0) 8 -
Apesar de muitas crianças e adolescentes terem a Barbie como um exemplo de beleza, um infográfico feito pelo site Rehabs.com comprovou que, caso uma mulher tivesse as medidas da boneca de plástico, ela nem estaria viva.
Não é exatamente uma novidade que as proporções da boneca mais famosa do mundo são absurdas para o mundo real. Ativistas que lutam pela construção de uma autoimagem mais saudável, pesquisadores de distúrbios alimentares e pessoas que se preocupam com o impacto da indústria cultural na psique humana apontam, há anos, a influência de modelos como a Barbie na distorção do corpo feminino.
Pescoço
Com um pescoço duas vezes mais longo e 15 centímetros mais fino do que o de uma mulher, a Barbie seria incapaz de manter sua cabeça levantada.
Cintura
Com uma cintura de 40 centímetros (menor do que a sua cabeça), a Barbie da vida real só teria espaço em seu corpo para acomodar metade de um rim e alguns centímetros de intestino.
Quadril
O índice que mede a relação entre a cintura e o quadril da Barbie é de 0,56, o que significa que a medida da sua cintura representa 56% da circunferência de seu quadril. Esse mesmo índice, em uma mulher americana média, é de 0,8.
Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 2 maio 2015.
Ao abordar as possíveis influências da indústria de brinquedos sobre a representação do corpo feminino, o texto analisa a
- a) noção de beleza globalizada veiculada pela indústria cultural.
- b) influência da mídia para a adoção de um estilo de vida salutar pelas mulheres.
- c) relação entre a alimentação saudável e o padrão de corpo instituído pela boneca.
- d) proporcionalidade entre a representação do corpo da boneca e a do corpo humano.
- e) influência mercadológica na construção de uma autoimagem positiva do corpo feminino.
- #84337
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(1,0) 9 -
Uma noite em 67, de Renato Terra e Ricardo Calil. Editora Planeta, 296 páginas.
Mas foi uma noite, aquela noite de sábado 21 de outubro de 1967, que parou o nosso país. Parou pra ver a finalíssima do III Festival da Record, quando um jovem de 24 anos chamado Eduardo Lobo, o Edu Lobo, saiu carregado do Teatro Paramount em São Paulo depois de ganhar o prêmio máximo do festival com Ponteio, que cantou acompanhado da charmosa e iniciante Marília Medalha.
Foi naquela noite que Chico Buarque entoou sua Roda viva ao lado do MPB-4 de Magro, o arranjador. Que Caetano Veloso brilhou cantando Alegria, alegria com a platéia ao som das guitarras dos Beat Boys, que Gilberto Gil apresentou a tropicalista Domingo no parque com os Mutantes.
Aquela noite que acabou virando filme, em 2010, nas mãos de Renato Terra e Ricardo Calil, agora virou livro. O livro que está sendo lançado agora é a história daquela noite, ampliada e em estado que no jargão jornalístico chamamos de matéria bruta. Quem viu o filme vai se deliciar com as histórias — e algumas fofocas — que cada um tem para contar, agora sem os cortes necessários que um filme exige. E quem não viu o filme tem diante de si um livro de histórias, pensando bem, de História.
VILLAS, A. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 18jun. 2014 (adaptado).
Considerando os elementos constitutivos dos gêneros textuais circulantes na sociedade, nesse fragmento de resenha predominam
- a) caracterizações de personalidades do contexto musical brasileiro dos anos 1960.
- b) questões polêmicas direcionadas à produção musical brasileira nos anos 1960.
- c) relatos de experiências de artistas sobre os festivais de música de 1967.
- d) explicações sobre o quadro cultural do Brasil durante a década de 1960.
- e) opiniões a respeito de uma obra sobre a cena musical de 1967.
- #84341
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(1,0) 10 -
E aqui, antes de continuar este espetáculo, é necessário que façamos uma advertência a todos e a cada um. Neste momento, achamos fundamental que cada um tome uma posição definida. Sem que cada um tome uma posição definida, não é possível continuarmos. É fundamental que cada um tome uma posição, seja para a esquerda, seja para a direita. Admitimos mesmo que alguns tomem uma posição neutra, fiquem de braços cruzados. Mas é preciso que cada um, uma vez tomada sua posição, fique nela! Porque senão, companheiros, as cadeiras do teatro rangem muito e ninguém ouve nada.
FERNANDES, M.; RANGEL, F Liberdade, liberdade. Porto Alegre: L&PM, 2009.
A peça Liberdade, liberdade, encenada em 1964, apresenta o impasse vivido pela sociedade brasileira em face do regime vigente. Esse impasse é representado no fragmento pelo(a)
- a) barulho excessivo produzido pelo ranger das cadeiras do teatro.
- b) indicação da neutralidade como a melhor opção ideológica naquele momento.
- c) constatação da censura em função do engajamento social do texto dramático.
- d) correlação entre o alinhamento político e a posição corporal dos espectadores.
- e) interrupção do espetáculo em virtude do comportamento inadequado do público.
- #84344
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(1,0) 11 -
As atrizes
Naturalmente
Ela sorria
Mas não me dava trela
Trocava a roupa
Na minha frente
E ia bailar sem mais aquela
Escolhia qualquer um
Lançava olhares
Debaixo do meu nariz
Dançava colada
Em novos pares
Com um pé atrás
Com um pé a fim
Surgiram outras
Naturalmente
Sem nem olhar a minha cara
Tomavam banho
Na minha frente
Para sair com outro cara
Porém nunca me importei
Com tais amantes
[...]
Com tantos filmes
Na minha mente
É natural que toda atriz
Presentemente represente
Muito para mim
CHICO BUARQUE. Carioca. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2006 (fragmento)
Na canção, Chico Buarque trabalha uma determinada função da linguagem para marcar a subjetividade do eu lírico ante as atrizes que ele admira. A intensidade dessa admiração está marcada em:
- a) "Naturalmente/ Ela sorria/ Mas não me dava trela".
- b) "Tomavam banho/ Na minha frente/ Para sair com outro cara".
- c) "Surgiram outras/ Naturalmente/ Sem nem olhar a minha cara".
- d) "Escolhia qualquer um/ Lançava olhares/ Debaixo do meu nariz".
- e) "É natural que toda atriz/ Presentemente represente/ Muito para mim".
- #84346
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(1,0) 12 -
TEXTO I
A língua ticuna é o idioma mais falado entre os indígenas brasileiros. De acordo com o pesquisador Aryon Rodrigues, há 40 mil índios que falam o idioma. A maioria mora ao longo do Rio Solimões, no Alto Amazonas. É a maior nação indígena do Brasil, sendo também encontrada no Peru e na Colômbia. Os ticunas falam uma língua considerada isolada, que não mantém semelhança com nenhuma outra língua indígena e apresenta complexidades em sua fonologia e sintaxe. Sua característica principal é o uso de diferentes alturas na voz.
O uso intensivo da língua não chega a ser ameaçado pela proximidade de cidades ou mesmo pela convivência com falantes de outras línguas no interior da própria área ticuna: nas aldeias, esses outros falantes são minoritários e acabam por se submeter à realidade ticuna, razão pela qual, talvez, não representem uma ameaça linguística.
Língua Portuguesa, n. 52, fev. 2010 (adaptado).
TEXTO II
Riqueza da língua
“O inglês está destinado a ser uma língua mundial em sentido mais amplo do que o latim foi na era passada e o francês é na presente”, dizia o presidente americano John Adams no século XVIII. A profecia se cumpriu: o inglês é hoje a língua franca da globalização. No extremo oposto da economia linguística mundial, estão as línguas de pequenas comunidades declinantes. Calcula-se que hoje se falem de 6 000 a 7 000 línguas no mundo todo. Quase metade delas deve desaparecer nos próximos 100 anos. A última edição do Ethnologue — o mais abrangente estudo sobre as línguas mundiais —, de 2005, listava 516 línguas em risco de extinção.
Veja, n.36, set. 2007 (adaptado).
Os textos tratam de línguas de culturas completamente diferentes, cujas realidades se aproximam em função do(a)
- a) semelhança no modo de expansão.
- b) preferência de uso na modalidade falada.
- c) modo de organização das regras sintáticas.
- d) predomínio em relação às outras línguas de contato.
- e) fato de motivarem o desaparecimento de línguas minoritárias.
- #84351
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(1,0) 13 -
TEXTO II
Na sua produção, Goeldi buscou refletir seu caminho pessoal e político, sua melancolia e paixão sobre os intensos aspectos mais latentes em sua obra, como: cidades, peixes, urubus, caveiras, abandono, solidão, drama e medo.
ZULIETTI, L. F. Goeldi: da melancolia ao inevitável. Revista de Arte, Mídia e Política. Acesso em: 24 abr. 2017 (adaptado).
O gravador Oswaldo Goeldi recebeu fortes influências de um movimento artístico europeu do início do século XX, que apresenta as características reveladas nos traços da obra de
- a)
- b)
- c)
- d)
- e)
- #84354
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(1,0) 14 -
Declaração de amor
Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. [...] A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo.
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisível de uma frase. Eu gosto de manejá-la — como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes a galope. Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo em minhas mãos. E este desejo todos os que escrevem têm. Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar para sempre uma herança de língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.
Essas dificuldades, nós as temos. Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada. O que recebi de herança não me chega.
Se eu fosse muda e também não pudesse escrever, e me perguntassem a que língua eu queria pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas, como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida.
LISPECTOR, C. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999 (adaptado).
O trecho em que Clarice Lispector declara seu amor pela língua portuguesa, acentuando seu caráter patrimonial e sua capacidade de renovação, é:
- a) “A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve.”
- b) “Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar para sempre uma herança de língua já feita.”
- c) “Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.”
- d) “Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada.”
- e) “Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida.”
- #84357
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(1,0) 15 -
A ascensão social por meio do esporte mexe com o imaginário das pessoas, pois em poucos anos um adolescente pode se tornar milionário caso tenha um bom desempenho esportivo. Muitos meninos de famílias pobres jogam com o objetivo de conseguir dinheiro para oferecer uma boa qualidade de vida à família. Isso aproximou mais ainda o futebol das camadas mais pobres da sociedade, tornando-o cada vez mais popular.
Acontece que esses jovens sonham com fama e dinheiro, enxergando no futebol o único caminho possível para o sucesso. No entanto, eles não sabem da grande dificuldade que existe no início dessa jornada em que a minoria alcança a carreira profissional. Esses garotos abandonam a escola pela ilusão de vencer no futebol, à qual a maioria sucumbe.
O caminho até o profissionalismo acontece por meio de um longo processo seletivo que os jovens têm de percorrer. Caso não seja selecionado, esse atleta poderá ter que abandonar a carreira involuntariamente por falta de uma equipe que o acolha. Alguns podem acabar em subempregos, à margem da sociedade, ou até mesmo em vícios decorrentes desse fracasso e dessa desilusão. Isso acontece porque no auge da sua formação escolar e na condição juvenil de desenvolvimento, eles não se preparam e não são devidamente orientados para buscar alternativas de experiências mais amplas de ocupação fora e além do futebol.
BALZANO, O. N.; MORAIS, J. S. A formação dojogador de futebol e sua relação com a escola. EFDeportes, n. 172, set. 2012 (adaptado).
Ao abordar o fato de, no Brasil, muitos jovens depositarem suas esperanças de futuro no futebol, o texto critica o(a)
- a) despreparo dos jogadores de futebol para ajudarem suas famílias a superar a miséria.
- b) garantia de ascensão social dos jovens pela carreira de jogador de futebol.
- c) falta de investimento dos clubes para que os atletas possam atuar profissionalmente e viver do futebol.
- d) investimento reduzido dos atletas profissionais em sua formação escolar, gerando frustração e desilusão profissional no esporte.
- e) despreocupação dos sujeitos com uma formação paralela à esportiva, para habilitá-los a atuar em outros setores da vida.